Anacreon de Téos
Panela do Anacreon
Deliciosos vinhos da Borgonha chegam por aqui via Porto a Porto
Nada me arrebata mais do que
os vinhos da Borgonha. É a região de alguns dos mais impecáveis e cobiçados
vinhos do mundo, com o predomínio de duas uvas icônicas e personais na
vitivinicultura: Chardonnay e Pinot Noir.
os vinhos da Borgonha. É a região de alguns dos mais impecáveis e cobiçados
vinhos do mundo, com o predomínio de duas uvas icônicas e personais na
vitivinicultura: Chardonnay e Pinot Noir.
Não por nada, a Chardonnay é
denominada a “rainha das uvas brancas” e é a uva mais produzida no mundo, que
tem a capacidade de reproduzir todo o terroir que a cerca, podendo, por isso,
variar de aromas e sabores, conforme a origem. Mas nada se compara à Chardonnay
de Borgonha, que produz vinhos mais encorpados, untuosos e de textura cremosa. Como
se registra de pronto nos Chablis, certamente o vinho mais identificado com
essa uva.
denominada a “rainha das uvas brancas” e é a uva mais produzida no mundo, que
tem a capacidade de reproduzir todo o terroir que a cerca, podendo, por isso,
variar de aromas e sabores, conforme a origem. Mas nada se compara à Chardonnay
de Borgonha, que produz vinhos mais encorpados, untuosos e de textura cremosa. Como
se registra de pronto nos Chablis, certamente o vinho mais identificado com
essa uva.
Já a Pinot Noir sofre mutação
ainda maior ao redor do mundo. A ponto de chegar ao que se denomina “vinho
feminino”, por apresentar menor potência e sabor mais suave. Isso por aí, não
na Borgonha, onde ele manifesta toda sua força, preenchendo a taça com vinhos
mais estruturados e saborosos.
ainda maior ao redor do mundo. A ponto de chegar ao que se denomina “vinho
feminino”, por apresentar menor potência e sabor mais suave. Isso por aí, não
na Borgonha, onde ele manifesta toda sua força, preenchendo a taça com vinhos
mais estruturados e saborosos.
Apenas como referência,
Chardonnay e Pinot Noir são as uvas básicas a compor os champagnes (com um
pequeno percentual de Pinot Meunier).
Chardonnay e Pinot Noir são as uvas básicas a compor os champagnes (com um
pequeno percentual de Pinot Meunier).
Mas, entrei nessa conversa justamente
por ter tido a oportunidade de provar, dias atrás, alguns expressivos rótulos
daquela pequena região da França, que certamente reúne os principais terroirs daquele
país. Quem esteve no Brasil (nas cidades de São Paulo, Curitiba e Brasília),
foi a embaixadora da Maison Moillard,
Alizé Druet. Em degustações conduzidas nas três cidades, ela revelou o motivo
de os vinhos da Borgonha apresentam complexidade e elegância inigualáveis.
por ter tido a oportunidade de provar, dias atrás, alguns expressivos rótulos
daquela pequena região da França, que certamente reúne os principais terroirs daquele
país. Quem esteve no Brasil (nas cidades de São Paulo, Curitiba e Brasília),
foi a embaixadora da Maison Moillard,
Alizé Druet. Em degustações conduzidas nas três cidades, ela revelou o motivo
de os vinhos da Borgonha apresentam complexidade e elegância inigualáveis.
Em Curitiba, o evento se deu
no showroom da importadora Porto a
Porto, com cinco rótulos sendo apresentados, para serem degustados em
almoço harmonizado, com pratos impecáveis, elaborados pelo chef Leonardo
Kaseker, da Trivvia
Gastronomia.
no showroom da importadora Porto a
Porto, com cinco rótulos sendo apresentados, para serem degustados em
almoço harmonizado, com pratos impecáveis, elaborados pelo chef Leonardo
Kaseker, da Trivvia
Gastronomia.
