Anacreon de Téos
Panela do Anacreon
Os vinhos gregos são incríveis e intrigantes. Eu não sabia, mas agora sei
Nas degustações e
harmonizações corriqueiras, garantia de sucesso é incluir vinhos franceses,
italianos, espanhóis ou portugueses (nessa ordem). Isso só para ficar no Velho
Mundo, embora já haja respeito pelo que se faz também nas outras plagas.
harmonizações corriqueiras, garantia de sucesso é incluir vinhos franceses,
italianos, espanhóis ou portugueses (nessa ordem). Isso só para ficar no Velho
Mundo, embora já haja respeito pelo que se faz também nas outras plagas.
Mas quando se foge um pouco
desses rincões, exigindo despertar maior curiosidade em torno do que vem pela
frente, há sempre o receio de não se obter o mesmo resultado. Claro que, aos
poucos, essas barreiras vão caindo, com a chegada de alguns exemplares de
outros países a mostrar que a qualidade de seus produtos também chega a
patamares do alto, ocasionando boas surpresas para o paladar.
desses rincões, exigindo despertar maior curiosidade em torno do que vem pela
frente, há sempre o receio de não se obter o mesmo resultado. Claro que, aos
poucos, essas barreiras vão caindo, com a chegada de alguns exemplares de
outros países a mostrar que a qualidade de seus produtos também chega a
patamares do alto, ocasionando boas surpresas para o paladar.
Sem contar com momentos
esporádicos (um aqui, outro ali... ) há dois anos os eslovenos vieram com tudo,
importados pela Rootstock Vinhos (fiz
o registro aqui). E agora nos chegaram os gregos.
esporádicos (um aqui, outro ali... ) há dois anos os eslovenos vieram com tudo,
importados pela Rootstock Vinhos (fiz
o registro aqui). E agora nos chegaram os gregos.
Já havia provado alguns, mas
nada que significasse uma unidade e pudesse passar a verdadeira noção de
qualidade e sabor. O que ocorreu dias atrás, com a possibilidade de estar
presente em um jantar harmonizado no Restaurante Nomade, do Nomaa Hotel. E com
a bela constatação da continuidade da cozinha de qualidade da casa, com o jovem
chef Luan Honorato seguindo as trilhas de seu mentor, Lênin Palhano, de quem
foi sous chef por um bom tempo.
nada que significasse uma unidade e pudesse passar a verdadeira noção de
qualidade e sabor. O que ocorreu dias atrás, com a possibilidade de estar
presente em um jantar harmonizado no Restaurante Nomade, do Nomaa Hotel. E com
a bela constatação da continuidade da cozinha de qualidade da casa, com o jovem
chef Luan Honorato seguindo as trilhas de seu mentor, Lênin Palhano, de quem
foi sous chef por um bom tempo.
O evento
foi organizado pela KOS Vinhos
Especiais e GRK Products, com
patrocínio da Comunidade Européia. Tento como anfitrião Nelson Loureiro Alves,
a apresentação dos rótulos foi do sommelier Guilherme Balbino.
foi organizado pela KOS Vinhos
Especiais e GRK Products, com
patrocínio da Comunidade Européia. Tento como anfitrião Nelson Loureiro Alves,
a apresentação dos rótulos foi do sommelier Guilherme Balbino.
Por mais
que a gente por aqui ainda conheça pouco dos vinhos gregos, foi importante
saber que por lá existem pelo menos 300 uvas autóctones, além de outras
clássicas francesas, que foram plantadas por lá na época da grande praga da
filoxera, que arrasou os vinhedos da Europa Ocidental.
que a gente por aqui ainda conheça pouco dos vinhos gregos, foi importante
saber que por lá existem pelo menos 300 uvas autóctones, além de outras
clássicas francesas, que foram plantadas por lá na época da grande praga da
filoxera, que arrasou os vinhedos da Europa Ocidental.
