Pessoas
Sites e apps facilitam o contato de chefs com o público
As plataformas têm os seus diferenciais, mas o objetivo é o mesmo: facilitar a aproximação dos chefs e clientes por meio da internet. Com apenas alguns cliques, é possível escolher o perfil do chef, da culinária e adaptar o evento que se quer ao orçamento disponível.
O site chef23 , por exemplo, foi criado por três amigos que não são ligados ao mercado de gastronomia, mas são bons observadores. E foi ao analisar o mercado atual que os engenheiros Marco Knabben, Rodrigo Vodola e o programador de sistemas Rafael Marques decidiram criar a plataforma para reunir em um mesmo espaço virtual chefs de Curitiba, São Paulo e Florianópolis.
“A ideia é ter uma plataforma que mostre o que o chef faz de melhor, assim o público pode escolher o serviço que precisa”, conta Marco. O site está sendo desenvolvido há um ano e acaba de entrar no ar. Reúne, por enquanto dez chefs de Curitiba e São Paulo.
A chef Fê Nasser é uma delas. “ É uma maneira de outras pessoas te encontrarem na rede. Eu já tinha uma página no Facebook, mas desde que a plataforma Chef23 foi lançada, já fechei dois eventos com clientes que me encontraram pelo site”, conta. A facilidade de não ter que ter um site próprio e poder alterar o cardápio sempre que necessário, é mais uma das vantagens que ela cita.
O cadastro dos chefs na plataforma é gratuito. O profissional pode entrar no site e criar o seu próprio perfil, descrevendo os serviços que oferece. Em breve, também será possível inserir o pagamento online de forma segura no próprio site. O retorno financeiro acontece quando o chef fecha o serviço com o cliente e paga uma porcentagem que varia entre 3 a 5% do valor do serviço aos organizadores.
Chef2Share
Já o site chef2share é uma plataforma e aplicativo que conecta chefs e seus convidados em eventos públicos ou privados. O chef pode cadastrar o cardápio e criar o próprio evento, com vendas antecipadas. Assim consegue prever o número de pessoas que vai participar e programar a quantidade de ingredientes necessária.
O chef Dudu Sperandio embarcou na iniciativa. Para ele, a principal vantagem é ter a previsão das vendas e dos participantes para que não haja desperdício de insumos. “Além disso, é uma nova forma de divulgação do nosso trabalho”, diz.
Um diferencial da plataforma é que não é preciso ser chef para participar. Quem é acostumado a fazer jantares e reuniões de amigos, por exemplo, pode lançar mão da ferramenta para dividir a conta antecipadamente. Uma porcentagem do valor fechado do evento é paga para o site. Além disso, os clientes podem pagar em nove vezes no cartão de crédito, enquanto o chef ou o anfitrião recebem à vista.
O engenheiro Fabiano Falvo, um dos responsáveis pela plataforma, conta que a meta é reunir chefs de todo o Brasil, mas que primeiramente Curitiba e São Paulo serão as cidades bases.
Meu Bistrô
Outra plataforma semelhante é o meubistro, que está em fase de cadastramento. O site também foi criado para conectar chefs de cozinha e pessoas que querem contratar cardápios preparados com profissionalismo.
Os chefs vão poder se cadastrar gratuitamente e os clientes vão poder agendar, pagar e avaliar os serviços contratados por meio da plataforma. O portal foi idealizado por André Apollaro, estudante de Engenharia Mecânica e Rogê Foschi, Engenheiro de Produção.
“A ferramenta é capaz de facilitar a logística que a organização de uma recepção exige, com a praticidade de um clique. Além disso, o portal simplifica a contratação e oferece garantias e segurança, tanto para o cliente quanto para o Chef”, salienta Apollaro.
Chame o Chef
A plataforma dos sócios Ilicilho Neto e Cris Comelli começa a funcionar em janeiro. A ideia, segundo Neto, que é chef de cozinha, é levar os chefs para as cozinhas das pessoas. Há três meses em desenvolvimento, ele também quer oferecer serviços para os chefs que participarem da plataforma, como fotografia dos pratos, consultoria de cardápio para iniciantes e harmonização de bebida. “Os grandes chefs já sabem como fazer isso, mas os iniciantes não. Então, queremos auxiliá-los”, explica.
Os profissionais que adotarem a ideia vão pagar um percentual sobre o valor faturado, até para cobrir custos com despesas operacionais. Porém, esse percentual ainda está em definição. Neto estima que o valor por pessoa dos cardápios deve partir de R$ 60. Além de contar com o profissional da cozinha, será possível locar talheres, pratos, contratar garçons e até bebidas.
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Serviço
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