Vamos aos vinhos. O primeiro a
ser apresentado, como boas-vindas, foi o Borgogne
Hautes Côtes de Beaune Les Alouettes 2020, um Chardonnay com notas
cítricas, maçã verde, perfumes de flores, acidez regulada e bom resultado
final.
ser apresentado, como boas-vindas, foi o Borgogne
Hautes Côtes de Beaune Les Alouettes 2020, um Chardonnay com notas
cítricas, maçã verde, perfumes de flores, acidez regulada e bom resultado
final.
Aí, após a apresentação de
Alizé Druet, começaram a ser servidos os pratos. De entrada, um Ceviche de
robalo, harmoniosamente envolvido pelo vinho, um gratificante Chablis Premier Cru Vaucoupin 2020, com
destacada mineralidade, algumas notas cítricas e muito frescor. Passou alguma
coisa de pão branco (brioche?) e mostrou, claro, as notas amanteigadas de
untuosidade que caracterizam a uva naquela região nobre.
Alizé Druet, começaram a ser servidos os pratos. De entrada, um Ceviche de
robalo, harmoniosamente envolvido pelo vinho, um gratificante Chablis Premier Cru Vaucoupin 2020, com
destacada mineralidade, algumas notas cítricas e muito frescor. Passou alguma
coisa de pão branco (brioche?) e mostrou, claro, as notas amanteigadas de
untuosidade que caracterizam a uva naquela região nobre.
Veio o primeiro tinto, Fleurie Cru de Beaujolais Le Vallon 2020,
da uva Gamay (uva que eu, particularmente, aprecio muito). Muito leve, como
basicamente é a Gamay, frutado na medida, bem fresco e com um final redondo. Não
tivesse uma “pancada” na última taça, teria sido meu favorito.
da uva Gamay (uva que eu, particularmente, aprecio muito). Muito leve, como
basicamente é a Gamay, frutado na medida, bem fresco e com um final redondo. Não
tivesse uma “pancada” na última taça, teria sido meu favorito.
A uva Pinot Noir esteve
representada pelo vinho Bourgogne Hautes
Côtes-de-Nuits Les Vignes Hautes 2020. Passou frutas negras, mais maduras,
toque de especiarias e delicado na boca.
representada pelo vinho Bourgogne Hautes
Côtes-de-Nuits Les Vignes Hautes 2020. Passou frutas negras, mais maduras,
toque de especiarias e delicado na boca.
O prato principal chegou para
impressionar. Uma Paleta de cordeiro
pra lá de macia e muito bem temperada (tempero simples, mas horas e horas de
forno), acompanhada de cebolas crocantes e um arroz dos reis. Nada mais
indicado para receber a escolta do grande vinho da tarde, outro Pinot Noir, só
que bem mais pegado e complexo: Pommard
Premier Cru Les Charmots 2017, vinho de longa guarda, com marcantes notas
de pimenta e canela, bem estruturado, poderoso, mas com elegância e taninos
muito bem administrados. A vila de Pommard está localizada no coração da Côte
de Beaune, na Borgonha. Les Charmots é a melhor comuna de Pommard Premier Cru e
onde a Pinot Noir deste vinho é produzida. É o terroir que produz os vinhos
mais estruturados da Côte de Beaune
impressionar. Uma Paleta de cordeiro
pra lá de macia e muito bem temperada (tempero simples, mas horas e horas de
forno), acompanhada de cebolas crocantes e um arroz dos reis. Nada mais
indicado para receber a escolta do grande vinho da tarde, outro Pinot Noir, só
que bem mais pegado e complexo: Pommard
Premier Cru Les Charmots 2017, vinho de longa guarda, com marcantes notas
de pimenta e canela, bem estruturado, poderoso, mas com elegância e taninos
muito bem administrados. A vila de Pommard está localizada no coração da Côte
de Beaune, na Borgonha. Les Charmots é a melhor comuna de Pommard Premier Cru e
onde a Pinot Noir deste vinho é produzida. É o terroir que produz os vinhos
mais estruturados da Côte de Beaune
Belo almoço, daqueles para
rememorar os sabores e querer mais.
rememorar os sabores e querer mais.
