Produtos & Ingredientes
Produtos da Amazônia e do Cerrado com potencial de uso na alimentação são foco de pesquisa. Conheça!
Babaçu, cupuaçu, o guaraná, castanha-do-Brasil, macaúba, baru e o pequi. Produtos da Amazônia e do Cerrado são os protagonistas do Projeto Biomas, encabeçado pelo The Good Food Institute Brasil. O instituto vai financiar pesquisas exploratórias com potencial para transformar as matéria-prima em ingredientes alimentícios demandados pela indústria de proteínas alternativas.
O investimento é de até R$135 mil por projeto. Os pesquisadores interessados devem enviar suas candidaturas até o dia 15 de julho de 2021, às 22h de Brasília. Os projetos devem ter prazo de execução de, no máximo, doze meses e desenvolvidos no Brasil. Para se inscrever, basta acessar o edital e seguir as instruções.
A seleção dos sete produtos nativos ocorreu após levantamento feito pelo próprio GFI Brasil que levou em consideração o potencial técnico e econômico de cada espécie. Para a gerente de Ciência e Tecnologia do GFI Brasil, Cristiana Ambiel, a potencialidade da flora nativa brasileira não está refletida nos supermercados, nas feiras e muito menos na cozinha do brasileiro.
"Como resultado, a sociedade deixa de aproveitar os benefícios decorrentes dessa riqueza. No caso das espécies de uso alimentício, por exemplo, as pessoas acabam não se beneficiando dos elevados valores nutricionais presentes nas espécies nativas. O uso dessa riqueza pode ser a grande saída da humanidade para o futuro”, defende.
Conheça um pouco mais sobre os produtos da Amazônia e do Cerrado do projeto:
- Castanha-do-Brasil: o seu óleo possui uma boa qualidade nutricional (85% de ácidos graxos insaturados) e apresenta índices de acidez e peróxidos que atendem a legislação brasileira para óleos vegetais comestíveis
- Babaçu: o óleo de babaçu é destinado à alimentação humana como suplemento alimentar, e, na medicina popular no tratamento de inflamações, já é produzido e comercializado por algumas comunidades.
- Cupuaçu: a polpa do cupuaçu é destinada à produção de diversos alimentos (polpa congelada, sorvete, geleias etc). Já a semente do cupuaçu tem potencial de extração de óleo e a torta de cupuaçu se mostra com potencial de proteína alternativa.
- Guaraná: o guaraná é normalmente comercializado na forma de xarope (para a produção de refrigerantes e bebidas energéticas) e em pó (para a produção de cápsulas ou vendidos em sachês e frascos). Tanto o xarope quanto o pó são produzidos a partir das sementes torradas do guaraná.
- Macaúba: a polpa e amêndoa de macaúba podem ser industrialmente exploradas não só como fonte de óleos vegetais, mas também como fonte de proteínas e carboidratos. Estas propriedades são desejáveis para a formulação de diferentes tipos de alimentos, com destaque para a indústria de panificação e massas e a indústria de produtos cárneos, além da importância na fabricação de suplementos alimentares
- Baru: a amêndoa costuma ser comercializada torrada. Já o óleo da amêndoa de baru tem elevado grau de insaturação e é similar ao óleo de oliva, com potencial para ser usado como óleo de cozinha.
- Pequi: a polpa é comercializada na forma in natura, congelada e em conserva. Apesar de considerada uma proteína de baixa qualidade, é comparável à proteína da farinha de trigo, e pode ser adicionada de misturas para melhorar sua qualidade. Do pequi, também é extraído óleo