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Christian Bernardi é o Enólogo do Ano 2015
O enólogo é o profissional que atua desde a instalação e condução de um vinhedo até a apresentação técnica do vinho pronto e dos derivados da uva. Quem explica essa profissão em expansão é Christian Bernardi, eleito o Enólogo do Ano 2015, pela Associação Brasileira de Enologia (ABE).
A indicação fez parte da comemoração do dia do enólogo, que ocorreu no último dia 22, no qual são considerados os votos espontâneos dos colegas de profissão. No ano passado, o eleito foi Delto Garibaldi. A votação envolveu 106 enólogos associados e o resultado foi homologado mediante regulamento por uma comissão formada pelo presidente da ABE, enólogo Juliano Perin, por representantes da Embrapa Uva e Vinho, além dos enólogos já homenageados com a distinção. A ABE elege o profissional do ano há 11 anos (ver lista abaixo).
Enólogo da Natural Products, que elabora vinhos e espumantes com a marca Gran Legado, Christian é natural de Guaporé (RS). Ele é técnico e tecnólogo em Viticultura e Enologia, com pós-graduação em Gestão Vitivinícola. Fascinado por espumantes – como ele mesmo se autodefine –, o profissional foi presidente da ABE, onde conduziu a Avaliação Nacional de Vinhos, o Concurso do Espumante Brasileiro e o Concurso Internacional de Vinhos do Brasil. Já foi degustador em 11 concursos internacionais na Argentina, Brasil, Canadá, Espanha, França, Holanda e Hungria. O Enólogo do Ano 2015 será premiado com uma viagem técnica para a Europa, com o propósito de visitar uma feira internacional do setor vitivinícola. Confira o que ele falou ao Bom Gourmet.
A profissão de enólogo está em expansão no país?
Não tenho embasamento de números sobre o assunto, mas parece haver sim um crescimento importante. Seja pelos novos projetos que estão em implementação, pela busca das empresas em aprimorar seu quadro técnico, ou pela atuação do enólogo no mercado de vinhos.
Não tenho embasamento de números sobre o assunto, mas parece haver sim um crescimento importante. Seja pelos novos projetos que estão em implementação, pela busca das empresas em aprimorar seu quadro técnico, ou pela atuação do enólogo no mercado de vinhos.
Sempre se fala que os espumantes brasileiros têm muita qualidade. Essa qualidade vem crescendo? Por quê?
É fato que o vinho espumante tem um crescimento de volume e de qualidade no Brasil. Os motivos são vários. Há um terroir adequado, sobretudo no sul do Brasil, as empresas apostaram neste segmento e melhoram constantemente a tecnologia de processo e, naturalmente, os profissionais também cresceram ou se especializaram neste tipo de produto.
É fato que o vinho espumante tem um crescimento de volume e de qualidade no Brasil. Os motivos são vários. Há um terroir adequado, sobretudo no sul do Brasil, as empresas apostaram neste segmento e melhoram constantemente a tecnologia de processo e, naturalmente, os profissionais também cresceram ou se especializaram neste tipo de produto.
E os demais vinhos brasileiros? Estão na mesma crescente?
Creio que sim. Observa-se um crescimento constante da qualidade e dos volumes de vendas de todos os tipos de vinhos. O que ocorre é que os índices de desenvolvimento dos vinhos tintos são menores que dos espumantes e acabam por ficar escondidos diante do enorme crescimento do espumante ou mesmo do suco de uva. Mas, efetivamente há um saldo positivo para todos vinhos no Brasil.
Creio que sim. Observa-se um crescimento constante da qualidade e dos volumes de vendas de todos os tipos de vinhos. O que ocorre é que os índices de desenvolvimento dos vinhos tintos são menores que dos espumantes e acabam por ficar escondidos diante do enorme crescimento do espumante ou mesmo do suco de uva. Mas, efetivamente há um saldo positivo para todos vinhos no Brasil.
Se você pudesse escolher cinco uvas para se ter numa adega, quais escolheria?
É uma pergunta difícil. Mas, considerando o fascínio que tenho pelos espumantes certamente trabalharia com Chardonnay, Pinot Noir, Riesling. Para um vinho tinto elegeria o Merlot associado ao Tannat.
É uma pergunta difícil. Mas, considerando o fascínio que tenho pelos espumantes certamente trabalharia com Chardonnay, Pinot Noir, Riesling. Para um vinho tinto elegeria o Merlot associado ao Tannat.
Conheça quem foram os homenageados desde que a ABE instituiu o prêmio:
Enólogo do Ano 2004 – Antônio Czarnobay
Enólogo do Ano 2005 – Gilberto Pedrucci
Enólogo do Ano 2006 – Firmino Splendor
Enólogo do Ano 2007 – Adriano Miolo
Enólogo do Ano 2008 – Ismar Pasini
Enólogo do Ano 2009 – Nauro José Morbini
Enólogo do Ano 2010 – Lucindo Copat
Enólogo do Ano 2011 – Daniel Dalla Valle
Enólogo do Ano 2012 – Dirceu Scottá
Enólogo do Ano 2013 – Juliano Perin
Enólogo do Ano 2014 – Delto Garibaldi
Enólogo do Ano 2015 – Christian Bernardi
Enólogo do Ano 2005 – Gilberto Pedrucci
Enólogo do Ano 2006 – Firmino Splendor
Enólogo do Ano 2007 – Adriano Miolo
Enólogo do Ano 2008 – Ismar Pasini
Enólogo do Ano 2009 – Nauro José Morbini
Enólogo do Ano 2010 – Lucindo Copat
Enólogo do Ano 2011 – Daniel Dalla Valle
Enólogo do Ano 2012 – Dirceu Scottá
Enólogo do Ano 2013 – Juliano Perin
Enólogo do Ano 2014 – Delto Garibaldi
Enólogo do Ano 2015 – Christian Bernardi