Restaurantes
Após mudanças radicais, tradicionais X-Montanha e Mikado continuam bem, obrigado
O X-Montanha continua muito bem, obrigado
Quando veio a notícia de que o prédio na esquina da Silva Jardim com a Westphalen havia sido vendido, a comoção entre a militância ogrista foi geral. Afinal, ali funcionava há quase quatro décadas um dos Templos da BG curitibana, o Montesquieu – carinhosamente referido por X-Montanha, nome de sua invenção mais famosa que leva bolinho de carne e pastel empanado no recheio. Tendo servido o último X-Montanha no dia 22 de setembro de 2017, o Montesquieu reabriu alguns meses depois, no começo de março deste ano, no quarteirão de trás.
Mudou o balcão e o lugar agora tem muito mais mesas para acomodar a freguesia. Mudou também a decoração, mas não toda – o novo endereço tem reproduções do aviso, famoso entre os frequentadores do antigo endereço, sobre os malefícios do álcool.
O que não mudou, felizmente, foi o cardápio. Incluindo o X-Montanha, que depois de ameaçar nos deixar órfãos, continua a alimentar essas nossas andanças baixo-gastronômicas.
Preços: X-montanha – R$ 13; X-bolinho – R$ 9; X-pastel – R$ 9; Monstro – R$ 9.
O Mikado, idem
Se a Montesquieu mudou de lugar, mas não de proprietários, o inverso se deu com o Mikado, outra relíquia da BG provinciana – e, curiosamente, também uma criação de descendentes de japoneses.
Desde abril de 2016 sob o comando de um ex-cliente e seus dois sócios, a casa aberta e tocada por 25 anos pelo casal Kenji e Michiko Fuku mudou pouquíssimo, a bem da verdade. Reformou-se o necessário, mas o que fez com que o fechamento do Mikado fosse chorado em 2015 continua por lá: a comida simples e saborosa.
A Equipe BG volta e meia passa lá para o almoço, e abrimos um sorriso ao ver que a merluza empanada na farinha panko e o risoles de peixe seguem sendo feitos como sempre. E fritos com aquela sabedoria oriental que faz com que nunca cheguem ao bufê encharcados de óleo. Afinal, para que novidade, se o que é bom segue sendo ótimo?
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