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Decretos do governador do estado e da Prefeitura de Curitiba aumentam as restrições à operação de shoppings centers e restaurantes por tempo indeterminado para prevenir o contágio do novo coronavírus.

Mercado e Setor

Após pressão de empresários, shoppings podem suspender aluguéis até o fim da pandemia

Guilherme Grandi
24/03/2020 16:45
Os lojistas dos shoppings centers que estão fechados por conta da pandemia de coronavírus terão uma flexibilização do pagamento dos alugueis nos meses sem operação. É o que decidiu a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) após um pedido feito pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), que congrega os donos de lojas e operadores de alimentos e bebidas.
De acordo com um comunicado emitido pela Abrasce, o aluguel de março (primeiro mês de restrições) será cobrado proporcionalmente aos dias de funcionamento, com pagamento a ser definido posteriormente e de forma negociada. Já os próximos meses serão negociados caso a caso enquanto perdurar a pandemia, já que nem todas as lojas estão fechadas -- restaurantes com serviço de delivery, por exemplo, continuam operando, embora sem atendimento ao público.
As taxas condominiais que englobam manutenção, limpeza, energia e conservação dos shoppingss serão mantidas, assim como o fundo de promoção, que pode ser reduzido em cerca de 90%.
Apesar de não suspender em definitivo a cobrança dos aluguéis, a possibilidade de negociação agradou as associações de lojistas. Para Fabio Aguayo, presidente do Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (Sindiabrabar), a reivindicação por negociar os aluguéis também se estende aos estabelecimentos de rua.
"Esperamos que as lojas de rua tenham a mesma vitória que conseguiram os operadores em shoppings centers. A maioria das imobiliárias ligadas ao Secovi (Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná) concordou com a mesma flexibilização, inclusive com uma possível anistia aos aluguéis do mês de março", diz.
No entanto, Aguayo afirma que a negociação em alguns imóveis de rua também será feita individualmente, já que muitos deles são de locação direta com proprietários que, por vezes, "são idosos que dependem exclusivamente desta renda".
Desde a semana passada, quando a crise da pandemia do coronavírus começou a se acentuar, as associações de alimentação fora do lar vêm pedindo a flexibilização das cobranças tanto nos shoppings como nas lojas de rua. Pedem, ainda, a suspensão de tributos e de contas básicas de água e energia elétrica enquanto houver restrições de operação.
Só em Curitiba são 580 bares, restaurantes e lanchonetes em shoppings centers que paralisaram as atividades ou passaram a operar apenas por delivery após o decreto do governador Carlos Massa Ratinho Junior fechar os centros de compras em todo o estado.
Shoppings
Embora a Abrasce atue de forma nacional, a entidade deixa em aberto que cada shopping decida se vai aderir às flexibilizações de aluguel ou não. Os estabelecimentos de Curitiba foram procurados pela reportagem, mas ainda não se pronunciaram a respeito.

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