A noite de quarta (23) foi de gala para os chefs da América Latina. O México recebeu a premiação dos 50 melhores restaurantes do continente e o país ficou com dez restaurantes no ranking. A Argentina ficou com dez, o Peru com nove – inclusive o primeiro lugar: Central, de Virgilio Martinez e Pía Leon, pelo segundo ano consecutivo – e o Brasil com oito restaurantes entre os melhores.

O chef Virgilio Martinez abriu o restaurante Central em 2009, depois de ter trabalhado em vários países do mundo e estudado não só gastronomia, mas nutrição, história, antropologia e ciência. Ingredientes inusitados e históricos da cultura peruana são o destaque de seu restaurante, que conta “uma extraordinária narrativa culinária” através de seus pratos.

O Chile ficou com quatro estabelecimentos, mas o segundo lugar foi deles: Boragó, do chef Rodolfo Guzmán, que galgou três posições, em relação à premiação de 2014. Guzmán também foi a escolha dos chefs, uma categoria que premia o profissional eleito pelos pares do ranking.

O mexicano Enrique Olvera, do Pujol, em nono lugar, ganhou o prêmio por conjunto da obra. E Astrid Gutsche, do peruano Astrid Y Gastón, foi eleita a melhor chef pâtissière da América Latina. O restaurante de Gastón Acurio e Astrid passou do segundo para o terceiro lugar. Os argentinos do restaurante I Latina, de Buenos Aires, foram considerados a “promessa do ano”.

Alex Atala não foi à premiação novamente e seu restaurante, o D.O.M, caiu do terceiro para o quarto lugar. O Maní, que estava em quarto lugar em 2014 na lista dos melhores do continente, ficou em oitavo. E o restaurante carioca homônimo de Roberta Sudbrack, eleita A Melhor Chef da América Latina nesta edição, ficou em 14º. Estão na lista também o estreante Lasai, do chef Rafa Costa e Silva, do Rio de Janeiro, em 16º, o Olympe, de Claude e Thomas Troisgros, em 23º (subiu 12 posições) e o Epice, do chef paranaense Alberto Landgraf em São Paulo, em 26º, dez casas acima neste ano.

Roberta Sudbrack, que popularizou ingredientes até então pouco aproveitados como o quiabo, orgulha-se de seu trabalho artesanal. Alguns dos pratos que serve no seu restaurante traduzem a riqueza brasileira — ravióli de berinjela defumada com pão e salsa, atum com lardo e milho e pamonha com farinha de banana e bacuri fermentado. A chef, que já fez cachorro-quente para viver, também “pilota” um food truck de sanduíches especiais, chamados carinhosamente de sudDogs.

O prêmio é patrocinado pela S. Pellegrino e Acqua Panna e reconhece todos os anos os melhores restaurantes do mundo.

1 – Central, Peru
2 – Boragó, Chile
3 – Astrid Y Gaston, Peru
4 – D.O.M, Brasil
5 – Maido, Peru
6 – Quintonil, México
7 – Tegui, Argentina
8 – Maní, Brazil
9 – Pujol, México
10 – Biko, México
11 – Parador La Huella, Uruguay
12 – La Mar, Peru
13 – Pangea, México
14 – Roberta Sudbrack, Brasil
15 – El Baqueano, Argentina
16 – Lasai, Brasil (Estreia)
17 – Gustu, Bolívia
18 – Criterion, Colômbia (Restaurante que mais subiu posições)
19 – La Cabrera, Argentina
20 – Malabar, Peru
21 – Chila, Argentina
22 – Amaranta, México
23 – Olympe, Brasil
24 – Harry Sasson, Colômbia
25 – Osaka, Chile
26 – Épice, Brasil
27 – Sud777, México
28 – Aramburu, Argentina
29 – Alto, Venezuela
30 – El Cielo, Colômbia
31 – Fiesta, Peru
32 – Ambrosia, Chile
33 – Restaurante Leo, México
34 – Osso, Peru
35 – Mocotó, Brasil
36 – La Picanteria, Peru
37 – Elena, Argentina
38 – Remanso do Bosque, Brasil
39 – Oviedo, Argentina
40 – La Bourgogne, Argentina
41 – Maximo Bistro, México
42 – Andres Carne De Res, Colômbia
43 – Resto, Argentina
44 – Rosetta, México
45 – Don Julio, Argentina
46 – 99, Chile
47 – Nicos, México
48 – Tarquino, Argentina
49 – Dulce Patria, México
50 – Rafael, Peru