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Azeite, café, carnes e mais seis alimentos terão impostos de importação zerados para conter inflação

Bom Gourmet, com Agência Brasil
07/03/2025 11:08
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Para tentar conter a inflação dos alimentos, o governo federal anunciou na noite desta quinta-feira (6) a retirada do imposto de importação de nove tipos de comida. A medida foi anunciada pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e empresários.
A lista dos alimentos que terão os tributos zerados são:
  • Azeite: (hoje 9%)
  • Milho: (hoje 7,2%)
  • Óleo de girassol: (hoje até 9%)
  • Sardinha: (hoje 32%)
  • Biscoitos: (hoje 16,2%)
  • Massas alimentícias (macarrão): (hoje 14,4%)
  • Café: (hoje 9%)
  • Carnes: (hoje até 10,8%)
  • Açúcar: (hoje até 14%)
A cota de importação do óleo de palma, atualmente em 65 mil toneladas, subiu para 150 mil toneladas.
A redução da tarifa entra em vigor nos próximos dias, explicou Alckmin, após aprovação da Câmara de Comércio Exterior (Camex). O vice-presidente afirmou que a medida não vai prejudicar os produtores internacionais mesmo com a concorrência com o alimento importado.
"Estamos em um período em que reduzir o imposto ajuda a reduzir preços. Você está complementando. Não vai prejudicar o produtor, mas beneficiar os consumidores", afirmou.
Sem dar detalhes, Alckmin anunciou também o fortalecimento dos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em fevereiro, a companhia havia pedido R$ 737 milhões para reconstituir os estoques de alimentos desmantelados nos últimos anos.
Outra medida anunciada nesta quinta foi a prioridade para os alimentos da cesta básica no próximo Plano Safra. Segundo Alckmin, financiamentos subsidiados deverão se concentrar na produção de itens que compõem a cesta básica, aumentando o estímulo a produtores rurais que produzam para o mercado interno.
Como última medida, Alckmin anunciou ainda a a aceleração do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA). O sistema descentraliza as inspeções sanitárias, permitindo que estados e municípios façam o trabalho. Segundo o vice-presidente, o governo pretende aumentar o número de registro no sistema de 1.550 para 3 mil.
De acordo com Alckmin, a medida permite que produtos como leite, mel, ovos e carnes sejam liberados mais rapidamente para venda em todo o país.
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