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Restaurantes

Conheça os pratos preferidos da clientela nos restaurantes mais antigos de Curitiba

Lucia Dub, especial para o Bom Gourmet
09/01/2018 21:30
Além do charme particular de cada um, os bares e restaurantes tradicionais da capital, são conhecidos há décadas pela fama de seus pratos principais. O costume de frequentar esses locais é antigo, mas já acertou em cheio as gerações mais novas. Assim como a clientela, a direção de muitos deles também se renova. Mas, em sua maioria, tudo é mantido como no passado. Veja quais são os pratos mais procurados há décadas em cada um deles.

Stuart (1904)

O Stuart está na quarta geração de administração e fica no centro da cidade. O bar, que abriu as portas em 1904, é especializado em petiscos e porções. Entre as mais pedidas estão o pernil com verde (desde 1929 no cardápio), a carne de onça (R$ 20), o testículo de touro (R$ 38), lambari (R$ 43), ovas de peixe (R$ 50) e o bolinho de carne especial (R$ 12). A casa tem espaço para 80 pessoas e também serve sanduíches.
Carne de onça do Stuart Bar. Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Carne de onça do Stuart Bar. Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

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Bar Mignon (1925)

Fundado em 1925, o Bar Mignon mudou de endereço depois de um incêndio. Desde 1946 funciona na Boca Maldita. No cardápio, o prato mais famoso é o pernil com verde (R$ 12,90), sanduíche feito de fatias de pernil cobertas com cebolinha verde, cuja receita é da família fundadora do bar. Além disso, o cachorro-quente (R$ 9,50) e a alcatra com arroz, maionese, salada de alface, tomate e cebola, farofa e pão (R$ 76) estão entre os mais pedidos.
Sanduíche de pernil com verde, do Bar Mignon. Foto: divulgação.
Sanduíche de pernil com verde, do Bar Mignon. Foto: divulgação.

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Casa Velha (1927)

Desde 1927 o bar está na mesma casa no bairro Abranches. Em 1933, foi construída a outra parte, de alvenaria. A administração do bar é familiar. O Casa Velha é conhecido pela porção de bolinho de carne recheado com provolone (R$ 17,90, seis unidades). O petisco já recebeu diversos prêmios e é um orgulho para a família.
Bola Cheia, bolinho de carne recheado com provolone e acompanhado de carambola, foi o petisco criado pelo Casa Velha, vencedor do concurso em 2015. Foto: Divulgação.
Bola Cheia, bolinho de carne recheado com provolone e acompanhado de carambola, foi o petisco criado pelo Casa Velha, vencedor do concurso em 2015. Foto: Divulgação.

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Bar Palácio (1930)

O Bar Palácio, fundado em 1930, era vizinho do palácio do governo, na Rua Visconde do Rio Branco. Ficou conhecido como “reduto histórico de jornalistas” e coleciona histórias. O churrasco paranaense servido com arroz, farofa e salada de cebola (R$ 46,60) é uma das especialidades da casa, assim como o mignon à griset (mignon feito na manteiga, acompanhado de batata griset, ervilhas e arroz) que custa R$ 75,90. O cardápio também conta com opções de massas e frutos do mar, além de sobremesas.
Churrasco paranaense, do Bar Palácio. Foto: divulgação.
Churrasco paranaense, do Bar Palácio. Foto: divulgação.

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Confeitaria das Famílias (1945)

Há 72 anos ininterruptos a Confeitaria das Famílias funciona no mesmo lugar, no calçadão da XV. Atualmente sob o comando da esposa do fundador, dona Dair da Costa Berzardo, o local abre de domingo a domingo, como ela se orgulha em contar. Entre os doces mais pedidos pela clientela estão a rosquinha espanhola, as bombas, os folhados e o quindim. Qualquer um deles custa R$ 7. A confeitaria é ponto de parada dos turistas que visitam Curitiba.
Rosquinha espanhola, da Confeitaria das Famílias.  Foto: Daniel Castellano, Gazeta do Povo.
Rosquinha espanhola, da Confeitaria das Famílias. Foto: Daniel Castellano, Gazeta do Povo.

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Bar do Ligeirinho (1949)

Ronald de Abreu, o Ligeirinho, foi jogador de futebol na década de 1940. Jogou no Britânia, Vasco da Gama e Coritiba, foi garçom do Stuart e desde 1949 tem o bar que leva seu nome e hoje é administrado pelos filhos. O Bar do Ligeirinho é famoso pelos frutos do mar como ostras gratinadas, isca de filet de robalo, caranguejo, sopa Leão Veloso e casquinha de siri. Os preços variam de R$ 17 a R$ 50 por porção. No cardápio, também estão pratos exóticos e conhecidos dos frequentadores como testículos de touro e rã.
Sopa à moda Leão, do Ligeirinho Bar. Foto: Krau Penas/Arquivo Gazeta do Povo
Sopa à moda Leão, do Ligeirinho Bar. Foto: Krau Penas/Arquivo Gazeta do Povo

