Pessoas
Saiba quem são os finalistas do Masterchef
Caixas misteriosas aguardavam os finalistas da terceira edição do Masterchef Brasil na noite desta terça (16). Debaixo de cada uma delas havia um equipamento de cozinha profissional, destes que são mais comuns em restaurantes que nas cozinhas de casa: sifão, termocirculador e defumador.
Nenhum dos competidores conheciam os equipamentos, mas os jurados Paola Carosella, Henrique Fogaça e Erick Jacquin (o chef francês estará em Curitiba para dois jantares) deram algumas dicas. Na opinião deles, o mais fácil de usar seria o termocirculador, que permite cocção lenta em baixa temperatura, apesar de o sifão parecer mais simples. Jacquin lembrou que a dificuldade de usar o defumador é o fato de ser o único dos três equipamentos que altera o sabor do prato.
Leonardo Young recebeu o defumador e pôde escolher com qual das caixas misteriosas as concorrentes ficariam. Bruna Chaves ficou com o termocirculador e Raquel Novais, com o sifão. As receitas deveriam ser executadas em uma hora. Leonardo defumou peixe pargo cru com cedro e raspas de laranja, apesar dos alertas de Jacquin de que deveria usar o equipamento após a cocção. Após a defumação, ele cozinhou o peixe no vapor e serviu com purê de alho-poró e endívias assadas. Com o ponto do peixe perfeito, apesar do pouco sabor de defumado, Leonardo ganhou o mezanino e garantiu sua vaga na final, que será no dia 23 de agosto.
Bruna cozinhou as peras no termocirculador por 45 minutos com uma calda de vinho e especiarias, que serviu sobre uma crosta de nozes e azeite de oliva. Para completar, fez um creme de chantilly e cream cheese. A avaliação foi que o xarope de vinho estava muito alcoólico, a pera poderia ter cozinhado mais e a crosta, sem sabor. “Cozinhar no termocirculador é feito no vácuo, então não tem evaporação. O ideal é usar de um terço à metade dos temperos que usaria em outro método de cocção, porque eles ficam concentrados. As ideias estão boas, mas você não soube usar os temperos”, disse Paola.
A pouca experiência de Raquel com o sifão foi a sua desvantagem, além da escolha do prato. A espuma de moqueca não ficou na consistência correta e não combinou com o tartare de robalo, cortado em pedaços muito grandes, segundo os jurados. O fato de o peixe não estar com muito sabor (foi temperado com nirá, alga nori e suco de caju) ter servido o prato frio também pesou contra. “Tem mais conceito que sabor”, disse Paola. Jacquin lembrou que serve um prato com conceito parecido em seu restaurante, o shot de tartare com espuma de moqueca.
Prova eliminatória
As duas competidoras tiveram 1h15 para a prova eliminatória: cozinhar king crab, um caranguejo importado e difícil de ser encontrado no Brasil.
Bruna se inspirou em uma salada que provou em Veneza, feita com outro crustáceo na Itália: em uma cama de folhas verdes, Bruna desfiou a carne das patas e serviu com um creme de baunilha, estragão, laranja e iogurte dentro da carcaça. Raquel usou a referência de bouillabaisse para fazer um caldo com mirepoix e a carcaça do caranguejo. A carne das patas foi deixada inteira, grelhada por alguns minutos, e servida com molho de vinho e creme de batatas. Nas palavras de Jacquin, Bruna é “a perua” e Raquel, “a rústica”.
A principal crítica ao prato de Bruna foi o fato de ter decorado o prato com as garras inteiras do caranguejo, e não servir um martelo para o comensal poder aproveitá-la. Durante a prova, Raquel se atrapalhou na bancada e teve problemas com o ponto da batata, que tentou assar e depois cozinhar para acelerar o processo.
Apesar de ter confiança em sua apresentação por ter valorizado a carne, a decoração com a carapaça não foi bem vista pelos jurados. Jacquin comeu boa parte do prato, sinal de que foi bem executado, mas não o suficiente para mantê-la na competição. Ao final, o francês a levou até a porta. Bruna venceu a prova por ter “mais amor” e por aproveitar todas as partes do caranguejo com sabor delicado e evidenciando o sabor da carne.
Final será com menu completo e episódio extenso
Dos 21 participantes, Leonardo e Bruna chegam à final com uma das provas mais extensas da competição: um menu completo e autoral, com entrada, prato principal e sobremesa. Quem ganhar a final leva para casa o prêmio de R$ 150 mil em um cartão Visa, um Nissan Kicks, uma bolsa de estudos na Le Cordon Bleu, em Paris, um kit completo de panelas, facas e eletroportáteis da Tramontina e o troféu de Masterchef. Os dois finalistas serão premiados com R$ 1 mil por mês, durante um ano, para compras com o cartão Carrefour. O segundo colocado também ganhará uma bolsa de estudos na Le Cordon Bleu Ottawa, no Canadá. O programa vai ao ar às 22h30 da terça, 23 de agosto.