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Restaurantes

5 parrillas em Belo Horizonte que servem desde cordeiro uruguaio à molleja

João Renato Faria, de Belo Horizonte, especial para Gazeta do Povo
24/05/2018 21:47
Montevidéu é logo ali. Os mais de 2 mil quilômetros que separam Belo Horizonte da capital uruguaia estão a apenas uma esquina de distância quando o assunto é churrasco. Não que o mineiro não aprecie a carne feita no espeto, como é a regra no resto do país. Mas o jeito uruguaio e argentino de preparar a carne, em uma parrilla, tem um lugar especial no coração (e no estômago) dos belo-horizontinos.
Essa preferência não é por acaso, já que existem algumas diferenças fundamentais do preparo da carne na parrilla. A principal delas é o uso apenas de brasas incandescentes, o que evita que a fumaça e o fogo direto interfiram no sabor. Além disso, como não são atravessadas por espetos, as peças mantém os sucos no seu interior, aumentando a maciez. Felizmente, a capital conta com casas de inspiração bem uruguaia, onde é possível experimentar o jeito do Rio da Prata de comer carne.

Restaurantes com parrilla em Belo Horizontes

Parrilla del Mercado

A casa mais tradicional do tipo na cidade fica em uma varanda do charmoso Mercado Distrital. Por isso, consegue ter um horário de funcionamento diferente das lojas internas, que fecham cedo. Como as mesas são disputadas, é comum o cliente passar um tempo no balcão à espera de um lugar no salão. Não há chance de tédio: os assentos ficam bem em frente à imensa parrilla onde são preparadas as carnes.
Aproveite para já pedir um bem tirado chope Brahma (R$ 8, 330 ml) e uma entradinha, como o salsichão com queijo (R$ 23) ou a provoleta (R$ 18). Na mesa, a pedida é a costela de tira (R$ 66), um corte pouco usual da costela do boi. Outro campeão de pedidos é o bife chorizo (R$ 71), que faz bom par com a tradicional batata ao roquefort (R$ 21). Todas as carnes são acompanhadas de chimichurri uruguaio.
Serviço: Rua Ouro Fino, 452 – Mercado Distrital do Cruzeiro – (31) 3227-6399

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Tchê Parrilla

A casa comandada pelo gaúcho Sérgio Monteiro, que vive há mais de 30 anos em Belo Horizonte, se esmera nos cortes especiais da região dos Pampas. Abra os trabalhos com as empanadas de linguiça campeira na cerveja (R$ 19, quatro unidades). Também cai bem a linguiça de cordeiro (R$ 22, 150 gramas), acompanhada de um molho de hortelã.
Peça um vinho, como o tradicional uruguaio Giuseppe di Lombardia tannat (R$ 129), para entrar no clima sulista da casa. Não desperdice a chance de ousar nos pedidos. Difícil de ser encontrada, a porção de molleja (R$ 32), uma glândula no pescoço do boi e que é chamada por aqui de timo, chega à mesa tenra e saborosa. Já o bife de chorizo (R$ 67) da casa vem do gado wagyu, famoso por sua gordura entremeada, que dá uma maciez especial.
Se preferir algo mais tradicional, o vacio (R$ 59), a versão do Rio da Prata da nossa fraldinha, cai bem se acompanhada de uma polenta caseira frita (R$ 19). Não saia sem uma sobremesa. O minichurros de doce de leite (R$ 14) tem gostinho de infância. A panqueca de doce de leite (R$ 15) é servida enrolada e conta com recheio generoso.
Serviço: R. Oriente, 246 – Serra – (31) 3889-7005

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Hola Que Tal?

O salão interno tem decoração moderninha, mas costuma afastar os mais calorentos, já que a grelha das carnes ocupa metade dele. Por isso, as mesas do lado de fora costumam ser bem disputadas pelos clientes. Quem comanda a grelha é o chef uruguaio José Recoba, que está há mais de 20 anos na capital e já passou por outras casas do tipo na cidade.
Abra os trabalhos provando o palmito pupunha (R$ 28), que chega tenro à mesa. O salsichão com queijo (R$ 17) é outra boa sugestão de entradinha e cai bem com um vinho uruguaio. O que leva o nome da casa, da uva tannat, sai a R$ 67. O Reservado Dom Paschoal (R$ 78) é opção mais sofisticada.
Na hora das carnes, as apostas certeiras são a costeleta de cordeiro com purê de maçã (R$ 84) e os cortes tradicionais, como o bife de chorizo (R$ 57,90) e o bife ancho (R$ 62,90), são servidos com chimichurri e farofa. Quem estiver sozinho pode optar pelo chivito (R$ 25,50), sanduíche tradicional do Uruguai e que leva pão francês, alface, tomate, file mignon e queijo provolone. Minichurros com doce de leite (R$ 16) e o pudim de leite condensado (R$ 14).
Serviço: Av. Francisco Sá, 268 – Prado – (31) 99130 3776

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Dorival Bar e Parrilla

A casa em um dos principais pontos gastronômicos de Nova Lima, cidade vizinha à capital mineira, conta com um salão charmoso e bem decorado, com inspiração no jazz e nos anos 1930 e 1940. Não vá sem um agasalho, já que as mesas que ficam na calçada podem receber um vento gelado, dependendo da época do ano.
O chope Heineken bem tirado (R$ 8,90, 300 ml) é a pedida para molhar a palavra. Abra o apetite com uma porção de torresmo (R$ 28), que chega acompanhada de limão-cravo, também conhecido como limão-rosa ou limão-capeta. As croquetas de jamón ibérico (R$ 39, cinco unidades), são feitas com o tradicional embutido espanhol. Da parrilla, as carnes que têm maior saída são a picanha angus (R$ 85, 400 gramas), o prime rib (R$ 119, 650 gramas) e o galeto (R$ 39), que é temperado com ervas e cerveja Heineken. Todos os cortes são acompanhados de farofinha, chimichurri e vinagrete. Para adoçar, a fatia de cheesecake com cobertura de frutas vermelhas sai a R$ 22.
Serviço: Alameda Oscar Niemeyer, 841 – Vila da Serra – Nova Lima (31) 3643-4311

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Parrilla del Pátio

O salão é em um ambiente separado do shopping onde a casa está, o que garante uma melhor privacidade aos clientes e evita o clima de praça de alimentação. O bufê de saladas (R$ 39, por pessoa) oferece opções como alface, rúcula, tomate, mussarela de búfala e funciona bem tanto como entrada quanto na hora de montar os acompanhamentos das carnes.
A perna de cordeiro (R$ 40, 200 gramas e R$ 57, 350 gramas), a costela de tira (R$ 37, 200 gramas e R$ 52, 350 gramas) e a picanha (R$ 49, 200 gramas e R$ 70, 350 gramas) costumam ser as mais demandadas.
Quem quer algo mais substancioso para fazer companhia aos cortes tem a opção de pedir a farofa de ovos (R$ 18, para duas pessoas), que pode ser incrementada com banana ou abacaxi, pelo mesmo preço, ou o arroz com alho (R$ 10, para uma pessoa). As cervejas artesanais da Küd, inspiradas no rock’n’roll, ajudam a embalar a refeição. A pale ale God Save The Queen (R$ 15, 300 ml) só é servida em forma de chope. Já a witbier Tangerine e a black IPA Blackbird (R$ 29, 600 ml, cada) são boas opções em garrafas.
Serviço: Avenida do Contorno, 6061 – São Pedro – Shopping Pátio Savassi – (31) 3288-3181
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