Restaurantes
3 brasileiros concorrem ao prêmio internacional Restaurant Awards, em Paris
O ano de 2019 será marcado pela estreia de mais um prêmio internacional de gastronomia. Criado pelos renomados críticos gastronômicos Joe Warwick (co-fundador do 50 Best Restaurants) e Andrea Petrini (criador do Gelinaz), o Restaurant Awards premia restaurantes do mundo inteiro em 18 categorias.
Na primeira lista de finalistas da edição – a cerimônia de entrega será no dia 18 de fevereiro, em Paris – três restaurantes brasileiros concorrem ao prêmio. O premiado carioca Oteque, do chef paranaense Alberto Landgraf, concorre em duas categorias – Arrival of the Year (restaurantes que abriram entre 1 de setembro de 2017 e 30 de setembro de 2018) e Ethical Thinking (casas que assumiram compromisso social e com o meio-ambiente).
“É uma indicação que deixa a gente feliz. É um prêmio novo e importante, já que o Brasil está fora da rota gastronômica da Europa e dos Estados Unidos. Somos um restaurante pequeno com investimento pequeno em mídia e marketing. Ver os restaurantes que estão ao nosso lado na lista é motivo para ficarmos lisonjeado. De coração, sem falsa modéstia, estou muito feliz de ter alcançado esse resultado em tão pouco tempo”, comemora o chef Alberto Landgraf.
Já o paulistano Mocotó, do chef Rodrigo Oliveira, disputa as categorias No Reservations Required (sem necessidades de fazer reserva) e Tweezer-Free Kitchen (chefs que cozinham sem pinças). Até aqui nenhuma surpresa, já que os dois restaurantes e respectivos chefs colecionam prêmios nacionais e internacionais.
O que chama atenção é o terceiro brasileiro indicado: o restaurante Madalosso, em Curitiba, finalista na long list da categoria Enduring Classic, que premia as casas com pelo menos 50 anos de funcionamento. O restaurante curitibano, aberto em 1963, compete entre outros com o Honke Owariya, que há 550 anos (isso mesmo, foi fundado em 1465) faz yakisoba em Kyoto (Japão) e instituições francesas como La Mère Brazier e Paul Bocuse a L’Auberge du Pont de Collonges.
“Estamos felizes, foi uma indicação surpreendente, a gente não esperava”, comenta o empresário Beto Madalosso, da segunda geração da família que administra o restaurante. “Acho uma indicação pertinente porque mostra a história, a dedicação, a relação que o restaurante tem com o bairro, a transformação que trouxe para a cidade. Começou com seis mesas e hoje virou um complexo gastronômico“, diz Madalosso. O restaurante, que tem mais de 4 mil lugares e está entre os maiores do mundo, é um ícone de Curitiba.
Prêmio
O júri é dividido igualmente entre homens e mulheres. Entre os jurados estão alguns dos melhores chefs do mundo como Elena Arzak, Alex Atala, Massimo Bottura, David Chang, Hélène Darroze, Daniel Humm, Dan Barber, René Redzepi, Ana Roš, Yotam Ottolenghi e Clare Smyth. Ao todo são 36 países competindo.
Entre as categorias, algumas são inusitadas e originais, como a Instagram Account of the Year (perfil Instagram do ano), Tattoo-Free Chef (que premia os raros chefs sem tatuagens), e Long-Form Journalism, dedicado ao jornalismo enogastronomico.
Confira todos os indicados no site do Restaurant Awards.
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