Anacreon de Téos
Panela do Anacreon
Al Sababa, um cantinho da Síria quase escondido, com sabor de excelência
Al Sababa – confesso que nunca
havia ouvido falar, embora o restaurante já exista há cinco anos. E olha que já
estou nesse mundo gastronômico há praticamente 20 anos.
havia ouvido falar, embora o restaurante já exista há cinco anos. E olha que já
estou nesse mundo gastronômico há praticamente 20 anos.
Mas daí o proprietário, Issam
Helou, um sírio legítimo, me explica que, de propósito escolheu uma rua
tranquila para abrir seu restaurante. “Para não dar muito agito” – comenta.
Helou, um sírio legítimo, me explica que, de propósito escolheu uma rua
tranquila para abrir seu restaurante. “Para não dar muito agito” – comenta.
E é isso mesmo. Fica numa
quadra da rua Júlia da Costa, lá no início, São Francisco, onde quase não há
trânsito, não é passagem de carro para lugar nenhum. Estive lá, dia desses, e fiquei
encantado, tanto com o local quanto com a comida que ele faz.
quadra da rua Júlia da Costa, lá no início, São Francisco, onde quase não há
trânsito, não é passagem de carro para lugar nenhum. Estive lá, dia desses, e fiquei
encantado, tanto com o local quanto com a comida que ele faz.
Helou é um cozinheiro
autodidata, que veio embora do Oriente Médio há 30 anos, em busca de uma vida
melhor, mas não quis deixar para trás os verdadeiros sabores de casa.
autodidata, que veio embora do Oriente Médio há 30 anos, em busca de uma vida
melhor, mas não quis deixar para trás os verdadeiros sabores de casa.
E é no Al Sababa que ele volta
para Homs, a terceira maior cidade da Síria, proporcionando o mesmo sentimento
aos clientes e amigos que recebe no restaurante tal qual era em casa – e olha
que são muitos, mais amigos do que clientes, que formam um rol seletivo nesses
anos de funcionamento. O próprio nome do restaurante, aliás, remete ao que ele
sente diariamente ao abrir o estabelecimento. Significa: “calor da saudade”.
para Homs, a terceira maior cidade da Síria, proporcionando o mesmo sentimento
aos clientes e amigos que recebe no restaurante tal qual era em casa – e olha
que são muitos, mais amigos do que clientes, que formam um rol seletivo nesses
anos de funcionamento. O próprio nome do restaurante, aliás, remete ao que ele
sente diariamente ao abrir o estabelecimento. Significa: “calor da saudade”.
As paredes têm cores vivas e
há folhagens e quadros (pintados por Helou) espalhados pelas paredes. Aliás,
ele faz questão de receber pessoalmente cada cliente que chega e que precisa
tocar um sino lá na calçada para que o portão seja aberto.
há folhagens e quadros (pintados por Helou) espalhados pelas paredes. Aliás,
ele faz questão de receber pessoalmente cada cliente que chega e que precisa
tocar um sino lá na calçada para que o portão seja aberto.
Sabores da Síria
Para quem imagina ser a
cozinha oriental a mesma em toda parte, a geografia acentua sabores e temperos
diferentes nos pratos. Alguns pouco perceptíveis, outros bem mais proeminentes.
E como Curitiba tem na base da comida árabe basicamente restaurantes da linha
libanesa, as novidades ali proporcionadas são realmente excitantes.
cozinha oriental a mesma em toda parte, a geografia acentua sabores e temperos
diferentes nos pratos. Alguns pouco perceptíveis, outros bem mais proeminentes.
E como Curitiba tem na base da comida árabe basicamente restaurantes da linha
libanesa, as novidades ali proporcionadas são realmente excitantes.
São receitas caseiras,
elaboradas por Helou – que aprendeu ainda adolescente, quando morava com a mãe,
em Homs - e seu sobrinho Rasmi Kai, que compõem um cardápio dividido em opções
de entradas, pratos quentes e frios e sobremesa. Claro que não podem faltar as
tradicionais pastas de coalhada seca, babaganoush (berinjela grelhada com molho
tahine) e homus (grão-de-bico com gergelim e limão), mas com um preparo
totalmente sírio. Estas podem ser pedidas separadamente ou no grande combinado
da casa, que acompanha também o Quibe cru
com especiarias e hortelã – esta colhida no jardim, onde também há outras
ervas.
elaboradas por Helou – que aprendeu ainda adolescente, quando morava com a mãe,
em Homs - e seu sobrinho Rasmi Kai, que compõem um cardápio dividido em opções
de entradas, pratos quentes e frios e sobremesa. Claro que não podem faltar as
tradicionais pastas de coalhada seca, babaganoush (berinjela grelhada com molho
tahine) e homus (grão-de-bico com gergelim e limão), mas com um preparo
totalmente sírio. Estas podem ser pedidas separadamente ou no grande combinado
da casa, que acompanha também o Quibe cru
com especiarias e hortelã – esta colhida no jardim, onde também há outras
ervas.
