Nos cinemas do país a partir de 29 de agosto, Estômago 2, o Poderoso Chef, vai longe. Vai à Sicília, em meio a uma família mafiosa, e a um restaurante brasileiro. Vai também à penitenciária onde Raimundo Nonato, ou Alecrim, continua preso e, nomeado chef, prepara as refeições do diretor do presídio e a secretária, carcereiros e do Etcétera, líder da facção criminosa que comanda o presídio.

Produzido pela Paris Filmes e dirigido por Marcos Jorge, Estômago 2 - que Bom Gourmet conferiu em sessão para a imprensa - traz mais um capítulo da jornada do anti-herói Raimundo Nonato (João Miguel) e suas aventuras filosófico-culinárias. "Quinze anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, Nonato virou o chef dos chefs na prisão, encantando com seu talento culinário e saborosa lábia tanto o diretor do presídio quanto o veterano líder dos detentos (Paulo Miklos). Até que um terceiro chefão, o mafioso italiano Dom Caroglio (Nicola Siri), chega para disputar o controle da penitenciária e o privilégio de ser servido pelo carismático cozinheiro", diz a sinopse do longa.

No primeiro filme, o tradicional Bar Palácio, localizado no centro da cidade, serviu de cenário. Segundo reportagem da Gazeta do Povo da época, o Bar do Catarina, na rua Saldanha Marinho (hoje já fechado); o Jokers Pub Café, na rua São Francisco; a Rodoferroviária; o Mercado Municipal; o Frigorífico Beef Center; e a então Penitenciária do Ahú também foram locações. Neste, as cenas do presídio foram rodadas no Complexo Penitenciário de Piraquara; outras foram filmadas em estúdio em Curitiba.

A Itália entrou na história de Alecrim em Estômago 2: quando são informados de que Dom Caroglio vai ser recebido no presídio, o chef local pensa no menu de 'boas vindas'. E prepara um italianíssimo Tortellini à Bolonhesa. A receita agrada não apenas ao mafioso como também ao diretor do instituto penal.

Mas tem também um jeito específico de preparar Bauru ensinado por Etcétera - "o segredo é a liga do queijo", explica a Alecrim - e até feijoada. Que a gente não vai contar em que contexto ela entra para não dar spoiler.

Se você é daqueles que não pode ver comida em filme ou série que já tem vontade de comer o que aparece na tela, separamos três receitas apresentadas ao longo de Estômago 2 para você preparar em casa e manter na memória a história de Alecrim, Etcétera e Dom Caroglio.

"Tortellini ao ragu feito à mão", explica Alecrim ao diretor do presídio, quando lhe entrega o prato. É o primeiro preparo do personagem no longa, e é o utilizado para receber o mafioso italiano. As cenas com os detentos foram filmadas no Complexo Penitenciário de Piraquara. Confira.

"O segredo é a liga do queijos", ensina Etcétera a Alecrim. Ele diz que o erro, na hora de fazer o Bauru, sanduíche tradicional feito com queijo, rosbife e tomate, é fritar o queijo na chapa. Na receita do chefe do crime organizado dentro do presídio, o correto é derreter os queijos muçarela, prato e suíço no banho maria. Assim, é possível fundir os três tipos de queijo em um só. Essa é a técnica utilizada no Ponto Chic, rede de lanchonetes de São Paulo que há décadas prepara o 'famoso Bauru'. Confira.

Em um momento fundamental do filme, mafiosos italianos provam a feijoada brasileira em um restaurante brasileiro instalado em um local idílico na Sicília. A história de como o prato foi inventado é contada aos integrantes da máfia, que não prestam muita atenção já que estão degustando a iguaria tipicamente brasileira pela primeira vez. Quer saber como preparar a sua própria feijoada? Confira.