Negócios e Franquias
Energia limpa e formas biodegradáveis ajudam a economizar no restaurante e preservam o meio ambiente
Já é fato que os clientes escolhem um restaurante não mais apenas pelo que é servido, mas também por sua preocupação com a sustentabilidade. E isso foi alavancado com a chegada da pandemia e a atenção cada vez maior com a alimentação saudável e o que se passa dentro da cozinha.
De olho nessa tendência cada vez mais crescente
e presente no dia a dia dos negócios, grandes marcas passaram a investir pesado
em ações que ajudam a preservar o meio ambiente e dão uma contrapartida
consciente aos clientes. A possibilidade de comprar energia elétrica de fontes
renováveis e o uso de formas de pães e bolos que eliminam o uso de água na
lavagem estão entre essas atitudes.
e presente no dia a dia dos negócios, grandes marcas passaram a investir pesado
em ações que ajudam a preservar o meio ambiente e dão uma contrapartida
consciente aos clientes. A possibilidade de comprar energia elétrica de fontes
renováveis e o uso de formas de pães e bolos que eliminam o uso de água na
lavagem estão entre essas atitudes.
No começo desta semana, a gigante de bebidas Ambev anunciou a parceria de seu setor de tecnologia e inovação Z-Tech com a startup Lemon Energia, que conecta produtores de energia elétrica renovável a bares, lanchonetes e restaurantes. O objetivo é abastecer os estabelecimentos com energia solar ou eólica sem eles precisarem instalar os painéis ou aerogeradores nas suas estruturas.
De acordo com Rafael da Rosa Vignoli, fundador e CEO da Lemon, a plataforma gera créditos de energia que são descontados das contas das empresas clientes da Lemon. A economia na conta final de luz pode chegar a 20%.
“É como se pudéssemos entregar uma economia de duas contas de luz por ano aos clientes, e sem cobrar absolutamente nenhuma taxa dele. A adesão ao sistema leva menos de dois minutos e é toda feita pelo celular”, conta.
A meta da iniciativa é chegar a mais de 70 mil negócios até 2023, com uma economia de R$ 150 milhões aos empresários. Além disso, o projeto estima que 810 mil toneladas CO2 deixem de ser emitidos nos próximos três anos, o que corresponde à retirada de 675 mil carros das ruas.
Funciona?
A iniciativa começou a ser testada recentemente em Minas Gerais, no auge da pandemia, com pouco mais de 200 negócios variados entre bares, restaurantes, mercearias e outros pequenos empreendimentos. Segundo Vignoli, a economia na conta de luz ajudou os empresários a aguentarem o fechamento por alguns meses.
“A gente faz parcerias com as usinas geradoras de energia limpa, injeta essa energia na rede de distribuição e depois levamos para as concessionárias o quanto foi gerado nelas. Isso gera um crédito que repassamos aos clientes da Lemon, mas quem paga o serviço é a geradora”, explica.
Por enquanto o serviço está disponível apenas em
Minas Gerais, mas chegará ao Paraná em novembro e a outros dez estados do país
no primeiro semestre do ano que vem, como Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás,
Mato Grosso e unidades do Nordeste. A fila de estabelecimentos interessados no
serviço já passa de mil negócios variados – não há exclusividade de ser um
ponto de venda da Ambev.
Minas Gerais, mas chegará ao Paraná em novembro e a outros dez estados do país
no primeiro semestre do ano que vem, como Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás,
Mato Grosso e unidades do Nordeste. A fila de estabelecimentos interessados no
serviço já passa de mil negócios variados – não há exclusividade de ser um
ponto de venda da Ambev.
Descarte consciente
Em tempos de forte estiagem em parte do Sul e Sudeste do Brasil, a preocupação com o uso racional de água está ainda maior e fez outra iniciativa sustentável ser impulsionada. As formas de bolos, pães e tortas descartáveis surgiram na Itália há mais de duas décadas e chegaram ao Brasil há quatro anos pelas mãos do empreendedor Anderson Oliveira, da Ecopack Sulformas.
A ideia é dispensar as formas de alumínio que precisam ser lavadas após cada uso, usando as descartáveis já como embalagem do produto. Embora a iniciativa gere mais lixo em um primeiro momento, a economia e a sustentabilidade compensam depois.
“As formas são feitas de papel e se decompõem naturalmente em seis meses. E há ainda a economia de água, em que se deixa de utilizar pelo menos três litros a cada lavagem, e de tempo, já que o cozinheiro não precisa untar a forma e depois desenformar o alimento”, conta Oliveira sobre as formas que podem ir do freezer ao forno e ao micro-ondas.
Desde que a iniciativa começou no Brasil, a empresa já vendeu 28 milhões de formas de mais de 100 modelos diferentes em 1,4 mil lojistas espalhados pelo país. De lá para cá, a campanha #EuNãoLavoForma acumulou uma economia de 85 milhões de litros de água.