Maison Moillard
As condições naturais fazem da
França o cenário perfeito para a produção de alguns dos melhores vinhos do
mundo e a Borgonha certamente reúne os principais terroirs do país. Dizem que a
Borgonha define o rumo dos vinhos e não é exagero; poucas regiões vinícolas têm
predicados tão especiais.
França o cenário perfeito para a produção de alguns dos melhores vinhos do
mundo e a Borgonha certamente reúne os principais terroirs do país. Dizem que a
Borgonha define o rumo dos vinhos e não é exagero; poucas regiões vinícolas têm
predicados tão especiais.
Os produtores da Borgonha
sempre tiveram um interesse maior pela terra e pelas plantas do que pela adega,
como é o caso da Maison Moillard. Além disso, há uma aura especial e determinante
para os fiéis apreciadores: nunca se sabe exatamente o que se irá encontrar ao
abrir um Borgonha. Parte dessa imprevisibilidade deve-se à localização
geográfica: mesmo as áreas mais ao Sul estão muito ao Norte para que as uvas
amadureçam de forma constante, todos os anos.
sempre tiveram um interesse maior pela terra e pelas plantas do que pela adega,
como é o caso da Maison Moillard. Além disso, há uma aura especial e determinante
para os fiéis apreciadores: nunca se sabe exatamente o que se irá encontrar ao
abrir um Borgonha. Parte dessa imprevisibilidade deve-se à localização
geográfica: mesmo as áreas mais ao Sul estão muito ao Norte para que as uvas
amadureçam de forma constante, todos os anos.
A Borgonha é uma tripinha que
começa em Dijon e termina em Lyon. No meio está Beaune, o coração da região.
Chablis está ao norte e mais ao oeste; e Beaujolais, geograficamente, também
faz parte da região. A sua localização no centro-leste da França também a
coloca perto das principais capitais europeias. Desde a Antiguidade, os
vinhedos estão em uma rota comercial de primeira linha, que liga o norte da
Europa à bacia do Mediterrâneo: a Borgonha é um lugar histórico de passagem e
intercâmbio.
começa em Dijon e termina em Lyon. No meio está Beaune, o coração da região.
Chablis está ao norte e mais ao oeste; e Beaujolais, geograficamente, também
faz parte da região. A sua localização no centro-leste da França também a
coloca perto das principais capitais europeias. Desde a Antiguidade, os
vinhedos estão em uma rota comercial de primeira linha, que liga o norte da
Europa à bacia do Mediterrâneo: a Borgonha é um lugar histórico de passagem e
intercâmbio.
A Família Moillard possui
vinhedos na Borgonha desde antes da Revolução Francesa e destaca-se na produção
desde 1850. Hoje, a propriedade abrange quase 20 hectares, entre a Côte de
Nuits e a Côte de Beaune, de Nuits-Saint-Georges a Volnay, sendo que metade dos
vinhos é Premier Cru.
vinhedos na Borgonha desde antes da Revolução Francesa e destaca-se na produção
desde 1850. Hoje, a propriedade abrange quase 20 hectares, entre a Côte de
Nuits e a Côte de Beaune, de Nuits-Saint-Georges a Volnay, sendo que metade dos
vinhos é Premier Cru.
Onde encontrar
Os vinhos da Maison Moillard
podem ser encontrados nas cartas de alguns dos melhores restaurantes de
Curitiba, como Ernesto, La Varenne, Barolo, Cas.Cais, Armazém 71, Ile de France
e Dopo. E em pontos de venda, lojas especializadas, como Adega Petris, Casa da
França, Armazém 71, Adega Brasil e, pela internet, na Grande Adega.
podem ser encontrados nas cartas de alguns dos melhores restaurantes de
Curitiba, como Ernesto, La Varenne, Barolo, Cas.Cais, Armazém 71, Ile de France
e Dopo. E em pontos de venda, lojas especializadas, como Adega Petris, Casa da
França, Armazém 71, Adega Brasil e, pela internet, na Grande Adega.
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