Startup lança serviço de higienização de compras de supermercado

Como propor um serviço completo de entrega de compras que fosse seguro a pessoas no grupo de risco do novo coronavírus? A partir desta pergunta, três empreendedores criaram a Tudo Klin, uma startup que faz compras no supermercado e farmácia, higieniza individualmente cada item, guarda em uma caixa lacrada e entrega na casa do cliente.

Os prestadores de serviço usam uma roupa totalmente descartável para se proteger, além de máscaras e luvas, e desinfetam o carrinho de compras com álcool 70% e item por item após o check out no supermercado ou farmácia. Na sequência, colocam na caixa de papelão, que é lacrada e envolta em plástico-filme.

"Vai, inclusive, um pano higiênico descartável, com álcool 70%, para que o cliente passe na caixa antes de abrir", diz Junior Valverde, fundador da Seven Join, empresa que trabalha com programas de inovação e mentoria de novos negócios. Foi em reunião durante mentoria com Junior que Stefano Andrade e Marcelo Almeida idealizaram a Tudo Klin e colocaram no ar na quarta (18). Por enquanto, o serviço é só em Alphaville, em São Paulo.

Em poucos dias, a startup angariou dez clientes. "Batemos nos condomínios próximos do escritório da Seven Join, em Alphaville. Outros clientes conquistamos no supermercado, porque a roupa descartável que usamos chama muita atenção", relata Stefano. Ainda em fase de validação, a Tudo Klin tem três planos mensais, de R$ 250, R$ 400 e R$ 800, com uma, duas ou quatro entregas por mês, respectivamente.

"Não queríamos que nessa fase inicial a demanda fosse tão grande. Montamos uma rotina higiênica e estamos estudando como escalonar a operação", explica Junior. "Nosso objetivo daqui a algumas semanas, quando estivermos mais estruturados, é começar a operar em outros bairros de São Paulo e conseguir diminuir para R$ 100 ou R$ 150 o valor mensal", diz Stefano. Outro plano a curto prazo é conseguir um patrocinador para subsidiar o serviço e torná-lo gratuito a idosos.

Mesmo após a crise, os sócios acreditam que o serviço permanecerá relevante. "A crise vai mudar inúmeras coisas, inclusive a cultura de consumo e de higienização de produtos", avalia Junior.