Então,
não é estranho encontrar vinhos gregos com uvas internacionais, como Sauvignon Blanc,
Cabernet Sauvignon e Merlot – não por acaso alguns dos vinhos servidos na noite
da harmonização.
não é estranho encontrar vinhos gregos com uvas internacionais, como Sauvignon Blanc,
Cabernet Sauvignon e Merlot – não por acaso alguns dos vinhos servidos na noite
da harmonização.
A Grécia
segue as definições da União Europeia para a produção de vinhos, produzidos,
processados e preparados em uma específica área geográfica, utilizando know-how
reconhecido. Suas qualidade e propriedades são significativamente ou
exclusivamente determinadas pelo seu ambiente, em ambos os fatores naturais e
humanos.
segue as definições da União Europeia para a produção de vinhos, produzidos,
processados e preparados em uma específica área geográfica, utilizando know-how
reconhecido. Suas qualidade e propriedades são significativamente ou
exclusivamente determinadas pelo seu ambiente, em ambos os fatores naturais e
humanos.
A harmonização
No evento do Nomade, os vinhos apresentados eram da Domaine Costa Lazaridi, fundada em 1992, em Adriani, na região de Drama. São 200 hectares de vinhedos, com 15.000m2 de construção e 100 pessoas no staff de produção.
A vinícola
tem, entre os consultores, o papa Michel Rolland, considerado o guru na
vinificação de tintos e que presta consultoria em algumas das mais importantes
vinícolas do mundo. Para os brancos, outro destaque francês, Florent Dumeau,
enólogo master, ex-diretor técnico de SARCO laboratórios em Bordeaux e
principal autoridade em vinificação em brancos.
tem, entre os consultores, o papa Michel Rolland, considerado o guru na
vinificação de tintos e que presta consultoria em algumas das mais importantes
vinícolas do mundo. Para os brancos, outro destaque francês, Florent Dumeau,
enólogo master, ex-diretor técnico de SARCO laboratórios em Bordeaux e
principal autoridade em vinificação em brancos.
E foi
exatamente com um branco que nós começamos. O Okeanos Sauvignon Blanc/Moscato (R$ 176) chegou bem, como um vinho
de entrada, refrescante e aromático, levando aromas de frutas amarelas e boa
acidez com equilíbrio na boca. Foi perfeitamente harmonizado com um Croquete de polvo e tucupi e,
principalmente, com Ostras e maracujá,
combinação perfeita. Ainda vieram o Nori
com peixe cru (a alga deliciosamente tostada e crocante) e o Tempura de espinafre e bacalhau.
exatamente com um branco que nós começamos. O Okeanos Sauvignon Blanc/Moscato (R$ 176) chegou bem, como um vinho
de entrada, refrescante e aromático, levando aromas de frutas amarelas e boa
acidez com equilíbrio na boca. Foi perfeitamente harmonizado com um Croquete de polvo e tucupi e,
principalmente, com Ostras e maracujá,
combinação perfeita. Ainda vieram o Nori
com peixe cru (a alga deliciosamente tostada e crocante) e o Tempura de espinafre e bacalhau.
O segundo
vinho também foi um branco e o único autóctone da noite. O Domaini Costa Lazaridi Malagouzia (R$ 330) remete a vinhedos jovens
e traz uma das castas mais celebradas no momento. Malagouzia são uvas da região
de Drama, a 900m de altitude, no extremo norte da Grécia. Variedade branca
autóctone, redescoberta nos anos 70 pelo professor Logothetis, da Universidade
de Thessaloniki. Originária da Etoloakarnania (centro oeste do país) e plantada
num vinhedo experimental em Halkidiki, Macedônia, hoje é cultivada em várias
regiões, incluindo Drama.
vinho também foi um branco e o único autóctone da noite. O Domaini Costa Lazaridi Malagouzia (R$ 330) remete a vinhedos jovens
e traz uma das castas mais celebradas no momento. Malagouzia são uvas da região
de Drama, a 900m de altitude, no extremo norte da Grécia. Variedade branca
autóctone, redescoberta nos anos 70 pelo professor Logothetis, da Universidade
de Thessaloniki. Originária da Etoloakarnania (centro oeste do país) e plantada
num vinhedo experimental em Halkidiki, Macedônia, hoje é cultivada em várias
regiões, incluindo Drama.
