Bom Gourmet
Produtos paranaenses são destaque no Mundial do Queijo do Brasil
Os queijos paranaenses fizeram bonito no 2º Mundial do Queijo do Brasil. Pouco mais de 30 produtos do Paraná foram premiados no concurso de queijos e lácteos realizado no último fim de semana, em São Paulo.
A premiação recebeu participantes de 11 países. Além do Brasil, também concorreram produtores do México, Panamá, Estados Unidos, Portugal, Espanha, França, Itália, Suíça, Inglaterra e País de Gales. No total, 484 produtos foram premiados. O suíço Gruyere Reserve foi o grande campeão, ficando em primeiro lugar na categoria Super Ouro.
Dos paranaenses, o queijo tipo Appenzeller, da Cooperativa Witmarsun foi classificado como Super Ouro, ficando entres os 21 melhores queijos do concurso internacional. Outro produto da cooperativa também foi premiado. O queijo tipo Raclete da Witmarsum recebeu medalha de prata.
“A conquista desses prêmios serve de motivação a todos que se empenham para manter a qualidade na linha de queijos que a Cooperativa produz”, declarou Artur Savatsky, presidente da Cooperativa Agroindustrial Witmarsum.

A Queijaria Lita, de Paranavaí, ganhou ouro em dois produtos: o Lita Cremoso Suave e o Lita Maturado Suave, e mais quatro medalhas, duas de prata e duas de bronze. Fundada em 2020, a produção é feita com leite pasteurizado de vacas Jersey, criadas livres no pasto. A propriedade processa cerca de 300 litros de leite por dia.
Em postagem nas redes sociais, a sócia-proprietária, Talita Feuser, dedicou as medalhas à equipe. “Sonho que se sonha junto é realidade: compartilhamos esses prêmios com todos que sonharam conosco e trabalharam para essa realização, a começar pelos nossos parceiros de lida diária”, escreveu.
Da região dos Campos Gerais, o queijo Purungo da Queijaria Família Baptista foi outro medalhista da competição. A receita resgatada pela proprietária, Carolina Baptista, está na família há gerações.
"É um queijo de massa filada, 100% artesanal, feito com leite cru, com o gostinho de Palmeira", explica Carolina. Ela conta que o queijo trouxe muitas oportunidades e que a propriedade é aberta ao público e oferece várias opções gastronômicas derivadas do produto.

Representatividade paranaense
No primeiro Mundial, em 2019, o Paraná tinha conquistado apenas duas medalhas. Para Flavia Rogoski, que faz parte da diretoria da SerTãoBras - organizadora do Mundial de Queijos - , e é proprietária da loja de queijos Bon Vivant, no Mercado Municipal de Curitiba, o salto nas premiações paranaenes é muito importante para o desenvolvimento de toda cadeia regional do queijo. “As medalhas aumentam o interesse pela região produtora, desenvolve o comércio e fomenta a cadeia do queijo”, completa.
Ela avalia a participação do estado no evento deste ano como bastante expressiva, em relação à 1ª edição. "Foi muito emocionante ver bastante gente do Paraná por lá, representando bem toda nossa produção regional de queijos", completa.
Além dos produtores citados, outros paranaenses também foram premiados no Mundial. Entre eles, Estância Baobá, Frimesa, Leomar de Melo, Sítio Bom Jesus e Queijaria Bela Vista.
A lista completa dos vencedores está no site do evento.