Anacreon de Téos
Panela do Anacreon
Receita de cordeiro para a Páscoa. Porque na Páscoa se come cordeiro, não bacalhau
Receita de Páscoa – é o que me pede a editora Deise Campos aqui do nosso Bom Gourmet.
Cordeiro, claro – foi o que
pensei na hora. E já tratei de providenciar.
pensei na hora. E já tratei de providenciar.
Porque, ao contrário do que a
grande maioria das pessoas acredita, não se come bacalhau no Domingo de Páscoa
e sim na Sexta-feira Santa. Pelo menos não é o que a tradição recomenda.
grande maioria das pessoas acredita, não se come bacalhau no Domingo de Páscoa
e sim na Sexta-feira Santa. Pelo menos não é o que a tradição recomenda.
Aliás, é uma tradição que vem
desde a antiguidade.
desde a antiguidade.
O Antigo Testamento registra a
comemoração da passagem do Mar Vermelho pelos judeus, deixando o Egito, onde
eram escravos. O cordeiro era sacrificado no templo, no primeiro dia da Páscoa,
como memorial da libertação do Egito, na qual o sangue do cordeiro foi o sinal
que livrou os seus primogênitos.
comemoração da passagem do Mar Vermelho pelos judeus, deixando o Egito, onde
eram escravos. O cordeiro era sacrificado no templo, no primeiro dia da Páscoa,
como memorial da libertação do Egito, na qual o sangue do cordeiro foi o sinal
que livrou os seus primogênitos.
O costume se arraigou por
outros povos, especialmente entre os católicos, que não comiam carne durante a
Quaresma (ultimamente não mais tanto, mas preservam basicamente a Semana Santa)
e tinham no domingo da ressurreição justamente a data para consumir o cordeiro,
símbolo da ressurreição, o “cordeiro de Deus”.
outros povos, especialmente entre os católicos, que não comiam carne durante a
Quaresma (ultimamente não mais tanto, mas preservam basicamente a Semana Santa)
e tinham no domingo da ressurreição justamente a data para consumir o cordeiro,
símbolo da ressurreição, o “cordeiro de Deus”.
Nada mais inspirador,
portanto, para um cordeiro no almoço de domingo, depois dos peixes e do
bacalhau da Sexta-feira Santa.
portanto, para um cordeiro no almoço de domingo, depois dos peixes e do
bacalhau da Sexta-feira Santa.
O tradicional era o cordeiro
inteiro – ou pelo menos um de seus quartos. Mas a sugestão que aqui vai explora
o delicado e marcante sabor das costeletas, nem sempre tão consumidas no dia a
dia, embora tenha presença constante nos cardápios dos restaurantes
contemporâneos.
inteiro – ou pelo menos um de seus quartos. Mas a sugestão que aqui vai explora
o delicado e marcante sabor das costeletas, nem sempre tão consumidas no dia a
dia, embora tenha presença constante nos cardápios dos restaurantes
contemporâneos.
Vamos, pois, às “Costeletas de cordeiro com risoto de brie e pupunha”?
Prato fácil de fazer, tendo o cuidado de não deixar passar muito a carne. O melhor ponto de textura e sabor é quando o miolo está bem rosado. Pode apostar que dá certo. Quanto ao risoto, nenhum segredo, apenas seguindo a linha normal de execução se chega lá.
Vamos às receitas?
- Cordeiro
- 1 carré de cordeiro separado em costeletas
- 30 ml de azeite de oliva
- Sal do Himalaia e pimenta-do-reino moída na hora
- Risoto
- 20 ml de azeite de oliva
- 7g de alho socado
- 10g de cebola picada
- 80g de arroz carnaroli ou arbóreo
- 50g de palmito pupunha em pedacinhos
- 80 ml de vinho branco seco
- ½ litro de caldo de legumes (feito em casa, de preferência)
- 50g de queijo brie em pedaços
- 15g de manteiga
- sal a gosto
- pimenta-do-reino (moída na hora)
- salsinha picada
- Tempere as costeletas de cordeiro com sal do Himalaia e pimenta-do-reino, ambos moídos na hora.
- Comece o risoto.
- Em uma panela aqueça o azeite, doure o alho e a cebola e acrescente o palmito pupunha em pedacinhos.
- Refogue rapidamente e acerte o sal e a pimenta-do-reino
- Coloque então o arroz e o vinho branco, mexa e deixe reduzir um pouco o vinho e aos poucos vá acrescentando o caldo
- Quando o arroz estiver al dente, acrescente o brie e a manteiga. Salpique com salsinha.
- Enquanto faz o risoto, aqueça o azeite numa grelha ou panela de ferro e doure as costeletas rapidamente dos dois lados. Pouco mais de um minuto, para o interior rosado.
- Reserve em lugar aquecido.
- Monte o prato, com o risoto moldado em aro e as costeletas em volta.
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