Restaurantes
Curitiba e RMC terão mais cinco polos gastronômicos com contêineres
Surfando na ideia de juntar contêineres com operações gastronômicas em bairros com pouca oferta, o empresário Ricardo Augusto Coelho anunciou que abrirá mais cinco polos gastronômicos em Curitiba e região metropolitana até julho de 2018. O negócio é de Coelho em sociedade com Thereza Aguiar e cada unidade receberá um investimento entre R$ 2,8 milhões e R$ 4 milhões.
Com uma pesquisa de mercado meticulosa sendo feita desde dezembro, na noite desta terça (3) o empresário apresentou o Mondrí, um conceito de polo gastronômico que será instalado em cinco lugares diferentes, cada unidade com um conceito próprio, que reflita a identidade do local: São José dos Pinhais, Portão, Centro, Xaxim e Tarumã.
A primeira unidade do Mondrí se chamará Mondrí Gastronomia e Lazer e será próxima ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. O terreno de 12 mil metros quadrados terá 560 metros quadrados de área coberta com lona náutica e 26 operações gastronômicas e seis de outros serviços, cada uma em um contêiner, e dois pavimentos. Com foco em famílias, a área kids e playground somarão 90 metros quadrados.
O local terá uma construção de contêineres que simula um vagão de trem com revestimento interno de cedro rosa e decoração intimista, com mesas internas formando um salão privado. Os demais contêineres terão uma área comum com mesas em uma praça de alimentação com capacidade para 441 pessoas sentadas.
O polo gastronômico de São José dos Pinhais terá estacionamento para 133 carros e vaga para cinco food trucks, que serão rotativas e abertas apenas em grandes eventos para equilibrar a demanda e movimento. O local está em obras e a estimativa é de inaugurar na semana do Natal.
Os polos gastronômicos Mondrí terão sua própria moeda: o cliente compra na bilheteria as notas personalizadas que valerão em qualquer estabelecimento. A ideia de Coelho não é trabalhar com lojas-âncora e franquias: “Como o nosso número de lojas em cada polo é reduzido, preferimos dar vez a empresários da região para que o perfil do polo seja o reflexo da região em que ele está instalado. Daremos assistência para a instalação, temos um estudo detalhado do perfil dos moradores de um raio de cinco quilômetros dos polos”, diz Coelho. Nas unidades não haverá mais de uma operação com o mesmo prato como carro-chefe.
Polos gastronômicos no Portão e Centro
Ainda no projeto, mas com endereço definido, os polos gastronômicos do Portão e do Centro estão previstos para inaugurar no primeiro semestre de 2018. A unidade do Portão se chamará Mondrí Gastro Cult e funcionará no terreno em que era a fábrica da Omeco, na Rua Capitão Tenente Máris de Barros.
Com 7.500 metros quadrados, os empresários estudam quantos contêineres e qual o mix de serviços que deve ser instalado junto do polo gastronômico. A ideia é trabalhar com gastronomia de diferentes países, como cozinha peruana, italiana, mexicana, entre outros, e abrir para o almoço. Ainda não há uma estimativa de capacidade para pessoas sentadas nem de vagas para carros.
O Mondrí Gastro Garden é a unidade a ser instalada no Centro em um terreno de 3 mil metros quadrados a 200 metros da Rua Mateus Leme, próximo ao Shopping Mueller. Serão 24 operações (a maioria gastronômica) em dois pavimentos, um palco, área coberta e horário de atendimento amplo, da manhã à noite.
O foco é no grande público jovem da região central, por isso a aposta será um mix de estabelecimentos com agilidade no atendimento e produtos to go e mais opções para quem tem restrição alimentar, como vegetarianos. A estimativa é que sejam 30 vagas para carros.
Os endereços em que funcionarão as unidades do Tarumã e Xaxim ainda estão em negociação.
Inspiração
O estudo de mercado é da Pyx Network, que fez um levantamento de população estimada, estabelecimentos de alimentação e outros dados na região de cada bairro com “vazios urbanos” de lazer e gastronomia. “Trabalhamos com o conceito de atemporalidade e flexibilidade para se adaptar em diferentes realidades, por isso surgiu o nome de Pieter Mondrian”, explica Anne Bittencourt, designer da Pyx.
A imagem de contêineres coloridos empilhados lembra as pinturas geométricas com módulos do artista holandês, daí a inspiração para o nome Mondrí. A identidade visual da Mondrí ainda está sendo desenvolvida e deve ser apresentada em agosto.
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