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Cinco dicas para fugir dos azeites adulterados; saiba como evitar produtos nocivos à saúde
O consumo de azeites e outros alimentos adulterados pode causar problemas sérios de saúde. De reações alérgicas a infecções gastrointestinais mais graves, dependendo das substâncias aplicadas à mistura, há ainda problemas causados pelo consumo prolongado, casos de lotes impróprios sendo consumidos por meses, o que pode expor o consumidor a metais pesados quando o item é produzido em locais inapropriados.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) mantém atualizada uma lista com marcas de azeites consideradas impróprias para o consumo por terem sido misturadas com óleos vegetais de qualidade inferior ou por ter fabricação desconhecida. Há também casos de azeites produzidos de forma clandestina e sem as condições adequadas de higiene, colocando em risco a saúde do consumidor. Na relação divulgada pela pasta em outubro de 2024, 12 marcas foram consideradas impróprias para o consumo e, portanto, retiradas de circulação. A lista está no site do Mapa.
O azeite, sobretudo o extra virgem, é um antioxidante que conta com propriedades nutricionais e vitaminas em sua composição, entre elas o ferro, o cálcio, vitamina A e E. A mistura inadequada leva o produto a perder essas propriedades.
Mesmo com a ação de supermercados e demais comércios de retirar das prateleiras produtos contaminados a partir das diretrizes do Mapa, alguns podem passar despercebidos. Assim, é fundamental estar atento e saber como identificar possíveis fraudes. Confira algumas dicas sugeridas pela Kasvi, empresa brasileira de soluções para pesquisa e diagnóstico que oferece insumos e materiais para análise de diversos tipos de alimentos, incluindo o azeite.
- Lista do Ministério da Agricultura: verifique sempre a lista atualizada. Lá estão as marcas adulteradas e que devem estar fora das prateleiras ou das casas;
- Leia o rótulo: fique atento caso falte informações como a data ou o local de fabricação, além de verificar a qualidade da embalagem;
- Desconfie de preços baixos: azeites baratos também podem ser um sinal de alerta, pois a produção de um produto de qualidade demanda altos custos;
- Testes caseiros: coloque uma pequena quantidade no congelador e aguarde algumas horas. O azeite puro irá ficar com uma textura de manteiga, já os adulterados se mantém líquidos e até esbranquiçados;
- Pesquise: compre marcas confiáveis e que não possuem fraudes em seus históricos.
Somado aos cuidados do consumidor, a indústria tem um papel muito maior ao produzir os itens a serem consumidos. A Kasvi orienta que testes sejam feitos ainda durante o processo produtivo, para evitar contaminações por bactérias e outros microorganismos, ou ainda misturados com óleos não indicados para o consumo.
Os testes visam analisar a composição química do azeite, identificando misturas convencionais e verificando se o produto atende aos padrões estabelecidos pelos órgãos reguladores. A ausência de fiscalização adequada pode levar à circulação de produtos nocivos no mercado. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a principal responsável em relação a fiscalização do setor alimentício.
Denúncias sobre a venda de produtos fraudulentos podem ser feitas por meio do canal oficial Fala.BR, com a indicação do local de compra.