Argentino Diego Andino tem a pâtisserie mais premiada do solo gaúcho

Quem não gosta de saborear um doce bem apresentado? E se esse doce além de uma obra de arte for delicioso? Eis que lhes apresentamos Diego Andino e suas paixões. Mas o que trouxe este grande chef argentino ao Rio Grande do Sul? Como foi sua trajetória até ser proprietário da pâtisserie premiada nove vezes como melhor doceria de Porto Alegre pela revista Veja?

Penúltimo de sete filhos de uma tradicional família de médicos, Diego Andino desde muito cedo começou a preparar doces ao lado de sua avó. Mas nele existia uma outra paixão, o futebol, e estava prestes a seguir carreira de jogador profissional pelo River Plate. Ocorre que, às vezes, a vida prega algumas peças, e após romper o ligamento do joelho e ter algumas complicações, Diego afastou-se definitivamente do esporte. Sim, perdemos um jogador, mas foi outro setor que ganhou um profissional poderoso: a gastronomia.

Logo aos 20 anos, começou na área de pâtisserie, sendo aprendiz do famoso chef argentino Francis Mallmann. Sempre procurando aprimoramento, seu talento foi gradualmente aperfeiçoado, passando por diferentes lugares no mundo: Espanha, Argentina, Chile. Sua primeira pâtisserie recebeu o nome de Duendes e Dulces, foi em solo patagônico e virou point em San Martín de Los Andes, distante cerca de 100 quilômetros de Bariloche. Nos conta que não foi fácil. “Trabalhei durante muito tempo. Na época tudo era mais difícil, pois não tinha a web para pesquisar e aprender. Além disso, a Argentina era um mercado muito competitivo neste ramo”, conta.

No ano 2000, Diego Andino chega ao Brasil e logo já começa a trabalhar com grandes mestres da gastronomia nacional como Fabrice Le Nud, Claude Troisgros e Francesco Carli. Mas como foi que esse destacado chef argentino foi para no Rio Grande do Sul? “Vim por um grande amor gaúcho”, conta Diego. E como o amor move tudo, em 2004 abre as portas de sua pâtisserie em Porto Alegre, hoje a mais premiada do solo gaúcho. Tudo isso ao lado de Neca Carvalho, sua parceira na vida e nos negócios.

O “mago dos doces” elabora suas receitas com os ingredientes mais nobres – a farinha mais pura, manteiga fina, chocolate belga, frutas e flores, sempre com essências e sabores exóticos.

Diego uniu a tradição e perfeição dos doces franceses ao uso de sabores tipicamente latinos como o doce de leite, as frutas vermelhas da Patagônia e as frutas brasileiras. “Entre as características de técnica de confeitaria é importante citar a Nouvelle Cuisine que prima pela leveza, pelo gosto do fresco e natural e resgata a tendência europeia, que prefere a chamada ‘confeitaria fria’, com utilização de frutas frescas, produtos menos doces e sem aditivos artificiais”, assegura.

E sua pâtisserie em Porto Alegre? Trata-se de um ambiente aconchegante e dedicado principalmente a quem gosta de elevar as taxas de açúcar no sangue, mas para quem não é muito do doce, também há opções de salgados. E agora, qual delícia escolher? O chef nos responde: “Todos clientes falam da mil folhas de doce de leite, mas prefiro os doces mais cítricos e com chocolate. Além das quiches, que já foram premiadas, e também as empanadas e sanduíches”.

Serviço
Diego Andino Pâtisserie – Rua Artur Rocha 795, Bela Vista – Porto Alegre. Segunda a sábado, das 10h às 19h30.