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Veja os piores erros dos melhores chefs de Curitiba
Eva dos Santos
“Minha pior experiência na cozinha foi na preparação de uma mousse de rúcula com molho de tomate seco que fiz para uma festa de aniversário há 12 anos. A gente estava preparando vários pratos diferentes para a mesa de antepastos e eu decidi inventar essa mousse. Ficou horrível! Ficou duro – não sei se coloquei muita gelatina – e adstringente, amarrando toda a boca. Até hoje é motivo de risada, lembrança e deboche entre o pessoal que estava na cozinha para a preparação da festa. Tem gente que fala até hoje: “Nossa, Eva, você é tão famosa e premiada hoje, mas já fez aquele mousse de rúcula horroroso”. O fato é que nunca mais fiz mousse de rúcula. Fiquei traumatizada.”
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Lênin Palhano
“Foi usando coentro. Mas foi bem quando comecei a cozinhar… Era um charutinho de parreira e abóbora cabotiá. Fui temperar com coentro, mas não tinha domínio ainda. Foi MUITO! Ainda bem que isso foi em um jantar na minha casa.”
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Kika Marder
“Foi logo quando abri o Bistrô, na criação do cardápio. Elaborei um prato somente com ingredientes supercaros e não consegui repassar para o prato nem o valor dos ingredientes. Mantive o prato uma semana no cardápio. Às vezes na hora da criação temos ideias deliciosas mas que não funcionam por causa do custo. Por isso, sempre imprescindível pensar no prato como um todo, sabor, apresentação e custo para não inviabilizar a criação. Claro que em algumas ocasiões especiais, como eventos fechados, podemos ousar mais na escolha dos ingredientes.”
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Gabriela Carvalho
“O mais recente foi no último fim de semana. Estou trabalhando e testando muito o kefir e todas as suas variedades – para quem não conhece a cultura do kefir, pode até achar que meus experimentos estão azedos! Fui preparar uma omelete hipernutritiva para meu marido, que terminou a maratona, e errei na dose do soro do kefir. Transformei a omelete em uma ambrosia de ovos, kefir e vegetais. No fim, ficou divina, mas tive que mudar o processo para conseguir o resultado final. Sobre a apresentação não teve o que ser feito. A sorte é que a fome era grande!”
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Dudu Sperandio
“Eu estava trabalhando em um restaurante para um evento para 20 pessoas. Nesse evento tinha uma entrada que era um tartar de atum que acompanhava um tipo de guacamole. Chegaram 18 pessoas, a gente serviu a entrada, serviu o primeiro prato, serviu o segundo prato, e aí eu comi o que sobrou do abacate, porque achei que não chegaria mais ninguém. Aí chegou o 19.º convidado e o chef me pediu para montar mais um tartar de atum com guacamole. Na época eu era o chef de garde manger, se eu dissesse para o chef que eu tinha comido, eu teria um problema bem sério. Aí eu peguei uma abobrinha, coloquei um pouco de pó de espinafre, que é bem verde, fiz uma pasta e coloquei vários temperos para mascarar. Ficou ótimo.”