Restaurantes
Kharina investe R$ 40 milhões para conquistar o Brasil com seu sanduíche
No ano em que completa 44 anos, a tradicional rede curitibana de lanchonetes Kharina quer conquistar os paladares de fora de Curitiba. A mira, agora, está apontada para Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. Serão R$ 40 milhões investidos em novas lojas.
A primeira expansão da marca, que adotou um posicionamento de restaurante, começou ainda no ano passado com a abertura de unidades em Campinas e Santo André, no interior paulista. Para este ano, em abril, a família de Rachid Cury Filho inaugura seu primeiro restaurante em São Paulo capital, no Shopping Parque da Cidade. Será uma das maiores unidades da rede, com mais de 300 metros quadrados.
A loja será a nova referência para o layout de todas as outras já abertas. O que for feito em São Paulo será aplicado tanto às unidades que ainda estão em projeto como nas originais já existentes em Curitiba. Segundo Rachid Cury Neto, filho do fundador da marca, a expectativa é alcançar a marca de R$ 200 milhões em faturamento até 2022.
“Era muito natural que o Kharina evoluísse, passando de um simples serv-car para uma lanchonete americana e agora neste conceito de restaurante. Era uma demanda do mercado, fizemos vários estudos que mostraram que as pessoas queriam algo mais da gente, não apenas aquele formato que estávamos acostumados”, explica o diretor de operações da rede.
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A expectativa é chegar a 12 unidades abertas nos três estados da região Sul, além de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal, gerando mais de dois mil empregos diretos.
O antigo formato de lanchonete, como esta de 2010, vigorou por quase quatro décadas. Foto: Walter Alves / arquivo Gazeta do Povo.
Para chegar neste formato, a rede passou por uma consultoria de mais de um ano para identificar falhas na operação e na logística das até então três lojas de Curitiba. O atendimento, o ambiente e o cardápio foram apontados como principais gargalos do Kharina, motivos que atrapalhavam no crescimento da marca.
Vinicius Abreu, diretor administrativo do Kharina, conta que foi a partir disso que a rede começou a revitalizar as lojas e a reposicionar a marca, deixando de ser uma lanchonete para se transformar em um restaurante. Foi a receita que tornou possível o início da expansão.
“A gente tinha um cardápio muito de lanchonete, não tinha mais para onde ir. Quando mudamos o foco, mantivemos 90% dele, mas adicionamos pratos mais elaborados de hambúrgueres prime e steaks. E assim consolidamos como restaurante, e novos públicos começaram a vir”, analisa.
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Entre os clássicos mantidos estão os hambúrgueres, os sanduíches abertos e os milkshakes.
Crescimento
O novo formato de atendimento gerou o desejo de expansão, mas a família não queria abrir novas unidades no formato de franquia. O medo era perder o controle e a qualidade dos produtos servidos.
A rede desenvolveu um sistema interno de logística que diminuiu as falhas e o desperdício, mantendo os alimentos frescos tanto nas unidades de Curitiba, de onde saem a maioria dos produtos, até nas recém-abertas no interior paulista.
