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As 6 melhores Weissbiers vendidas em Curitiba

Luís Celso Jr., colunista do Bom Gourmet
09/01/2018 20:00
A cerveja de trigo alemã, chamada de Weizenbier ou Weissbier, é um clássico aqui no Brasil. Nossa influência alemã nesse campo, principalmente no Sul do país por meio dos imigrantes, fez desse estilo um dos pioneiros por aqui. Quando a cerveja artesanal começou a crescer no país recentemente, ele chegou primeiro ao copo dos consumidores, em versões nacionais e importadas.
Apesar de hoje não ser mais um dos campeões de vendas para muitas cervejarias, é certamente uma das principais portas de entrada de consumidores para esse universo cervejeiro. Isso porque é idealmente fácil de beber e refrescante. Dourada, tipicamente turva, é frutada e condimentada, lembrando banana e cravo, levemente adocicada e com corpo de baixo a médio. Pode variar de complexidade, trazendo também notas grãos de trigo, panificação e em alguns exemplares, leve lúpulo floral e certa caramelização de métodos tradicionais de fabricação. É também muito versátil para harmonizações, combinando com muitos pratos e alimentos.

Degustação

Para ajudar o leitor a escolher o seu rótulo nesse verão, realizamos uma degustação às cegas de 17 rótulos, todos nacionais de diversas procedências, vendidos em Curitiba e região. O teste foi realizado em dezembro na sede da Gazeta do Povo de onde tiramos os seis melhores.
Apenas três das cervejas foram enviadas pelos fabricantes e distribuidores contatados pela Redação. As demais foram adquiridas diretamente em empórios da região com períodos de validade semelhantes. Isso fez com que a degustação fosse um reflexo ainda mais fiel do que está sendo efetivamente comercializado no varejo para os consumidores.
Os degustadores, todos experientes em julgamentos e degustações de cerveja, receberam apenas copos numerados e tinham unicamente a informação do estilo a ser degustado. Usamos como critério as diretrizes do Beer Judge Certification Program (BJCP), programa de certificação internacional de juízes de cerveja, inclusive na pontuação, que varia de 0 a 50.

Avaliação

No entanto, o resultado em geral foi abaixo da expectativa, com notas relativamente baixas para a grande maioria das amostras. Muitas delas estavam com defeitos graves, como contaminações, mostrando claros problemas de qualidade. Outras apresentavam características fora do estilo proposto ou bastante aquém dos frescor e leveza dos melhores exemplares mundiais.
Além do redator, participaram da prova Nadya Romanowski, sommelière de cervejas e coordenadora de eventos; Luís Claudio Theossi, juiz BJCP e vencedor do prêmio de melhor cerveja no 6º Concurso Paranaense de Cerveja Feita em Casa; Fernanda Fregonesi, microbiologista responsável pelo Yeast Facts, especialista em Brewing Microbiology pelo Siebel Institute; Felipe Correa Guandalini, proprietário da Cervejaria MasmorrA e cervejeiro caseiro; e Gabrielle Thami Demoz, sommelière e consultora de campo da rede de franquias do Mestre-Cervejeiro.com.

Guia de pontuação do BJCP 

Destacado (45 – 50): Exemplo do estilo de classe mundial. Precisão de Estilo
Excelente (38 – 44): Exemplifica bem o estilo, requer mínimos ajustes.
Muito Bom (30 – 37): Geralmente dentro dos parâmetros do estilo, algumas falhas mínimas.
Bom (21 – 29): Erra o alvo no estilo e/ou pequenas falhas.
Razoável (14 – 20): Sabores/aromas indesejados ou grandes deficiências de estilo. Desagradável.
Problemático (00 – 13): Fortes aromas ou sabores indesejados predominam. Difícil de beber.

CONFIRA A SELEÇÃO DAS MELHORES PONTUADAS:

Haus Dreizehn Frei Ludwig

Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
Nota: 31 de 50 (Muito bom)
Embalagem: 600 ml
Teor Alcoólico: 5%
Origem: Curitiba (PR)
Preço: entre R$ 17,90 e R$ 25,90
Uma grata surpresa. A primeira colocada é uma marca cigana de Curitiba (PR), fabricada em Joinville (SC), lançada em 2013. Sua cerveja, a Frei Ludwig, apresentou um perfil mais adocicado, com as características típicas, de cravo e banana, e alguns aromas e sabores mais complexos, como caramelização.

Imigração 1824 Weiss

Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
Nota: 30 de 50 (Muito bom)
Embalagem: 500 ml
Teor Alcoólico: 5,5%
Origem: Campo Bom (RS)
Preço: entre R$ 15,90 e R$ 25
As cervejas da gaúcha Imigração, de Campo Bom (RS), tem surpreendido pela qualidade. A Weissbier da cervejaria apresenta perfil mais leve e seco, com aromas suaves, com proeminência do cravo e leve banana no sabor.

Eisenbahn Weizenbier

Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
Nota: 28 de 50 (Bom)
Embalagem: 355 ml
Teor Alcoólico: 4,8%
Origem: Blumenau (SC)
Preço: entre R$ 4,90 e R$ 9,90
Atualmente de propriedade da Heineken, a Eisenbahn é uma das marcas de cerveja mais tradicionais do país e velha conhecida dos paranaenses. A cerveja apresentou perfil bem equilibrado e corpo mais leve, sendo fácil de beber.

Tupiniquim Weiss

Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
Nota: 27 de 50 (Bom)
Embalagem: 1 litro
Teor Alcoólico: 5%
Origem: Porto Alegre (RS)
Preço: entre R$ 24,90 e R$ 35,50
A Tupiniquim é uma cervejaria versátil, com muitos rótulos, já tendo sido eleita uma das melhores do país em premiações nacionais. Apresenta aqui uma boa Weissbier de perfil adocicado, com notas de banana e tutti-frutti, com pouca presença de cravo. Ideal para quem gosta de cervejas mais doces.

Das Bier Weizen

Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
Nota: 26 de 50 (Bom)
Embalagem: 500 ml
Teor Alcoólico: 5,5%
Origem: Gaspar (SC)
Preço: entre R$ 14,95 e R$ 21,50
A Das Bier fica dentro de uma pesque-e-pague em Gaspar (SC), perto de Blumenau, e se destaca há um bom tempo com boas cervejas – se você gosta de natureza, vale também a visita! A cerveja apresenta perfil com elevado dulçor, suave cravo e corpo médio.

Bier Hoff Weizen

Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
Nota: 24 de 50 (Bom)
Embalagem: 600 ml
Teor Alcoólico: 4,8%
Origem: Curitiba (PR)
Preço: entre R$ 12 e R$ 19,90
A curitibana Bier Hoff fecha a lista. Trouxe aromas sutis, porém boas notas de banana, tutti-frutti e cravo no sabor, com perfil mais adocicado na boca e final seco. O cravo fica mais destacado no retrogosto.
* Os preços são aproximados a partir das sugestões das cervejarias, importadoras e distribuidoras
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