Negócios e Franquias
A evolução da indústria de alimentos plant-based no Brasil
Desde 2019, o consumidor brasileiro vem
acompanhando uma enxurrada de lançamentos de produtos à base de ingredientes
vegetais, conhecidos pelo termo inglês plant-based, com aparência, textura e
sabor que se assemelham aos produtos feitos com proteína animal.
acompanhando uma enxurrada de lançamentos de produtos à base de ingredientes
vegetais, conhecidos pelo termo inglês plant-based, com aparência, textura e
sabor que se assemelham aos produtos feitos com proteína animal.
São oferecidos de bebidas e sorvetes a
hambúrgueres, empanados, almôndegas e até pedaços inteiros de carne, peixe ou
frango. Todos feitos à base de plantas.
hambúrgueres, empanados, almôndegas e até pedaços inteiros de carne, peixe ou
frango. Todos feitos à base de plantas.
A categoria de produtos substitutos da proteína
animal não é nova no Brasil, mas antes estava muito restrita às populações
vegana e vegetariana e os produtos eram feitos quase que exclusivamente à base
de soja. Nos anos 70, o extrato de soja já era uma opção ao leite e era
inclusive oferecido na merenda escolar para suprir o déficit nutricional que
atingia a população com baixo poder aquisitivo.
animal não é nova no Brasil, mas antes estava muito restrita às populações
vegana e vegetariana e os produtos eram feitos quase que exclusivamente à base
de soja. Nos anos 70, o extrato de soja já era uma opção ao leite e era
inclusive oferecido na merenda escolar para suprir o déficit nutricional que
atingia a população com baixo poder aquisitivo.
Produtos enlatados vegetais que se assemelhavam
à carne animal também podiam ser vistos nas prateleiras dos supermercados,
embora em poucas opções. Por muitos anos essa primeira geração de produtos
plant-based foi importante e atendia ao público vegetariano e vegano, embora
sensorialmente ainda estivesse um pouco distante dos produtos similares de
origem animal.
à carne animal também podiam ser vistos nas prateleiras dos supermercados,
embora em poucas opções. Por muitos anos essa primeira geração de produtos
plant-based foi importante e atendia ao público vegetariano e vegano, embora
sensorialmente ainda estivesse um pouco distante dos produtos similares de
origem animal.
O consumidor atual mais informado, exigente e mais consciente do seu papel e seu compromisso com o planeta e com a causa do sofrimento animal, vem pressionando para que os modelos de produção se alterem para alternativas mais sustentáveis e humanizadas.
Parceria com indústrias
Atenta à demanda, centros de pesquisa como a
Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e instituições privadas
estão atuando no desenvolvimento de novos ingredientes que resultem em produtos
de excelente qualidade, sobretudo em termos de sabor e textura.
Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e instituições privadas
estão atuando no desenvolvimento de novos ingredientes que resultem em produtos
de excelente qualidade, sobretudo em termos de sabor e textura.
Como resultado, os produtos atualmente disponíveis são sensorialmente diferentes dos primeiros lançamentos, além de entregar opções mais saudáveis e com rótulos limpos – fatores muito apreciados pelo novo consumidor.
O hambúrguer vegetal à base de soja e fibra de
caju, desenvolvido pela Embrapa em parceria com a iniciativa privada
(https://www.embrapa.br/agroindustria-de-alimentos/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/6453/hamburguer-com-receita-a-base-de-vegetais-e-fibra-de-caju-
), é um bom exemplo dessa nova geração de produtos plant-based que, além se ser
nutritivo e saboroso, ainda é rico em fibras.
caju, desenvolvido pela Embrapa em parceria com a iniciativa privada
(https://www.embrapa.br/agroindustria-de-alimentos/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/6453/hamburguer-com-receita-a-base-de-vegetais-e-fibra-de-caju-
), é um bom exemplo dessa nova geração de produtos plant-based que, além se ser
nutritivo e saboroso, ainda é rico em fibras.
Outras pesquisas da Embrapa vêm focando o
desenvolvimento de ingredientes proteicos alternativos à base de feijão, grão
de bico e lentilha, e no desenvolvimento de texturas diferenciadas, que se
assemelham à textura da carne, por aplicação da tecnologia de extrusão.
desenvolvimento de ingredientes proteicos alternativos à base de feijão, grão
de bico e lentilha, e no desenvolvimento de texturas diferenciadas, que se
assemelham à textura da carne, por aplicação da tecnologia de extrusão.
Demanda
O consumidor flexitariano talvez seja o grande
responsável pela rápida evolução dos produtos plant-based nos últimos anos,
pois é o indivíduo que opta por reduzir o consumo de proteína animal, sem, no
entanto, deixar de consumi-la. E por não deixar de comer produtos de origem
animal são mais exigentes quanto à sabor, aroma e textura.
responsável pela rápida evolução dos produtos plant-based nos últimos anos,
pois é o indivíduo que opta por reduzir o consumo de proteína animal, sem, no
entanto, deixar de consumi-la. E por não deixar de comer produtos de origem
animal são mais exigentes quanto à sabor, aroma e textura.
A cultura do consumo de alimentos plant-based é
muito recente no Brasil. Junto ao processo de amadurecimento e expansão da
oferta de produtos, o consumidor aguarda a redução do preço, que é hoje a principal
barreira a ser superada.
muito recente no Brasil. Junto ao processo de amadurecimento e expansão da
oferta de produtos, o consumidor aguarda a redução do preço, que é hoje a principal
barreira a ser superada.
Acredita-se que, com o advento de novos
ingredientes com cadeia de produção nacional organizada, e com a incorporação
de novas tecnologias, em três ou quatro anos os produtos plant-based disputarão
em paridade com os similares à base de proteína animal.
ingredientes com cadeia de produção nacional organizada, e com a incorporação
de novas tecnologias, em três ou quatro anos os produtos plant-based disputarão
em paridade com os similares à base de proteína animal.
A certeza que se tem é que os alimentos
plant-based estão se consolidando como uma alternativa no cardápio do
brasileiro e que o mercado seguirá ampliando a oferta. O consumidor agradece.
plant-based estão se consolidando como uma alternativa no cardápio do
brasileiro e que o mercado seguirá ampliando a oferta. O consumidor agradece.
*Melicia Galdeano, Ilana Felberg, Janice Lima e Caroline Mellinger são pesquisadoras da Embrapa Agroindústria de Alimentos no Rio de Janeiro.