Restaurantes
De bolinho de bacalhau a salsicha alemã, o que comer na feirinha do Batel
O trecho é relativamente pequeno, na Rua Carneiro Lobo, entre a Avenida Visconde de Guarapuava e a Rua Gonçalves Dias, no Batel, em Curitiba, mas se a fome for grande, cabe uma refeição que dá quase a volta ao mundo. Assim é a Feirinha do Batel, tradição que reúne 21 barracas de comidas típicas e centenas de pessoas há quase 30 anos, todos os sábados.
O movimento começa cedo, pouco depois das 11 horas já dá para dar início à viagem culinária com escala em países como Peru, Itália, China, México, Alemanha, Ucrânia e, claro, Brasil, para citar algumas. Roseth Zaidan comanda há 26 anos a barraca da Comida Mineira. Veterana da feira, ela trouxe de Minas Gerais uma invenção que hoje é o carro chefe da barraca: o Trem Bão, sanduíche de pernil no pão de queijo (R$ 20). Robusto e bem servido, o sanduíche é a iguaria mais vendida às famílias que batem ponto na feira.
“O movimento mudou um pouco nesses últimos anos, mas a feira é muito tradicional e muita gente vem provar a comida mineira, com feijão tropeiro, galinhada, tutu de feijão, vaca atolada e três opções de carne: alcatra, frango e pernil”, conta.

Pouco mais à frente, a parada é Portugal, com os tradicionais bolinhos de bacalhau (R$ 6 a unidade) da barraca Delícias de Portugal. Alessandro Cordeiro comanda as fritadeiras do tradicional aperitivo e chega a vender uma centena a cada edição da feira.

Há 27 anos no local, ele conta que os pratos são segredos da família portuguesa. “Desde que começamos vendemos os mesmos pratos, mas há pouco tempo incluímos os doces também”. Na Delícias de Portugal, é possível encontrar o pastel de Belém (R$ 5, a unidade) e o Travesseiro de Cintra (R$ 6), recheado com ovos moles e amêndoas.

Se a fome estiver quase do tamanho da Alemanha, a dica é se abraçar em um joelho de porco da Currytiba Wurst. O prato mais vendido da barraca alemã custa R$ 20. É cozido, depois assado, acompanha purê de batata, maçã e molho curry. Luiz Carlos Casagrande, que atende no local, conta que só concorre com o tradicional joelho de porco o Cachorro Quente Alemão (R$ 14), servido no pão de cachorro quente ou no pão francês com salsicha bockwurst (vermelha), bratwurst (branca), chucrute, purê de batata e molho curry.

Há oito anos, a feirinha do Batel ganhou a mexicana Mix Coccina. A atendente Neide Caetano conta que os tacos são os mais pedidos pelos clientes. A R$ 15 é possível provar o prato típico do país, com tortilhas de milho artesanais, queijo, carne, salada, guacamole e o creme de nata.

O representante da feira, Patrick Muchinski é também responsável por uma das barracas da feira de 27 anos. A espetinhos Muchinski está há 17 anos no local e o carro chefe é o espetinho de alcatra (R$ 5,50). Para ele, um dos diferenciais da feira é atender o público com mais conforto, já que o local oferece mesas e cadeiras em locais cobertos.
LEIA TAMBÉM
Serviço
A Feira do Batel funciona todos os sábados, na Rua Carneiro Lobo, entre a Avenida Visconde de Guarapuava e a Rua Gonçalves Dias das 12h às 21h.