Redação
Panela do Anacreon
Sabe harmonizar queijos e vinhos? Deve estar fazendo errado
Queijos suaves com vinho tinto? Acho que não, mas a grande maioria pensa assim.
Lembro-me de antigos
restaurantes que promoviam dias especiais de Queijos & Vinhos e tinha até
um com esse nome, ali no Largo da Ordem, no porão do antigo prédio da Fundação Cultural
de Curitiba.
restaurantes que promoviam dias especiais de Queijos & Vinhos e tinha até
um com esse nome, ali no Largo da Ordem, no porão do antigo prédio da Fundação Cultural
de Curitiba.
E o que serviam? Alguns dos
queijos mais tradicionais – brie, camembert, roquefort, gouda, gruyère, o que
fosse – chegavam à mesa com algumas taças e uma garrafa de vinho... tinto.
queijos mais tradicionais – brie, camembert, roquefort, gouda, gruyère, o que
fosse – chegavam à mesa com algumas taças e uma garrafa de vinho... tinto.
Para aqueles leigos, dentre os
quais eu me incluía, parecia até interessante. Porque não havia ninguém que
pudesse contestar aquela proposta ou orientar um possível melhor caminho. E tem
gente que até hoje pensa assim e faz a festa.
quais eu me incluía, parecia até interessante. Porque não havia ninguém que
pudesse contestar aquela proposta ou orientar um possível melhor caminho. E tem
gente que até hoje pensa assim e faz a festa.
Vamos raciocinar juntos. Queijo
é delicado, são sabores sutis na sua maioria e a tendência é dar certo com
vinhos de sabores mais leves. Como os brancos e até alguns rosés. Há exceções,
claro, como os azuis, que vão bem com vinhos adocicados (ou até fortificados),
de sobremesa. Com vinho tinto... talvez um parmesão? Porque provolone, ao que
se saiba, não harmoniza com vinho algum. Daria para arriscar alguma cerveja,
quem sabe?
é delicado, são sabores sutis na sua maioria e a tendência é dar certo com
vinhos de sabores mais leves. Como os brancos e até alguns rosés. Há exceções,
claro, como os azuis, que vão bem com vinhos adocicados (ou até fortificados),
de sobremesa. Com vinho tinto... talvez um parmesão? Porque provolone, ao que
se saiba, não harmoniza com vinho algum. Daria para arriscar alguma cerveja,
quem sabe?
É o mesmo que acontece no
consumo de pizzas. Quase todos pedem vinho tinto, para combinar com... queijo
(e aí a história se repete). A pizza requer tinto em alguns casos raros, quando
tem algum tipo de carne na cobertura. Calabresa, presunto cru ou até mesmo
aquele presunto que vai na pizza portuguesa. Fora isso, branco, branco e
branco.
consumo de pizzas. Quase todos pedem vinho tinto, para combinar com... queijo
(e aí a história se repete). A pizza requer tinto em alguns casos raros, quando
tem algum tipo de carne na cobertura. Calabresa, presunto cru ou até mesmo
aquele presunto que vai na pizza portuguesa. Fora isso, branco, branco e
branco.
Quem explica muito bem sobre essa
química toda que vem sendo conduzida errada através dos anos é a sommelière
Thays Ferrão, uma das nossas referências nessa deliciosa arte de combinar
sabores. Já tive a oportunidade de assistir algumas de suas aulas/palestras
sobre o tema e achei deliciosas, principalmente com o espanto das pessoas com o
resultado da combinação de cada vinho com cada queijo.
química toda que vem sendo conduzida errada através dos anos é a sommelière
Thays Ferrão, uma das nossas referências nessa deliciosa arte de combinar
sabores. Já tive a oportunidade de assistir algumas de suas aulas/palestras
sobre o tema e achei deliciosas, principalmente com o espanto das pessoas com o
resultado da combinação de cada vinho com cada queijo.
Ela não só explica, como
demonstra os efeitos de cada alquimia até que todos se convençam do melhor ajuste
entre as partes. E isso vai acontecer neste fim de semana, no próximo sábado
(10), na próxima Roda de Vinhos da Grand Cru, das 10h30 às 11h30, para aqueles
interessados na questão.
demonstra os efeitos de cada alquimia até que todos se convençam do melhor ajuste
entre as partes. E isso vai acontecer neste fim de semana, no próximo sábado
(10), na próxima Roda de Vinhos da Grand Cru, das 10h30 às 11h30, para aqueles
interessados na questão.
Serão, ao todo, três vinhos: um
Pinot Grigio Italiano, um Syrah do Rhône (França) e um Porto. Para harmonizar,
vai sair um pouco dos queijos tradicionais para apresentar alguns bem
brasileiros, artesanais (ou quase), que podem cumprir bem a função de
diferenciação entre um e outro. Um deles será o paranaense Colonial Sítio
Aliança (Santana do Itararé) – premiado no ano passada pela Embrapa - e os três
outros mineiros, o PAM - Q. Minas Artesanal 12 meses de maturação (Patos de
Minas), o Queijo do Serro Fazenda Bom Sucesso/Chokitu (Serro) e o Canastra Real
(São Roque de Minas, microrregião Canastra).
Pinot Grigio Italiano, um Syrah do Rhône (França) e um Porto. Para harmonizar,
vai sair um pouco dos queijos tradicionais para apresentar alguns bem
brasileiros, artesanais (ou quase), que podem cumprir bem a função de
diferenciação entre um e outro. Um deles será o paranaense Colonial Sítio
Aliança (Santana do Itararé) – premiado no ano passada pela Embrapa - e os três
outros mineiros, o PAM - Q. Minas Artesanal 12 meses de maturação (Patos de
Minas), o Queijo do Serro Fazenda Bom Sucesso/Chokitu (Serro) e o Canastra Real
(São Roque de Minas, microrregião Canastra).
Esses queijos são comercializados
pelo Francisco Mesquita, o Chico Mineiro ou Chico Queijo, que faz um belo
trabalho de resgate dessas preciosidades. Já pude provar alguns deles e são
realmente fascinantes.
pelo Francisco Mesquita, o Chico Mineiro ou Chico Queijo, que faz um belo
trabalho de resgate dessas preciosidades. Já pude provar alguns deles e são
realmente fascinantes.
E então, reunindo o teórico à
prática de bons sabores, esse encontro da Grand Cru será uma ótima oportunidade
para as pessoas entenderem um pouco mais da harmonização entre queijos e
vinhos.
prática de bons sabores, esse encontro da Grand Cru será uma ótima oportunidade
para as pessoas entenderem um pouco mais da harmonização entre queijos e
vinhos.
A inscrição não tem custo, mas
é bom se adiantar, pois a procura tem sido muito grande.
é bom se adiantar, pois a procura tem sido muito grande.
Pode apostar que vai ser um
divisor de águas (ou de sensores) a cada um que estiver presente a essa
aula/palestra da querida Thays Ferrão.
divisor de águas (ou de sensores) a cada um que estiver presente a essa
aula/palestra da querida Thays Ferrão.
Grand Cru Curitiba
Rua Desembargador Otávio do
Amaral, 515 – Bigorrilho
Amaral, 515 – Bigorrilho
Informações e reservas: (41)
3501-9591
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Blog anterior: http://anacreonteos.blogspot.com/
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