Mercado e Setor
Promotores pedem a volta dos eventos sociais e corporativos em Curitiba
Com mais de 3,5 mil eventos sociais cancelados desde o começo da pandemia do coronavírus em Curitiba, representantes do setor apresentaram aos vereadores da capital um balanço e um manual de boas práticas para a retomada dos trabalhos o quanto antes.
Eles participaram da sessão ordinária da Câmara Municipal na manhã desta quarta (30) para pedir o apoio do legislativo nas tratativas com a prefeitura. Desde março de 2020, os promotores estão proibidos por decreto de realizar eventos por conta do risco de contágio da Covid-19.
A ação faz parte de um movimento que já conseguiu, há duas semanas, a autorização para que casas noturnas, de eventos e buffets abram as portas com atendimento semelhante ao de restaurantes, mas sem alterar os alvarás vigentes. A permissão em caráter extraordinário já está em vigor e é válida enquanto durar o decreto de situação de calamidade pública por causa da pandemia, desde que os estabelecimentos façam as adaptações necessárias na infraestrutura dos espaços.
No entanto, essa permissão não muda em nada a
situação de grande parte dos trabalhadores do setor, como serviços itinerantes
de catering, agências de foto e vídeo, os próprios promotores de eventos que
atuam independentes dos espaços, entre outros. Segundo Fábio Skraba, presidente
da seccional paranaense da Associação Brasileira das Empresas de Eventos (Abeoc-PR),
Fábio Skraba, 98% das empresas estão paradas desde o ano passado, com perdas na
casa dos R$ 25 bilhões em nível nacional.
situação de grande parte dos trabalhadores do setor, como serviços itinerantes
de catering, agências de foto e vídeo, os próprios promotores de eventos que
atuam independentes dos espaços, entre outros. Segundo Fábio Skraba, presidente
da seccional paranaense da Associação Brasileira das Empresas de Eventos (Abeoc-PR),
Fábio Skraba, 98% das empresas estão paradas desde o ano passado, com perdas na
casa dos R$ 25 bilhões em nível nacional.
“Em 15 meses, mais de 3,5 mil eventos sociais foram cancelados em Curitiba, sendo que 20% deles migraram para outras cidades ou estados e 10% aconteceram na região metropolitana. Fizemos um levantamento com o setor de buffets que, em 15 meses, 900 festas foram canceladas e 1,2 mil adiadas para 2022”, disse.
No entanto, Skraba diz que ainda não há uma
previsão se estes eventos vão ocorrer no primeiro semestre ou se já estão
migrando para o segundo. Ele destaca, ainda, que Curitiba está perdendo eventos
para cidades como São Paulo, Porto Alegre, Foz do Iguaçu, Joinville, entre
outros.
previsão se estes eventos vão ocorrer no primeiro semestre ou se já estão
migrando para o segundo. Ele destaca, ainda, que Curitiba está perdendo eventos
para cidades como São Paulo, Porto Alegre, Foz do Iguaçu, Joinville, entre
outros.
Além dos eventos cancelados, o setor perdeu 90% das vagas de trabalho ao longo dos 16 meses de pandemia, e deixou de arrecadar pelo menos R$ 3 milhões em Imposto Sobre Serviços (ISS). Num cenário pré-pandêmico, em 2019 os buffets de eventos geraram uma receita de aproximadamente R$ 56,7 milhões.
Regras diferentes
Ainda de acordo com o presidente da Abeoc-PR, o
setor de eventos tem uma operação semelhante a de outras atividades permitidas,
como shoppings centers, hipermercados e feiras livres, entre outras, mas
continua com o funcionamento suspenso mesmo se comprometendo com as medidas de
segurança sanitária necessárias.
setor de eventos tem uma operação semelhante a de outras atividades permitidas,
como shoppings centers, hipermercados e feiras livres, entre outras, mas
continua com o funcionamento suspenso mesmo se comprometendo com as medidas de
segurança sanitária necessárias.
Fábio Skraba conta que, em fevereiro, foi
iniciado um trabalho para a criação de um guia orientativo para o funcionamento
de atividades econômicas relacionadas ao turismo de negócios e eventos em Curitiba
junto de diversas entidades que compõem o trade paranaense, entre elas as seccionais
paranaenses da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR), da
Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav-PR), da Associação
Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-PR), e o próprio Instituto Municipal de
Turismo (IMT).
iniciado um trabalho para a criação de um guia orientativo para o funcionamento
de atividades econômicas relacionadas ao turismo de negócios e eventos em Curitiba
junto de diversas entidades que compõem o trade paranaense, entre elas as seccionais
paranaenses da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR), da
Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav-PR), da Associação
Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-PR), e o próprio Instituto Municipal de
Turismo (IMT).
Para isso, a associação propôs diferentes porcentuais de ocupação de espaços de eventos de acordo com os alvarás das atividades e da bandeira restritiva em vigor.
“Já apresentamos essa proposta para o Instituto Municipal de Turismo, estamos tentando um diálogo com a secretaria municipal de saúde, e este guia inclusive já foi retornado para nós com algumas alterações”, conta.
Entre elas está a lotação de 40% dos espaços
seguindo os critérios adotados nas feiras de artesanato, museus e circos
durante a bandeira laranja e de 50% na amarela. A proposta também leva em
consideração um cenário de vacinação de 50% da população curitibana, que
permitiria uma ocupação de 70% dos espaços, e de 100% de imunizados para uma
volta plena das operações.
seguindo os critérios adotados nas feiras de artesanato, museus e circos
durante a bandeira laranja e de 50% na amarela. A proposta também leva em
consideração um cenário de vacinação de 50% da população curitibana, que
permitiria uma ocupação de 70% dos espaços, e de 100% de imunizados para uma
volta plena das operações.
“Acredito que já estamos ou muito próximos de 50% da população curitibana vacinada com a primeira dose. Ou seja, já poderíamos voltar com 70%, mas não retornamos”, explica o presidente da Abeoc-PR.
De acordo com ele, os eventos corporativos,
sociais, de entretenimento e religiosos já teriam condições de serem retomados.
sociais, de entretenimento e religiosos já teriam condições de serem retomados.
Selo garantidor
Fabio Skraba leva em consideração que o setor de eventos tem as condições necessárias para voltar a operar por ter a chancela do Selo Turismo Responsável, concedido pelo Ministério do Turismo para atestar as boas práticas de higienização para cada segmento durante a pandemia da Covid-19.
Entre as atividades contempladas estão as
próprias empresas organizadoras de eventos e, ainda, os hotéis, as agências de
turismo, os centros ou locais de convenções e feiras, etc.
próprias empresas organizadoras de eventos e, ainda, os hotéis, as agências de
turismo, os centros ou locais de convenções e feiras, etc.
“Temos ainda um manual de prevenção da Covid que foi aprovado pela secretaria de Estado da saúde, com todos os protocolos possíveis e necessários para a realização segura de eventos”, diz.
Entre as medidas previstas estão:
- Rastreabilidade dos participantes e fornecedores por meio de cadastramento e secretaria automatizada.
- Adequação da planta baixa das feiras técnicas, de varejo e populares.
- Adequação no formato de auditórios, respeitando o distanciamento entre cadeiras.
Além do guia orientativo, o setor propõe também a criação de um Hub de Eventos e Turismo, que utilizaria espaços ociosos da prefeitura que não tem projeto de uso a médio prazo, para gerar novos negócios livres de aluguéis.