Seu aroma
lembra os muscat, porém menos floral, com toques cítricos e até mesmo herbáceos,
com uma coloração amarelo/palha e perfumes cítricos. Na boca, também traz
frutas amarelas e um final bem longo e agradável. Chegou para fazer companhia
ao primeiro prato, o Polvo com texturas
de batata-doce e cítricos. Um prato com o polvo no ponto correto e as
batatas em três divisões: purê de batata-doce branca, batata-doce roxa na brasa
e chips transparentes de batata-doce laranja. Completando com granola de
salsinha e cambuci e gomos de laranja.
lembra os muscat, porém menos floral, com toques cítricos e até mesmo herbáceos,
com uma coloração amarelo/palha e perfumes cítricos. Na boca, também traz
frutas amarelas e um final bem longo e agradável. Chegou para fazer companhia
ao primeiro prato, o Polvo com texturas
de batata-doce e cítricos. Um prato com o polvo no ponto correto e as
batatas em três divisões: purê de batata-doce branca, batata-doce roxa na brasa
e chips transparentes de batata-doce laranja. Completando com granola de
salsinha e cambuci e gomos de laranja.
Chegou, então, o vinho mais interessante da noite. Quando o sommelier comentou trata-se de um Cabernet Sauvignon logo se imaginou um daqueles com o porte do francês ou a personalidade de um sul-americano. Qual nada, era um vinho completamente diferente do que eu já havia provado até então. Mais ainda para um Cabernet Sauvignon. O Thalassa tinto Cabernet Sauvignon (R$ 176) também vem de uvas da região de Drama, só que de menor altitude. É envelhecido em barril de carvalho francês por seis meses e tem filtração leve, com um teor alcoólico de 14%. É intensamente frutado, mas agradável, sem ser enjoativo. Frutado também no sabor, tem corpo médio madeira discreta e taninos muito macios. Recebeu com galhardia o Arroz de costela defumada, com aïoli de salsinha, aïoli de páprica e farofa de pão de fermentação natural e deixou vontade de quero mais.
Para o
terceiro prato, que foi um belo e saboroso Lombo
de porco Moura grelhado na brasa, caldo de porco, caqui assado com sal, pimenta
e manteiga e couve kale temperada com limão, o vinho de escolta foi o Okeanos Cabernet Sauvignon/Merlot (R$
184), também de Drama, com envelhecimento em barris de carvalho por 10 meses e
teor alcoólico de 14%. Também puxa para frutas vermelhas e especiarias, no
olfato e no paladar, tem final suave e se deu muito bem com a delicadeza da
carne de porco.
terceiro prato, que foi um belo e saboroso Lombo
de porco Moura grelhado na brasa, caldo de porco, caqui assado com sal, pimenta
e manteiga e couve kale temperada com limão, o vinho de escolta foi o Okeanos Cabernet Sauvignon/Merlot (R$
184), também de Drama, com envelhecimento em barris de carvalho por 10 meses e
teor alcoólico de 14%. Também puxa para frutas vermelhas e especiarias, no
olfato e no paladar, tem final suave e se deu muito bem com a delicadeza da
carne de porco.
Todos esses
vinhos (e mais outros tantos) gregos podem ser encontrados para venda na KOS Vinhos Especiais e na Adega Curitiba Cellar. É um bom
caminho para se iniciar (ou prosseguir) nos vinhos gregos e conhecer todo o
potencial vinícola daquele belo país.
vinhos (e mais outros tantos) gregos podem ser encontrados para venda na KOS Vinhos Especiais e na Adega Curitiba Cellar. É um bom
caminho para se iniciar (ou prosseguir) nos vinhos gregos e conhecer todo o
potencial vinícola daquele belo país.
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