Thumbnail

Bom Gourmet

Com carne e peixe na chapa, churrasco mongol remonta à época de Gengis Khan

Talita Boros Voitch
18/12/2018 18:50
Diz a lenda que Gengis Khan, o maior imperador da Mongólia, alimentava seus soldados durante as conquistas de territórios vizinhos com um churrasco feito sobre os escudos de aço nos descansos da tropa. O prato levava carne fatiada finamente e legumes fritos na brasa.
Nos Estados Unidos – e também no Brasil – o churrasco mongol foi adaptado e é servido em restaurantes batizados de mongolian grills. Funciona assim: o cliente monta a própria combinação em um esquema self service. Primeiro escolhe as proteínas, depois os legumes e vegetais, além de especiarias como curry, noz moscada, cardamomo, coentro, pimenta em pó, açafrão, páprica picante, entre outros.
Churrasco mongol do Yurt. Foto: Divulgação
Churrasco mongol do Yurt. Foto: Divulgação
Com tudo em uma cumbuca, os ingredientes são despejados em uma chapa em formato arrendondado, onde dois ou mais chefs preparam o churrasco com o auxílio de duas espátulas. Todos os ingredientes são fatiados finamente – inclusive as proteínas – para que sejam fritos rapidamente e permaneçam sem desmanchar.
O processo é rápido e o prato fica pronto em cinco minutos. O resultado final lembra algo como a mistura de proteínas e legumes do yakisoba (sem o macarrão), com alguma variação de sabor dependendo dos temperos e molhos escolhidos.
Em São Paulo, o Tantra, restaurante com três unidades na cidade, é o mais antigo do país a se especializar no prato. “Tradicionalmente na Mongólia o churrasco é feito sobre uma wok, que justamente lembra os escudos de Gengis Khan, mas adaptamos isso para a chapa”, explica Eric Thomas, proprietário da casa que funciona há 20 anos. Segundo ele, o churrasco mongol é uma comida de rua encontrada em diversos países da Ásia e não apenas na Mongólia.
Versão com lula do restaurante paulistano Tantra. Foto: Divulgação.
Versão com lula do restaurante paulistano Tantra. Foto: Divulgação.
No Tantra, o cliente pode escolher entre diversos tipos de proteínas – carne bovina, porco, frango, cordeiro, peixe, frutos do mar e até exóticas como javali e até carne de tubarão. Além das especiarias, há também a opção de incluir molhos como molho de ostra, shoyu, entre outros. A experiência custa R$ 42 no almoço e R$ 84 no jantar (o cliente pode se servir livremente).
Yurt, no Souq. Foto: Ezequiel Prestes
Yurt, no Souq. Foto: Ezequiel Prestes
Curitiba ganhou recentemente o primeiro restaurante que serve o churrasco mongol. O Yurt fica no Souq, nova vila gastronômica que foi inaugurada na semana passada, na região da Vila Izabel. O esquema do Yurt é diferente do Tantra e o cliente paga por prato escolhido, não por pessoa.
O restaurante oferece quatro tipos de proteína (frango, bovina, peixe e frutos do mar – todas servidas em porções de 180 g) e uma variedade de legumes, vegetais e especiarias. O cliente escolhe entre três molhos – molho de ostra, shoyu e vinho branco – antes de mandar o churrasco para a chapa. Os preços partem de R$ 38 (frango) e chegam a R$ 50 (lula e camarão).
Caso o cliente queira, ainda pode escolher três acompanhamentos – arroz branco (R$ 8), macarrão (R$ 8) e arroz frito com ovo e especiarias (R$ 14). O Yurt é comandado pelos sócios Hammad Durrani, Deepak Karunakar e Jeetu Khemani, que também é dono do restaurante indiano Swadisht.
Serviço
LEIA TAMBÉM

Participe

Qual prato da culinária japonesa você quer aprender a preparar com o Bom Gourmet?

NewsLetter

Seleção semanal do melhor do Bom Gourmet na sua caixa de e-mail