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Cascatinha (1949)

A história do Cascatinha começa em 1949, quando a Avenida Manoel Ribas ainda era a antiga Estrada do Cerne. A família Trevisan abriu o restaurante servindo pratos feitos aos caminhoneiros que por ali passavam, para levar ao Porto de Paranaguá a produção de café e madeira. Logo ficou conhecida por preparar comida típica italiana, servida com fartura. Atualmente, o sistema é de rodízio, R$ 33 por pessoa (mais 10% do serviço), com acompanhamentos servidos na mesa. Entre os pratos estão a polenta frita, saladas, risoto, fígado frito, massas e frango. As bebidas são cobradas à parte.
O Cascatinha trabalha com o sistema de rodízio. Foto: reprodução.
O Cascatinha trabalha com o sistema de rodízio. Foto: reprodução.

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Churrascaria Ervin (1950)

A Churrascaria nasceu três anos depois do primeiro empreendimento da família Ofner, uma sorveteria. Ervin Ofner comprou o terreno em frente à sorveteria e abriu uma churrascaria para atender aos moradores que circulavam com suas charretes pelo local. A churrascaria trabalha com sistema à la carte no almoço e, no jantar, funciona somente sob reserva para eventos. Os destaques do cardápio são o filé com mignon para duas pessoas (R$ 99), acompanhado de maionese, salada de cebola, tomate e pão fresco, e a alcatra (R$ 130), com os mesmo acompanhamentos, para três pessoas.
 Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo

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Ile de France (1953)

Quando a Praça 19 de Dezembro foi inaugurada para comemorar o centenário de emancipação do Paraná, em 1953, o Ile de France ainda funcionava na Alameda Dr. Muricy, administrado pelos seus fundadores, Emile e Janine Decock. Quatro anos depois, mudou-se para um prédio de três andares, de frente para o mural azul e branco de Poty. O primeiro restaurante francês de Curitiba exibe charmosas instalações e um cardápio com um sotaque francês. Hoje é tocado pela nora dos fundadores, Clara Decock. O prato mais pedido é strogonoff de mignon com champignon (R$ 200) que serve de duas a três pessoas.
Estrogonofe de mignon do Ile de France. Foto: Divulgação.
Estrogonofe de mignon do Ile de France. Foto: Divulgação.

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Velho Madalosso (1963)

O restaurante Velho Madalosso foi inaugurado em 1963 com apenas 24 lugares. Dona Flora Madalosso (que ainda supervisiona a cozinha dos restaurantes da família) buscava o frango em sua pequena criação para preparar os pratos. Hoje o Velho Madalosso serve pratos da gastronomia italiana em sistema de rodízio (R$ 53 por pessoa). O restaurante criou a primeira adega climatizada de Curitiba e recentemente lançou a cerveja puro malte de marca própria. O salão acomoda mais de 170 pessoas. E no cardápio, além da comida italiana, o Velho Madalosso oferece opções de sobremesa. O cafezinho com creme na saída do restaurante é tradicional.
Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

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Veneza (1965)

Desde 1965, o Veneza é famoso por seus rodízios à base de massa e frango. O restaurante nasceu da ideia da família Valente de ter um local que reproduzisse suas festas de família, regadas a vinho, frango frito, polenta, massas e música. Atualmente é tocado pela terceira geração da família. Algumas das especialidades da casa, servidas no sistema de rodízio (R$ 56 por pessoa) são: frango à passarinho, macarrão e lasanha ao sugo, risoto de frango, polenta frita e nhoque. A Adega Veneza, construída em forma de castelo medieval, ao lado do restaurante, conta com um grande acervo de vinhos, chocolates, salames, queijos e especiarias.
Lasanha restaurante Veneza. Foto: Fernando Zequinão / Gazeta do Povo.
Lasanha restaurante Veneza. Foto: Fernando Zequinão / Gazeta do Povo.

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Imperial Bar e Restaurante (1966)

O restaurante, bem no centro de Curitiba, passou por algumas revitalizações, mas sem deixar de preservar o ambiente nostálgico criado por seu fundador, o espanhol Victoriano Touron Souto. Em 1997, Touron vendeu o Imperial para o atual proprietário, que continua a zelar pela casa. Desde a abertura, em 1966, o restaurante serve as tradicionais paellas espanholas. A paella a la valenciana (R$ 49,90 por pessoa) é feita com camarão, lula, mexilhão, peixe branco, lombo suíno e carne de frango. Como os produtos usados na preparação do prato são frescos, o cliente precisa encomendar a paella com pelo menos um dia de antecedência. O Imperial também é muito procurado por seu mignon à imperial, feito com filé mignon grelhado, coberto com uma combinação de aspargos frescos, brócolis, palmito e cogumelo Paris salteados na manteiga. O prato vem acompanhado de arroz e batatas rústicas, e sua porção grande custa R$ 75,90 (serve de duas a três pessoas).
O linguado à Imperial serve até 3 pessoas e custa R$ 79,90. Acompanha camarão ensopado, maionese com palmito, salada mista, fritas e arroz.<br>Fotos: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
O linguado à Imperial serve até 3 pessoas e custa R$ 79,90. Acompanha camarão ensopado, maionese com palmito, salada mista, fritas e arroz.
Fotos: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

