O Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, foi estabelecido como feriado nacional com a sanção da lei 14.759/23. O dia celebra a luta de Zumbi e a resistência dos afrodescendentes no Brasil. Você sabia que o cuscuz, o acarajé e a cocada são preciosidades da culinária afro-brasileira? O acarajé ganhou até um dia para si, e é muito ligado à culinária baiana, assim como a cocada, doce difícil de ser dispensado. Cremosa, então, é a sobremesa ideal ou aquele acompanhamento perfeito para uma boa xícara de café no fim da tarde.

Bom Gourmet aproveita a data para refletir sobre o legado da cultura afro-brasileira em uma das atividades mais importantes da vida cotidiana do país e apresenta a receita desses três ícones da gastronomia brasileira, trazidos pelos afrodescendentes à mesa, enriquecendo ainda mais a culinária do país.

Confira!

Conta a história que o Acarajé chegou ao Brasil trazido pelos negros do povo Iorubá, vindos da Nigéria, traficados como escravos sobretudo no século 19. Preparado a partir de uma massa de feijão-fradinho, cebola e sal, e frita em azeite de dendê, o acarajé é tradicionalmente recheado com vatapá (uma pasta feita com pão, camarões secos, amendoim, leite de coco, azeite de dendê e temperos) e caruru (espécie de quiabo refogado com camarões secos, cebola, azeite de dendê e temperos). O resultado é um bolinho frito crocante por fora e macio por dentro, com um recheio saboroso. Confira a receita.

Prato típico da região noroeste do continente africano, é conhecido como Magrebe. Com preparo à base de milho, a receita foi trazida ao Brasil durante o período colonial. Com o passar do tempo, ganhou versões como o cuscuz nordestino e o paulistano. Confira a receita.

Também do período colonial, a cocada é um típico doce africano. Tradicionalmente, é preparada com açúcar e coco ralado fresco, mas por ter caído no gosto popular e virado uma sobremesa bastante procurada no Brasil, ganhou variações, como essa, feita com doce de leite. Confira a receita.