Gestão e Finanças
5 dicas essenciais de gestão financeira para pequenos negócios em momentos de crise
O avanço do novo coronavírus no Brasil preocupa principalmente os donos de pequenos negócios, muitas vezes profundamente afetados por quedas bruscas de movimento ou fechamentos de poucos dias. Para ajudar os empresários neste momento, o Sebrae se uniu ao Banco Central e à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) para lançar um guia prático de gestão financeira para pequenos e médios negócios.
O documento traz orientações sobre como os empreendedores podem realizar o controle das finanças de forma mais precisa possível diante das complicações. Entre os temas abordados pelo guia estão os ajustes do negócio por conta da redução no movimento de clientes, a queda no faturamento, diminuição da produção, entre outros. Confira:
Guia prático de finanças
1- faça uma previsão das despesas para um período de dois ou três meses. Se possível, identifique esses valores de acordo com o tipo de despesas.
2- procure negociar as despesas com maior impacto no seu negócio.
3- evite fazer alguma despesa que não seja extremamente necessária para a continuidade dos negócios.
4- procure negociar também as despesas bancárias, buscando um prazo maior para o pagamento dos seus compromissos. Os cinco maiores do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander) anunciaram a prorrogação por 60 dias dos vencimentos de dívidas de micro e pequenas empresas e também de pessoas físicas, para os contratos vigentes em dia e limitados aos valores já utilizados.
5- estude a possibilidade de realizar promoções de produtos que estejam no estoque há muito tempo e disponibilize serviços de entrega para manter o nível de compra dos clientes. A ideia é aumentar o faturamento.
Rede de apoio
Carlos Melles, presidente do Sebrae, explica que a ideia é criar uma
rede de apoio aos empreendedores que, segundo ele, respondem por 27% do produto
interno bruto (PIB) nacional. O setor responde por quase um terço de toda a
riqueza produzida no país.
rede de apoio aos empreendedores que, segundo ele, respondem por 27% do produto
interno bruto (PIB) nacional. O setor responde por quase um terço de toda a
riqueza produzida no país.
“Apesar de o momento atual trazer complicações para a economia mundial, os pequenos negócios brasileiros já mostraram a força que têm ao registrarem o melhor saldo de empregos formais para o segmento dos últimos cinco anos, de acordo com dados de janeiro deste ano”, explica.
Além do guia financeiro elaborado junto às instituições bancárias, o
Sebrae também informa os empresários e colaboradores acerca das medidas de
prevenção ao contágio do novo coronavírus e as devidas orientações gerenciais e
financeiras. Segundo o órgão, os segmentos mais afetados pela doença são os
relacionados ao intenso atendimento ao público, como alimentação fora do lar,
feiras livres, turismo e varejo tradicional, entre outros.
Sebrae também informa os empresários e colaboradores acerca das medidas de
prevenção ao contágio do novo coronavírus e as devidas orientações gerenciais e
financeiras. Segundo o órgão, os segmentos mais afetados pela doença são os
relacionados ao intenso atendimento ao público, como alimentação fora do lar,
feiras livres, turismo e varejo tradicional, entre outros.
Veja as dicas do Sebrae para os pequenos empresários minimizarem os impactos da crise nos seus negócios, e acesse aqui o guia com exemplos de como colocar em prática as orientações do órgão:
Além do guia, o órgão informou que pretende negociar com o poder público “a prorrogação do prazo para pagamento de tributos, ampliação da garantia de operações de crédito e liberação de linhas de crédito especiais para mitigar os efeitos negativos da pandemia sobre os negócios”.
Boas práticas
Neste momento de acentuação da crise provocada pelo novo coronavírus, o
gerente de competitividade do Sebrae, César Rissete, ressalta algumas
orientações importantes para o setor de alimentos e bebidas:
gerente de competitividade do Sebrae, César Rissete, ressalta algumas
orientações importantes para o setor de alimentos e bebidas:
1- reforce a importância de seguir os procedimentos de higiene na cozinha, no salão e no escritório.
2- reduza em 1/3 quantidade de mesas e estabeleça uma distância de 2 metros entre elas.
3- aumente a prática da entrega direta por delivery ou incentive o consumidor a encomendar e buscar no restaurante (take away). Veja aqui como implantar este serviço no seu negócio.
4- negocie com aplicativos de delivery a redução da taxa cobrada pela intermediação de pedidos.
5- busque fontes alternativas de suprimentos, com diversificação de fornecedores preferencialmente locais.
6- verifique o modal de transporte para reduzir o tempo de reposição.
7- preste atenção no prolongamento dos prazos de entrega para avaliar o desempenho e a capacidade de acordo com as promessas do fornecedor e entrega ao cliente.
8- adote uma política de atendimento direto ao cliente via telefone ou WhatsApp.