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Lanches Itália (1969)

A Lanches Itália Pizzaria funciona há 48 anos no centro de Curitiba. Bruno Berindelli abriu as portas e hoje a casa é administrada pela segunda geração da família. O destaque da Lanches Itália é a pizza de muçarela (molho de tomate, camada grossa de muçarela e orégano) que sai por R$ 7 a fatia. Para beber, a vitamina com sorvete (R$ 7) é mais procurada pelos clientes e é batida na hora.
A pizza de muçarela é servida na Lanches Itália desde 1969. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo
A pizza de muçarela é servida na Lanches Itália desde 1969. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo

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Pizzicato Pizzaria (1971)

Desde 1971, a Pizzicato Pizzaria segue a tradição napolitana na preparação das pizzas, massas e molhos. Tudo começou com o casal Aurélio e Carolina Nicolella, ambos da cidade de Nápoles, na Itália. Dentre os pratos mais pedidos estão a pizza de muçarela (R$ 42) e o filé à parmegiana que é acompanhado de massa e serve duas pessoas (R$ 82).
O Filet à parmegiana, da Pizzicato, acompanha a massa. Foto: divulgação
O Filet à parmegiana, da Pizzicato, acompanha a massa. Foto: divulgação

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Lancaster Confeitaria (1973)

A Lancaster foi fundada há mais de 40 anos. Ficou conhecida por seus salgados e doces tradicionais, como as empadas de frango com catupiry, de frango com palmito e de palmito e camarão (de R$ 7,30 a R$ 7,80 a unidade) e a bomba de chocolate (R$ 7,50 a unidade). A confeitaria também serve almoço, com destaque para o salmão com crosta de castanhas. O salão tem capacidade para 50 pessoas.
Salmão em crosta (R$ 51): o mais vendido da casa. (Foto: Divulgação)
Salmão em crosta (R$ 51): o mais vendido da casa. (Foto: Divulgação)

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Acrótona Sopas e Pizzas Típicas (1974)

O Acrótona abriu as portas há 43 anos, na Rua Cruz Machado, onde fica até hoje. A casa é especializada em carnes e sopas (servidas o ano inteiro) e ficou conhecida, também, pelas massas. O restaurante foi um dos primeiros a fazer a pizza de quatro queijos, em Curitiba. No inverno, a casa serve sopas no sistema de buffet (R$ 28 por pessoa). Nos outros períodos do ano, mantém as três sopas mais pedidas (eslava, milho verde e canja) no cardápio. O filé mignon e fetuccini ao molho Alfredo é um dos destaques do menu (R$ 70).
Pizza da Acrótona, que também serve sopas desde sua abertura. Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Pizza da Acrótona, que também serve sopas desde sua abertura. Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo

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A Sacristia (1976)

O nome do restaurante foi inspirado no La Sacristia, de Roma, onde o antigo dono almoçava no tempo em que viveu na Itália. Hoje, o local é administrado pelo afilhado do fundador, que se orgulha por ter mantido tudo exatamente como no passado. No menu estão carnes, massas e peixes. O prato mais pedido no restaurante é o mignon ao molho roquefort, servido com arroz branco e batata palha artesanal (R$ 126, serve duas pessoas). O cliente pode optar por trocar os acompanhamentos por spaghetti.
Mignon ao molho roquefort do bar Sacristia. Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Mignon ao molho roquefort do bar Sacristia. Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo

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Maneko’s Bar (1978)
O Maneko’s é conhecido pelo balcão de fórmica, chope gelado cobrado pelas bolachas que vão sob o copo, petiscos variados e, de segunda a sexta, o tradicional prato do dia. O dono trabalhou como garçom por anos no Stuart. Depois, decidiu abrir o próprio bar. O carro chefe no Maneko’s é o bife à parmegiana (R$ 33 por pessoa), seguido da tradicional rabada (R$ 27 por pessoa). Além disso, o Maneko’s serve porções e petiscos. O bolinho de carne é famoso.
Dobradinha do Maneko's Bar. Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Dobradinha do Maneko's Bar. Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo

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Bar do Alemão – Schwarzwald (1979)

O Bar do Alemão fica no calçadão do Largo da Ordem, no centro histórico de Curitiba. O ambiente rústico, tradicional das tabernas germânicas ficou conhecido pelo chopp gelado e pelo submarino (um pequeno copo de steinhäger mergulhado dentro do chopp pilsen). Mas as porções e pratos tradicionais da culinária alemã também ganharam fama entre os frequentadores. As mais pedidas são a carne de onça que sai por R$ 39,70 e o Einsbein, por R$ 71 (para duas pessoas).
Porção com Einsbein, do Bar do Alemão. Foto: divulgação.
Porção com Einsbein, do Bar do Alemão. Foto: divulgação.

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