A inovação não se conecta à realidade e, por isso, as soluções tecnológicas morrem antes mesmo de apresentar resultados relevantes nas empresas de food service brasileiras. Esse é um dos insights revelados pela pesquisa realizada pelo Programa Fogo Alto a partir da realidade de mais de 180 estabelecimentos de diferentes perfis, regiões e grau de maturidade. 

“Excelentes soluções morrem no dia a dia dessas empresas porque não há quem as sustente”, diz o head de inovação da FabLab Hub, Carlos Keiichi. “A pesquisa nos mostrou que a questão não é  ‘não quero’, e sim, ‘não consigo sustentar’, porque elas precisam de apoio, método e gente para inovar.”

A pesquisa traçou um amplo diagnóstico sobre gestão e inovação entre as empresas inscritas no programa de aceleração - uma iniciativa conjunta do FabLab Hub e da Abrasel. O resultado completo do estudo foi apresentado no Demo Day do Fogo Alto nesta sexta-feira (31) em São Paulo. Na ocasião, também foram apresentados cases de sucesso das cinco startups premiadas pelo programa de aceleração Fogo Alto: 

Além dos premiados, o evento pretende reunir representantes de fundos de investimentos e empresas estratégicas, para dar visibilidade aos projetos e fomentar a captação de recursos.

O programa Fogo Alto foi criado a partir de uma avaliação da alta rotatividade de restaurantes no mercado brasileiro - que tem uma vida útil média de apenas 3,8 anos. O objetivo é mudar essa realidade, atuando como um catalisador para a adoção de tecnologias nos estabelecimentos, levando o apoio necessário para a adoção e manutenção dos processos.

Por meio do programa, empresas patrocinadoras investem nas startups que, por sua vez, oferecem gratuitamente seus serviços aos negócios de alimentação, como forma de aumentar a produtividade e os lucros. 

O Bom Gourmet é um dos patrocinadores do Fogo Alto, ao lado de IFood, Comgás, Vox, Zig, Unilever, Rational, Bidfood e 2biz.