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Conheça o preparo da carne que nem a jurada Paola do MasterChef sabe fazer
Com apenas cinco participantes: Katleen, Hugo, Maria Antônia, Eliane e o major Thiago, a competição chega a uma fase decisiva. Na prova de eliminação do MasterChef na última terça-feira (10), os competidores tiveram um desafio inédito: preparar carne de jacaré. Uma carne considerada exótica, fibrosa e difícil, o jacaré deixou os participantes apreensivos: eles nunca tinham trabalhado com a proteína. A própria chef Paola Carosella confessou também nunca ter preparado o animal. Maria Antônia – que foi o destaque negativo da primeira prova – teve, ainda, uma desvantagem: não pôde usar o rabo, que é a parte mais nobre e com mais carne.
Bastante versátil, a carne de jacaré tem sabor intenso e uma textura que remete à carne de frango. Mas pela sua delicadeza, costuma ser comparada à carne do peixe. A cauda é a parte mais nobre e a mais utilizada na cozinha, mas também a mais rija. Uma boa dica é mariná-la em bebidas alcoólicas, como cachaça ou grappa, para amolecê-la. Peito e coxas já são partes mais macias e ideais para preparos empanados e fritos. A proteína, que é vendida em casas especializadas, vem de criadouros legalizados.
Ensopados, com molho e a moqueca são algumas das melhores formas de preparo, pois devido ao cozimento a carne fica ainda mais suculenta. Além disso, dessa forma é possível abusar de ervas e temperos para deixar a carne branca considerada de sabor intenso com ainda mais personalidade. É possível também preparar a proteína grelhada, frita ou empanada. O importante é saber harmonizar os temperos (boas opções são cebolinha, salsinha, manjericão e alfavaca) para que revelem seu sabor único. Os melhores acompanhamentos são os que normalmente são servidos com peixes, como batatas, purês, legumes, risotos, macarrão, saladas ou pirão.
A maioria dos candidatos optou por prepará-la ao molho. A vencedora da prova foi a participante Maria Antônia, que serviu aos jurados uma sopa de jacaré que, segundo Jacquin, fez os chefs “se sentirem na Amazônia”. O acompanhamento foi uma farofa cítrica de limão. Os destaques negativos foram o Major Thiago e a professora Katleen, que erraram no ponto da carne, deixando-a muito dura. O prato feito por Katleen – que se destacou na competição por preparar uma receita de pão de queijo frito – também despertou críticas da chef Paola, por se preocupar mais com o conceito do que com o sabor, levando a participante à eliminação. Ela preparou uma cauda de jacaré com chips de batata. “Você foi mordida pelo bichinho da alta gastronomia”, cravou Paola. A cozinheira amadora deixou o programa bastante emocionada.
Primeira prova exigiu capacidade de harmonização de ingredientes regionais
A prova que antecedeu a de eliminação, foi a de comida regional: eles precisaram harmonizar proteína, ingredientes e temperos de regiões diferentes do país. Assado de tira, galinha caipira, tambaqui, carne de sol e costelinha de porco foram combinados com ingredientes como jiló, pequi, erva-mate, tucupi e canjiquinha. Quem se deu bem e foi o destaque da prova foi o dentista Hugo, que pode subir ao mezanino, ficando imune à eliminação. O prato feito pelo cozinheiro e que surpreendeu o trio de jurados foi uma galinha caipira no tucupi com purê de banana da terra. O prato avaliado como pior foi o preparado por Maria Antônia: um assado de tira que não chegou ao ponto correto, deixando a participante em desvantagem para a prova de eliminação.
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