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Índice de preços de alimentos no Paraná registra estabilidade em dezembro
O Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas do Paraná de dezembro último registrou tendência de estabilidade se comparado a novembro, com indicador de 0,67%, apenas um centésimo a mais que o verificado em novembro.
O IPR aponta ainda variação positiva nos seis municípios avaliados pela pesquisa: 1,04% em Curitiba, 0,88% em Londrina, 0,87% em Foz do Iguaçu, 0,59% em Ponta Grossa, 0,58% em Maringá e 0,08% em Cascavel.
Café e ovo de galinha contribuíram para impulsionar o resultado geral nos preços de alimentos. Somados, os itens influenciaram em 0,50% o índice mensal. De acordo com o diretor de Estatística do Ipardes, Marcelo Antonio, as maiores variações percentuais entre os 35 itens pesquisados foram em ovo de galinha, 7,07%, bisteca suína, 6,56% e óleo de soja, 6,24%.
A redução da oferta de ovo de galinha, o aquecimento da demanda interna, especialmente pela indústria, por óleo de soja, e ajustes na disponibilidade de suínos para o abate neste período de intensa procura pela carne tiveram participações nas variações.
Entre os maiores aumentos em dezembro, em Cascavel, o destaque foi para a variação de 9,13% em bisteca suína. Em Curitiba, o principal item com aumento foi o pernil suíno, com 8,03%. Em Foz do Iguaçu e Ponta Grossa, o principal item foi o ovo de galinha, com altas de 11,31% e de 9,20%, respectivamente. Em Londrina e Maringá, o tomate liderou as altas com variações de 14,24% e 14,78%.
Entre as quedas, o maior destaque foi a batata-inglesa, com -37,24%, seguida pelo feijão preto, com -3,40%, e a cebola, com -2,79%. A batata-inglesa liderou a queda em todos os municípios, com retração de 43,09% em Curitiba, seguida de Cascavel (-39,22%), Ponta Grossa (-38,80%), Maringá (-37,25%), Londrina (-34,63%) e Foz do Iguaçu (-29,60%).
“De forma geral, esses aumentos estão relacionados a ajustes na oferta desses produtos aos consumidores, aliado a uma demanda interna aquecida. Por outro lado, safras satisfatórias proporcionaram a queda nos preços de batata, feijão preto e de cebola no mês de dezembro”, diz Marcelo Antonio.
A persistência de reajustes mensais durante 2024 impulsionou o IPR acumulado no ano para 9,41%. “Esse resultado anual foi influenciado, considerando a ponderação isolada de cada produto no cálculo do índice, pela contribuição percentual de café, leite e óleo de soja, que, somados, foram responsáveis por 5,54% da variação do IPR no período”, informa.