Buquê de coxinha de curitibana faz sucesso nas redes

A foto de uma mulher segurando um buquê de coxinhas ficou famosa nas redes sociais na última semana. A ideia de Dircilene Ventura, de Curitiba, de comercializar as coxinhas em palitos, simulando um botão de rosa, não foi levada muito a sério nem por ela mesma no início de novembro. Mas, por sugestão de uma prima, postou a foto de brincadeira no grupo fechado do Facebook Clube da Alice.

“Postei às 21h30. À 1 hora já tinha passado de 3 mil curtidas. Quando acordei tinham mais de 6 mil curtidas”, relembra. Três dias depois, estava entregando a primeira encomenda – e não parou mais. Ela monta cerca de cinco buquês por dia, numa média de 30 minutos para cada arranjo, mais entrega.

O grande volume fez com que a Dircilene tivesse que abrir uma empresa, batizada de Dudu da Mamãe, e firmar uma parceria para ter coxinhas sempre frescas e com padrão. Há uma semana, encontrou a salgadeira certa a poucas casas de distância. Anna Stableski, de 60 anos, é quituteira desde os 16 anos. Faz doces e salgados de festa sob encomenda, em tamanho de coquetel, como bolinhas de queijo, esfiha, folhados e também bolos e docinhos. Para os buquês de Dircilene, é apenas um tipo de coxinha: recheada de frango, com massa de batata, e temperada com cheiro verde, cebola e massa de tomate. “Sempre fiz tudo sozinha, à mão. Se eu tirar o dia só para coxinhas, faço umas 2 mil”, diz Anna.

Cada buquê de coxinha tem que ser encomendado com Dircilene com cinco dias de antecedência. As coxinhas são fritas por Anna 15 minutos antes de Dircilene sair para entregar, o que garante que os salgadinhos cheguem quentes dependendo da região. “Mas quem pede sabe que vai ter que esquentar. É como pedir cento de salgadinho para festa, que vem na caixa de papelão e esfria rápido”, explica Dircilene. Os arranjos vêm com 30 coxinhas tamanho coquetel e custam R$ 50 com a entrega. O sucesso repentino está com cheiro de que vai se espalhar rápido: contataram Dircilene de Minas Gerais, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina. “Até em Paris”, relata.

A sugestão de espetar coxinhas como flores foi do filho adolescente Eduardo – o Dudu que dá nome ao novo negócio –, que prometeu à namorada que quando completassem cinco meses de namoro, daria à ela um buquê de coxinhas. “Ela disse que se algum dia ele quisesse dar um presente pra ela, que fossem coxinhas e não flores”, disse Dircilene.

No início de novembro, eles compraram palitos de churrasco, papeis coloridos e dez coxinhas grandes de uma lanchonete próxima de casa. Apesar de dois adolescentes terem originado o presente, a ideia faz sucesso com os casais mais velhos. “Está saindo muito buquê de mulher para homem. Hoje eu entreguei para um senhor de idade que estava completando 40 anos de casado. Ele chorou. A esposa apareceu depois rindo”, conta Dircilene.