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Conheça a peixada da padaria Verdes Mares e o pão com bife do Sinukão

Guilherme Caldas e Rafael Martins
03/10/2016 11:00
É uma padaria. Mas vá pela peixada
Peixada da Padaria Verdes Mares. Fotos: André Rodrigues
Peixada da Padaria Verdes Mares. Fotos: André Rodrigues
A família de José Carlos Grande havia comprado a padaria havia apenas dois anos, e a concorrência andava dura. Daí veio a ideia – aproveitar um espaço do imóvel para oferecer almoço ao pessoal da vizinhança. Deu tão certo que, hoje, há quem vá à Verdes Mares só pra almoçar.
“Um certo dia de verão, em 1986, uma funcionária duma empresa da vizinhança pediu para fazermos um bife com salada na hora do almoço. Resolvemos levar adiante”, lembra ele. Com apenas quatro mesas, num pequeno salão, mais o balcão e uma mesinha improvisada dentro da padaria. E Thereza Grande Ferreira, irmã de José Carlos – e “cozinheira de mão cheia” – comandando a cozinha.
Passou o tempo, o movimento aumentou. Em 2002, finalmente, o salão cresceu. A essa época, já estava no cardápio, às sextas-feiras, a Peixada Verdes Mares, preferida destes colunistas. É feita com peixe comprado sempre fresco – habitualmente, abrótea –, e leva dendê, pimentões, batatas e azeitonas na receita.
“A peixada nasceu por acaso. Fazíamos bacalhoada, às sextas, mas quando o preço do bacalhau ficou proibitivo, mudamos”, lembra José Carlos. Ela já foi campeã de audiência, mas hoje em dia a freguesia tem lotado a casa às terças – quando as opções são tilápia frita, estrogonofe de carne ou lasanha (os últimos se alternam a cada quinze dias) – e quintas – quando a pedida são o frango assado no forno de padeiro, com farofa, ou a panqueca de carne.
José Carlos Grande dono da padaria Verdes Mares . Fotos: André Rodrigues.
José Carlos Grande dono da padaria Verdes Mares . Fotos: André Rodrigues.
Ainda há feijoada, às quartas (exceto na primeira do mês, quando a padaria serve dobradinha), e um cardápio sempre renovado às segundas. Além, claro, dos itens fixos – bife na chapa, arroz, feijão e salada, tudo servido em pequenas porções. Thereza passou o comando da cozinha para a irmã Diva Maria Grande, mas a comida (e o preço) continua imbatível.
Por fim: o nome da padaria, inaugurada em 1944 pelo alemão Alberto Trog e batizada por ele de Sol Levante, não faz referência à proximidade com o Couto Pereira. “Aqui tem de tudo. Eu sou coxa, minha irmã é atleticana”, diz José Carlos. A origem do nome, aliás, se perdeu na história – “foi sugestão do meu cunhado, mas não sabemos de onde veio”. Deixa pra lá. O que importa é que a Verdes Mares pode se orgulhar de, mesmo sendo uma padaria, servir uma das melhores peixadas da cidade.
Quanto
Peixada Verdes Mares a R$ 14,90 (acompanhamentos à parte).
Onde
Rua Mauá, 28, Alto da Gloria, (41) 3264 1142. Almoço de segunda a sexta, das 11 às 13h50.

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É uma sinuca. Mas vá pelo pão com bife.
Se o passante for apressado pela Rua México periga passar reto pelo estabelecimento que é uma das instituições do Bacacheri. Funcionando no número 191 desde 1988, o Sinukão atrai gente dos mais recônditos bairros de Curitiba.
“E tem gente que vem aqui só pelo lanche”, é o que nos conta o Márcio, irmão de Charles, frequentador antigo que arrendou o Sinukão há uns dois anos. O cardápio tem isca de tilápia, preparada e temperada no local, x-salada com hamburguer também da casa e bolinho de carne, mas o número 1 na preferência da freguesia é, disparado, o pão com bife. Disponível na versão com ou sem ovo, tem gente que atravessa a cidade dando a desculpa de jogar uma sinuca, mas de olho mesmo é no pão com bife do Sinukão.
Quanto
Pão com bife R$ 9 (sem ovo), R$ 10 (com ovo)
Isca de tilápia R$ 25
X-Salada R$ 8
Pão com bolinho R$ 6
Onde
Sinukão. Rua México, 191, Bacacheri – (41) 3356-1401. Segunda a sexta, das 15h às 00h. Sábados, das 11h à meia-noite.

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