Restaurantes
Restaurante elimina de vez os temperos industrializados
Aberto desde 2009 como um buffet de comida do dia a dia, o Restaurante 21, no bairro do Batel, passou por uma mudança completa em 2018 para resgatar seu conceito original de servir pratos saudáveis sem temperos e caldos industrializados. Os preparos agora levam somente alimentos orgânicos e naturais.
A chef e proprietária Sheila Peruzzo contou ao Bom Gourmet que abriu o 21 já com essa proposta, mas a concorrência mais apertada e a exigência do público fizeram com que ela se distanciasse dos orgânicos e naturais. A maior dificuldade era conseguir suprir a demanda diária.
“Eu já usava alguns temperos e caldos naturais, mas não tinha como servir tudo. Por conta da demanda, precisei realmente usar os ingredientes industrializados e fugir um pouco do que eu queria para o restaurante”, explica a chef.
Mas, há praticamente um ano, Sheila começou um trabalho com uma consultoria externa para resgatar o conceito original do 21 e eliminou completamente os insumos industrializados. No lugar deles entraram os caldos naturais e os alimentos orgânicos em praticamente todos os pratos. Apenas as carnes ainda são provenientes de frigoríficos industriais, enquanto ela ainda não encontra um fornecedor que atenda ao que precisa.
No buffet são servidas 15 opções de pratos quentes e 20 de saladas nos dias de semana (R$ 42,90/kg). Aos sábados este número passa dos 40, com opções como a feijoada completa sem gordura – em que as carnes são fritas antes de colocar no feijão –, a casquinha de bacalhau, o ratatouille vegano e o creme de abóbora cabotiá de coco vegano (R$ 49,90/kg). Há ainda cinco opções de sobremesas.
“Não só os pratos orgânicos e naturais, a gente também vende alimentos saudáveis e provenientes de agricultores e produtores da região. Tudo fresco e entregue praticamente todos os dias”, conta a chef sobre o pequeno empório montado logo na entrada do restaurante.
Lá são disponíveis a pimenta orgânica da casa (R$ 8), o mate de São Mateus do Sul, as hortaliças orgânicas do assentamento do MST na Lapa (uma espécie de cooperativa) a partir de R$ 3, doces de frutas, etc. E ainda um pequeno espaço com redes para quem quer relaxar depois do almoço.
Sustentabilidade
Sheila conta que também queria levar para o 21 o conceito de sustentabilidade, de preocupação com o meio ambiente. Para isso, ela adotou o sistema de compostagem com todas as sobras das comidas, e que conseguiu reduzir em 50% a geração de lixo. Também eliminou completamente o uso de canudinhos e embalagens plásticas descartáveis (até mesmo os copinhos de café na saída deram lugar a pequenas xícaras de vidro).
E no fundo do restaurante ela fez uma horta onde cultiva parte dos temperos que utiliza, como menta, orégano, tomilho e sálvia, entre outros.
Hotel e Churrascaria km 21?
O restaurante ganhou este nome por conta da churrascaria e hotel que a família dela tinha na BR-116, no km 21, em Fazenda Rio Grande. O espaço foi vendido em meados de 1990. Sheila explica que adotou o nome não apenas por uma questão familiar, mas para representar o século 21 como “uma alimentação mais natural sem desperdícios, mais sustentável e mais saudável”, finaliza.
Serviço: