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Produtos das Indicações Geográficas (IGs) do Paraná viram presentes de amigo-secreto
Imagine receber um doce de goiaba de presente de Natal? Ou, quem sabe, um pote de mel super puro ou, ainda, uma garrafa de cachaça super especial? Essas, entre outras, foram algumas das lembrancinhas entregues e recebidas no amigo-secreto promovido pelo Sebrae/PR, que movimentou, virtualmente, produtores de todo o Paraná.
A entidade propôs a troca de presentes entre as associações de produtores de regiões de Indicação Geográfica, já registradas ou em processo de avaliação. O registro de IG é concedido a produtos ou serviços que são característicos de seu lugar de origem, o que garante a ele valor e identidade própria em função de recursos naturais e do saber fazer.
De acordo com a coordenadora estadual de agronegócios do Sebrae/PR, Maria Isabel Guimarães, a Mabel, na hora da revelação, cada associação precisou enviar um vídeo falando do seu produto, com o objetivo de torná-lo ainda mais especial para quem o recebeu.
"Nós propusemos o amigo-secreto para valorizar ainda mais os produtos. A ideia é que eles se vissem falando, com o orgulho que eles têm e como eles o vendem. E vamos aproveitar a brincadeira para avaliar como funcionou a logística e o transporte de alguns destes produtos. Também queremos saber como foi o sentimento de quem recebeu o presente", explicou Mabel.
Participaram da brincadeira associações de produtos que já têm IGs registradas, como a goiaba de Carlópolis, as uvas finas de Marialva, a erva-mate de São Matheus, o mel do Oeste do Paraná, e outras que estão em processo de reconhecimento, como do ginseng de Querência do Norte, as balas de banana de Antonina , a cachaça de Morretes, os vinhos de Bituruna, o porco moura, o Trigo de Origem e as torneiras de Loanda.
Confira a primeira revelação do amigo-secreto
Conheça mais sobre os produtos paranaenses participantes, de acordo com o Sebrae/PR
Goiaba de Carlópolis
Carlópolis conseguiu a concessão de Indicação de Procedência do Brasil em apenas sete meses, de acordo com o Sebrae/PR. A goiaba de mesa da região é produzida em sistema de poda contínua, com produção profícua durante todo o ano e uso da técnica de ensacamento dos frutos, que elimina o uso de agrotóxicos na contenção de pragas.
Uvas de Marialva
A uva produzida na região de Marialva apresenta conformação de cacho e tamanho de bagas que atendem às exigências do mercado consumidor nacional. São duas safras por ano, em um solo de alta fertilidade, que aliado ao clima e à altitude da região, proporcionam uvas com elevada acidez e intensidade de cor.
Erva-mate de São Matheus
A erva-mate da região de São Mateus do Sul tem como diferenciais a produção em ambiente parcialmente sombreado, utilização de sementes de árvores nativas da região produzidas artificialmente em viveiros e espaçamento entre as árvores, nutrição do solo e podas.
Cachaça de Morretes
De acordo com o Sebrae/PR, a cachaça morretiana é um produto tradicional do litoral paranaense, cuja produção já ocorria no século XVIII e resistiu, adaptando-se às transformações da modernidade sem perder seu significado cultural. A cana-de-açúcar produzida no litoral e o processo de produção adotado geram uma bebida com acidez, pureza e aroma diferenciados, o que já garantiu muitos prêmios internacionais à bebida.
Bala de banana de Antonina
As condições climáticas com calor e umidade é ideal para o cultivo da banana, matéria-prima da bala de banana de Antonina, que rompeu fronteiras e é reconhecida nacionalmente. A expertise na produção do doce promove intensa geração de trabalho e renda na região.
Ginseng de Querência do Norte
Usado tradicionalmente como estimulante, revitalizante e anti-estresse, o ginseng nativo de Querência do Norte é produto de exportação. Devido à similar morfologia de sua raiz a do ginseng asiático, vem sendo utilizada em substituição da planta milenar.
Vinhos de Bituruna
Os pequenos parreirais para produção de vinho para consumo próprio no município de Bituruna, no sul do Paraná, se transformaram em toneladas de uvas colhidas anualmente por conta do clima favorável e a terra fértil do território biturunense. Com a coloração mais tinta dos vinhos bordô e o aroma acentuado de frutas tropicais, no caso do vinho Casca Dura, Bituruna conquistou o status de maior produtor de vinhos do Paraná e recebeu o título de capital paranaense do vinho.
Trigo de Origem
Maior produtor do Brasil de trigo, o estado do Paraná tem ganhado notoriedade com o projeto Trigo de Origem, capitaneado pela Moageira Irati, empresa da região central do estado que trabalha com segregação de grãos. O cuidado neste processo, que vai desde a escolha das sementes, passa pela capacitação dos produtores e pelo esmero no processamento das farinhas, tornam o produto de alta qualidade.
Porco Moura
O porco moura tem carne com bom nível de marmoreio e gordura, o que garante qualidade superior a raças especializadas na produção de carne, além de ser mais vermelha e com sabor marcante. Essas características desta raça cultivada no Paraná torna sua carne apreciada na alta culinária para receitas mais elaboradas e por clientes de paladar mais exigente.
Mel do Oeste do Paraná
O mel do Oeste do Paraná é oriundo da flora de reflorestamentos em áreas de preservação permanente às margens do Lago de Itaipu que, aliado ao clima e à topografia, dão o diferencial ao produto que tem elevada aceitação comercial e oferece princípios ativos que promovem a melhora da vitalidade corporal.
Torneiras de Loanda
Segundo o Sebrae/PR, Loanda é reconhecida em todo o Brasil como um importante produtor de torneiras, com quase 80 empresas especializadas na fabricação do produto. Hoje, a produção local representa 17% do mercado nacional. O município, junto com Santa Izabel do Ivaí, Santa Cruz de Monte Castelo e São Pedro do Paraná, integra um importante polo produtor de metais sanitários.
IGs do Paraná
Atualmente, segundo o Sebrae/PR, o Paraná tem oito IGs registradas: o melado de Capanema, a goiaba de Carlópolis, os queijos finos de Witmarsum, as uvas finas de Marialva, a erva-mate de São Matheus, o mel do Oeste do Paraná, o mel de Ortigueira e os cafés especiais do Norte Pioneiro. Há, ainda, outras cinco depositadas: barreado do litoral do Paraná, bala de banana de Antonina, farinha de mandioca do litoral do Paraná, cachaça e aguardente de Morretes e morangos do Norte Pioneiro. Outras potenciais IGs são os vinhos de Bituruna, as tortas de Carambeí, as tilápias da reserva Iguaçu, os queijos de Guaraniaçu, o queijo purungo de Palmeira, o queijo colonial do Sudoeste do Paraná, a ponkan do Vale do Ribeira, o ginseng de Querência do Norte, a Cracóvia, de Prudentópolis, os caprinos e ovinos de Cantuquiriguaçu, a carne de siri de São Miguel, o mel de Prudentópolis e as torneiras de Loanda.