Bom Gourmet
Com carne e peixe na chapa, churrasco mongol remonta à época de Gengis Khan
Diz a lenda que Gengis Khan, o maior imperador da Mongólia, alimentava seus soldados durante as conquistas de territórios vizinhos com um churrasco feito sobre os escudos de aço nos descansos da tropa. O prato levava carne fatiada finamente e legumes fritos na brasa.
Nos Estados Unidos – e também no Brasil – o churrasco mongol foi adaptado e é servido em restaurantes batizados de mongolian grills. Funciona assim: o cliente monta a própria combinação em um esquema self service. Primeiro escolhe as proteínas, depois os legumes e vegetais, além de especiarias como curry, noz moscada, cardamomo, coentro, pimenta em pó, açafrão, páprica picante, entre outros.
Com tudo em uma cumbuca, os ingredientes são despejados em uma chapa em formato arrendondado, onde dois ou mais chefs preparam o churrasco com o auxílio de duas espátulas. Todos os ingredientes são fatiados finamente – inclusive as proteínas – para que sejam fritos rapidamente e permaneçam sem desmanchar.
O processo é rápido e o prato fica pronto em cinco minutos. O resultado final lembra algo como a mistura de proteínas e legumes do yakisoba (sem o macarrão), com alguma variação de sabor dependendo dos temperos e molhos escolhidos.
Em São Paulo, o Tantra, restaurante com três unidades na cidade, é o mais antigo do país a se especializar no prato. “Tradicionalmente na Mongólia o churrasco é feito sobre uma wok, que justamente lembra os escudos de Gengis Khan, mas adaptamos isso para a chapa”, explica Eric Thomas, proprietário da casa que funciona há 20 anos. Segundo ele, o churrasco mongol é uma comida de rua encontrada em diversos países da Ásia e não apenas na Mongólia.
No Tantra, o cliente pode escolher entre diversos tipos de proteínas – carne bovina, porco, frango, cordeiro, peixe, frutos do mar e até exóticas como javali e até carne de tubarão. Além das especiarias, há também a opção de incluir molhos como molho de ostra, shoyu, entre outros. A experiência custa R$ 42 no almoço e R$ 84 no jantar (o cliente pode se servir livremente).
Curitiba ganhou recentemente o primeiro restaurante que serve o churrasco mongol. O Yurt fica no Souq, nova vila gastronômica que foi inaugurada na semana passada, na região da Vila Izabel. O esquema do Yurt é diferente do Tantra e o cliente paga por prato escolhido, não por pessoa.
O restaurante oferece quatro tipos de proteína (frango, bovina, peixe e frutos do mar – todas servidas em porções de 180 g) e uma variedade de legumes, vegetais e especiarias. O cliente escolhe entre três molhos – molho de ostra, shoyu e vinho branco – antes de mandar o churrasco para a chapa. Os preços partem de R$ 38 (frango) e chegam a R$ 50 (lula e camarão).
Caso o cliente queira, ainda pode escolher três acompanhamentos – arroz branco (R$ 8), macarrão (R$ 8) e arroz frito com ovo e especiarias (R$ 14). O Yurt é comandado pelos sócios Hammad Durrani, Deepak Karunakar e Jeetu Khemani, que também é dono do restaurante indiano Swadisht.
Serviço
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