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Restaurantes

Pizza e Whatafuck: a trajetória de sucesso de duas referências de comida de rua em Curitiba

Flávia Schiochet
27/04/2018 13:00
Ao falar de comida de rua em Curitiba, dois nomes têm bastante força: Pizza e Whatafuck. A pizzaria e a hamburgueria, abertas em 2012 e 2014, respectivamente, se consolidaram como modelo para outros estabelecimentos de alimentação que abriram nos anos seguintes nas ruas Vicente Machado, São Francisco, Hauer Shopping e na “renascida” da Trajano Reis. Até então, comida de rua em Curitiba era sinônimo de cachorro-quente.
Pizza de legumes servida na miniloja do Pizza, na Rua São Francisco, que fica lotada nos fins de semana à noite.
Pizza de legumes servida na miniloja do Pizza, na Rua São Francisco, que fica lotada nos fins de semana à noite.
Durante a tarde de 26 de abril, os empresários Daniel Mocellin, do Whatafuck, e Rafael Fusco, do Pizza, estiveram nos estúdios da Gazeta do Povo para um bate-papo sobre comida de rua pelo Bom Gourmet (assista o vídeo na íntegra ao final da matéria).
Atualmente, as três unidades do Pizza vendem em média 100 pizzas grandes por dia, equivalentes a cerca de 800 fatias. “A unidade da Trajano Reis, que foi a primeira que abrimos, é a nossa quarta unidade, e abrimos de novo em abril desse ano”, diz Rafael Fusco, sócio do Pizza ao lado de Lucas Cintra.
Inspirado pelo sucesso do Pizza, Mocellin e seu sócio, Guilherme Requião, montaram uma hamburgueria nos mesmos moldes: sem serviço de salão, com pedidos em uma “janelinha” e cardápio enxuto. Segundo Mocellin, a hamburgueria vende cerca de 860 hambúrgueres diariamente somando as duas unidades (Vicente Machado e Hauer Shopping) e coloca em prática um projeto de expansão. Isto é cerca de 27 mil sanduíches por mês. A previsão é abrir uma terceira unidade do Whatafuck no bairro Batel até junho e uma unidade em São Paulo.
Inauguracao da nova loja da hamburgueria Whatafuck no shopping Hauer.
Inauguracao da nova loja da hamburgueria Whatafuck no shopping Hauer.

Diversificando os negócios

“Aproveitamos oportunidades. Agora precisamos começar a planejar”, disse Mocellin. A abertura do Roots (bar que só vende batata frita e churros no cone e chope), em agosto de 2016 foi um golpe de sorte: os empresários souberam dos imóveis para alugar e formataram o produto depois. “Tínhamos lugar para 14 pessoas sentadas e vendíamos de 300 a 500 sanduíches por dia. A saída foi vender batata frita no cone”. O mesmo aconteceu para a abertura da segunda unidade do Whatafuck e do Roots, no Hauer Shopping, em janeiro. Hoje, as lojas vendem cerca de 13 mil cones por mês.
A diversificação de produtos não foi apenas gastronômica para o Whatafuck: Mocellin e Requião lançaram uma linha de cervejas em parceria com a F#%*ing Beer e também um tênis com a Öus usando bagaço de malte para a sola do calçado.
Enquanto a batata frita e o hambúrguer se complementam (a média é de uma porção de batata frita vendida para cada dois hambúrgueres), a aposta dos sócios Fusco e Cintra foi abrir caminho para um novo mercado. Assim como inovaram no serviço em 2012 vendendo pizza al taglio com receita italiana, em dezembro de 2017 os sócios Fusco e Cintra abriram A Ostra Bêbada junto do sócio Diego Gasparin.
As ostras servidas são trazidas a cada dois dias, no máximo. Foto: Divulgação
As ostras servidas são trazidas a cada dois dias, no máximo. Foto: Divulgação
O bar de tapas tem cardápio focado em ostras de Guaratuba, Guaraqueçaba e Florianópolis, porções de conservas, chopes e vinhos em taça. O público do A Ostra Bêbada, segundo Fusco, é mais velho que o do Pizza – é como se os pais e avós sentassem às mesas da calçada do A Ostra Bêbada enquanto os filhos beliscassem uma fatia de pizza em pé na outra esquina -, mas continua sendo uma operação que sofre com as mesmas limitações que o Pizza.
“Estamos amarrados ao comércio de rua. Ajuda bastante ampliar o público, o mix de produtos, ter outra marca, mas ao mesmo tempo, chuva e frio atingem nosso negócio da mesma maneira”, explicou Fusco, no que Mocellin concordou.

Donos do Whatafuck e do Pizza CWB falam do crescimento da comida de rua em Curitiba

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