Mas o que me chamou a atenção –
e aí vem o lado diferente do sabor – foi a Madfoura,
é uma grande esfiha, temperada com especiarias e preparada na hora, em duas
versões: carne bovina moída ou vegetariana, de champignon, com cebola, tomate e
salsinha. E o detalhe principal: feita de massa folhada.
e aí vem o lado diferente do sabor – foi a Madfoura,
é uma grande esfiha, temperada com especiarias e preparada na hora, em duas
versões: carne bovina moída ou vegetariana, de champignon, com cebola, tomate e
salsinha. E o detalhe principal: feita de massa folhada.
Helou explica que demorou anos
para conseguir a fórmula perfeita para a produção em pequena escala que tem no
restaurante. A massa comum não resistia a conservação por mais tempo e não
havia meios de fazê-la em proporção menor. Daí foi tentando a massa folha em
uma, duas, três camadas, até que chegou ao que oferece hoje: massa deliciosa,
crocante e macia ao mesmo tempo, que derrete na boca.
para conseguir a fórmula perfeita para a produção em pequena escala que tem no
restaurante. A massa comum não resistia a conservação por mais tempo e não
havia meios de fazê-la em proporção menor. Daí foi tentando a massa folha em
uma, duas, três camadas, até que chegou ao que oferece hoje: massa deliciosa,
crocante e macia ao mesmo tempo, que derrete na boca.
Entre os quentes, ainda há Sanduíches de Toshka (carne temperada
com especiarias e queijo, enrolada no pão árabe), Sheesh Taouk (espetos de cubos de frango e de tomates-cereja ao
molho do chef, acompanhados de pão sírio), e o Falafel, uma versão vegetariana
do quibe frito, feito de grão-de-bico e servido com tomate, pepino em conserva,
alface e molho de tahine.
com especiarias e queijo, enrolada no pão árabe), Sheesh Taouk (espetos de cubos de frango e de tomates-cereja ao
molho do chef, acompanhados de pão sírio), e o Falafel, uma versão vegetariana
do quibe frito, feito de grão-de-bico e servido com tomate, pepino em conserva,
alface e molho de tahine.
Há diferenças também nos
quibes. O de batatas e espinafre é muito bom, mas há outra opção que não
provei, mas que também parece interessante. De amêndoas com snobar (pinólis). Pode
ser pedidos separadamente, mas também são dois bons acompanhamentos para a
porção de Kafta no espeto, grelhada e
temperada, com especiarias e molho da casa.
quibes. O de batatas e espinafre é muito bom, mas há outra opção que não
provei, mas que também parece interessante. De amêndoas com snobar (pinólis). Pode
ser pedidos separadamente, mas também são dois bons acompanhamentos para a
porção de Kafta no espeto, grelhada e
temperada, com especiarias e molho da casa.
Também me rendi ao quibe
grelhado, ou Quibe Michuí, que vem
tostadinho por fora e tem, também, recheio de amêndoas e snobar.
grelhado, ou Quibe Michuí, que vem
tostadinho por fora e tem, também, recheio de amêndoas e snobar.
Para quem prefere algo mais
leve, a salada Fatouche leva tomate,
pepino, cebola, rúcula, agrião e hortelã frescos, com torradinhas de pão sírio,
tudo temperado com molho à base de especiarias.
leve, a salada Fatouche leva tomate,
pepino, cebola, rúcula, agrião e hortelã frescos, com torradinhas de pão sírio,
tudo temperado com molho à base de especiarias.
Já para a sobremesa, Issam
Halou serve um folhado de pistache, acompanhado de sorvete de frutas tropicais.
Halou serve um folhado de pistache, acompanhado de sorvete de frutas tropicais.
Na seleção de bebidas, o Al
Sababa não serve vinhos, mas os clientes podem levar os seus, sem a cobrança de
rolha.
Sababa não serve vinhos, mas os clientes podem levar os seus, sem a cobrança de
rolha.
Há uma seleção de soft drinks,
cervejas, caipirinha de vodca e o Arak, que é o tradicional destilado sírio e
de outros países árabes, feito de uvas (ou tâmaras) e com infusão de anis.
cervejas, caipirinha de vodca e o Arak, que é o tradicional destilado sírio e
de outros países árabes, feito de uvas (ou tâmaras) e com infusão de anis.
O restaurante está aberto de
terça a sábado, das 17h às 23h, e, aos domingos, das 11h30 às 15h. Atende no
delivery através do aplicativo iFood.
terça a sábado, das 17h às 23h, e, aos domingos, das 11h30 às 15h. Atende no
delivery através do aplicativo iFood.
É de voltar sempre, como
aqueles clientes fiéis angariados por esse tempo todo.
aqueles clientes fiéis angariados por esse tempo todo.
Observação: com as novas determinações dos decretos estadual e municipal, de 27 de fevereiro a 8 de março estará atendendo somente por delivery, via iFood.
Al Sababa
Alameda Julia da Costa, 234 -
São Francisco
São Francisco
Fone: (41) 3042-0001
Facebook: https://www.facebook.com/alsababasiria
Instagram.com/alsababa
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Blog anterior: http://anacreonteos.blogspot.com/
Twitter: http://twitter.com/AnacreonDeTeos
E-mail: a-teos@uol.com.br