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Veja onde vão estacionar os food trucks
A Prefeitura lançou na noite desta quarta (8) o edital de licitação que libera a circulação de food trucks em locais públicos de Curitiba. O edital estabelece regras e define horários e pontos nos quais os veículos poderão ficar parados para vender seus produtos. Ao todo são 20 pontos na cidade por um total de 71 food trucks, ou seja, cada local vai receber mais de um caminhão. As propostas deverão ser apresentadas até 11 de julho.
A novidade introduzida pelo edital é ampliação dos locais que passaram de 17 a 20 e o número de caminhões que subiu de 56 vagas para 71. O aumento foi decidido em reunião entre as secretarias municipais do Urbanismo, do Trânsito e do Meio Ambiente e representantes da Associação Paranaense de Food Trucks (APFT). O prazo de concessão da licença para funcionamento foi fixada em 12 meses, prorrogável por mais 12 meses. A publicação do edital já havia sido prometida para o início de junho, mas foi adiada.
De acordo com a Prefeitura, até essa quarta, apenas dez veículos estão licenciados pela Vigilância Sanitária, enquanto outros 21 já se cadastraram e aguardam vistoria. Podem participar da licitação pessoas jurídicas (CNPJ), devidamente constituídas, com estabelecimento regularmente licenciado em Curitiba. Para cada CNPJ poderão ser vinculados até dois food trucks dos seguintes ramos: fabricação de produtos alimentícios, restaurante, pizzaria, lanchonete, casa de sucos, fabricação de chocolates e sorvetes e similares.
Após a abertura dos envelopes, os proponentes terão 30 dias para apresentar os demais documentos para funcionar legalmente, inclusive licença da Vigilância Sanitária.
Outras informações trazidas pelo edital são os valores mínimos para proposta de preço. São dois: R$ 669,20 e R$ 1171,10. Os valores mensais pagos pelos food trucks variam conforme a localização do ponto – entre R$ 501,90 (Portal de Santa Felicidade, no domingo, por exemplo) e R$ 1.505,70 (Jardim Botânico).
Entre alguns pontos, estão Jardim Botânico, Praça 29 de Março, Parque Barigui, Rua Carneiro Lobo, Terminal do Pinheirinho, do Carmo, Memorial Africano (no Pinheirinho) e Rua da Cidadania do CIC.
Não serão autorizados pontos que estejam a uma distância mínima de 200 m de outras feiras de alimentação ou turísticas promovidas pelo próprio Município ou de outros pontos de comércio gastronômico, salvo se em dias e horários diferenciados.
Os veículos deverão possuir: abastecimento próprio de água potável, reservatório para acumulação de águas servidas, fonte própria de geração de energia, destinação final adequada da água utilizada. Em vias, áreas e logradouros públicos, os veículos poderão possuir aberturas em ambos os lados, permitindo que o estacionamento possa ocorrer indistintamente em qualquer um dos lados da via, desde que observadas as normas de trânsito.
A classificação neste pleito não garante vaga em futuros pontos, pois os mesmos serão objeto de outras licitações.
Insatisfação
Após analisar o edital, a Associação Paranaense de Food Trucks (APFT) expressou grande insatisfação em relação ao texto. “É pior de quando começamos a conversa com a Prefeitura. Esse edital foi escrito para que ninguém participe”, afirmou Antônio Tanaka, vice presidente da associação, em entrevista com o Bom Gourmet. Alguns aspectos da licitação geraram críticas por parte dos empresários.
Os truckeiros reclamam dos valores cobrados por adquirir os pontos (que chegam até R$ 1.171,10) e as mensalidades cobradas pela Prefeitura (até R$ 1.505,70). Outra questão é a qualidade dos locais públicos escolhidos pelo poder público que, segundo Tanaka, são “um pior que o outro”, e os horários em que os caminhões poderão estacionar. Outro problema é o tamanho dos caminhões: segundo Tanaka, todos os trucks que atualmente circulam por Curitiba ultrapassam as medidas fixadas pela Prefeitura.
Mapa dos food trucks