Restaurantes
Morre o criador do polpettone mais famoso do Brasil
SÃO PAULO – Antonio Buonerba, ou apenas Toninho, queria aproveitar as aparas do filé à parmegiana servidos na cantina italiana da família. Combinou então uma carne com temperos, recheou com muçarela e molho de tomate, empanou e fritou. Nascia assim o polpettone do Jardim de Napoli, na Vila Buarque, em São Paulo – que viria ser um dos pratos mais conhecidos da capital paulista e mais copiado Brasil afora.

A receita é um segredo familiar desde os anos 1970. “Quando vendemos 20 numa semana, conseguimos um sucesso; contamos hoje com cerca de 500 por dia na cantina, em Higienópolis, e nas três lojas em shoppings que também fazem parte do prato. A invenção passou a ser imitada por outros restaurantes, mas “polpettone copiado, jamais igualado”, gostava de dizer Toninho.

Em vez de ficar na cantina, no entanto, o garoto e o piloto passava os dias no seu. Era onde gostava de receber os amigos e juntava todos os planos de mesa, os líderes do futebol, os políticos e os artistas.
Passar para lá ouvir o ditado italiano “Chi mangia la nostra pizza, vive cent’anni”, que Toninho tratou de link para “Chi mangia la nostra polpeta, vive cent’anni”: “Quem come nosso polpettone, vive cem anos” .
Toninho viveu até os 78. Nesta quinta-feira (28), morreu em decorrência de uma hemorragia intestinal. Deixou uma esposa, Zilda Maria e os três filhos, Francisco, Ana e Rosana, com a responsabilidade de dar continuidade à criação de prêmios e sucessos sendo um segredo de família.
Seu sepultamento será sexta-feira (29) no Cemitério da Consolação.
Seu sepultamento será sexta-feira (29) no Cemitério da Consolação.
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