Anacreon de Téos
Panela do Anacreon
O cordeiro da Páscoa. Sim, cordeiro. Bacalhau é na Sexta-feira Santa
Preparando aqui meu cardápio
para a Páscoa e ficou uma dúvida. O que fazer, pernil, costela ou paleta de
cordeiro?
para a Páscoa e ficou uma dúvida. O que fazer, pernil, costela ou paleta de
cordeiro?
Sim, cordeiro. Porque, ao
contrário do que a grande maioria das pessoas acredita, não se come bacalhau no
Domingo de Páscoa e sim na Sexta-feira Santa. Pelo menos não é o que a tradição
recomenda.
contrário do que a grande maioria das pessoas acredita, não se come bacalhau no
Domingo de Páscoa e sim na Sexta-feira Santa. Pelo menos não é o que a tradição
recomenda.
Aliás, é uma tradição que vem
desde a antiguidade.
desde a antiguidade.
O Antigo Testamento registra a
comemoração da passagem do Mar Vermelho pelos judeus, deixando o Egito, onde
eram escravos. O cordeiro era sacrificado no templo, no primeiro dia da Páscoa,
como memorial da libertação do Egito, na qual o sangue do cordeiro foi o sinal
que livrou os seus primogênitos.
comemoração da passagem do Mar Vermelho pelos judeus, deixando o Egito, onde
eram escravos. O cordeiro era sacrificado no templo, no primeiro dia da Páscoa,
como memorial da libertação do Egito, na qual o sangue do cordeiro foi o sinal
que livrou os seus primogênitos.
De acordo com o livro de
Êxodo, ele representa a aliança que Deus fez com o povo judeu ao tirá-los da
escravidão no Egito. Assim, orientados por Moisés, cada família judaica
sacrificou e assou um cordeiro, servido com ervas amargas e pão sem fermento.
Êxodo, ele representa a aliança que Deus fez com o povo judeu ao tirá-los da
escravidão no Egito. Assim, orientados por Moisés, cada família judaica
sacrificou e assou um cordeiro, servido com ervas amargas e pão sem fermento.
Por isso, diferentemente do que acreditam, no domingo de Páscoa, segundo as tradições desde a antiguidade, se come cordeiro, e não bacalhau. Porque no domingo de Páscoa, consumir cordeiro é símbolo da ressurreição, como a própria referência bíblica explica: “cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.
O costume se arraigou por
outros povos, especialmente entre os católicos, que não comiam carne durante a
Quaresma (ultimamente não mais tanto, mas preservam basicamente a Semana Santa
e a Quarta-feira de Cinzas) e tinham no domingo da ressurreição justamente a
data para consumir o cordeiro, símbolo da ressurreição, o “cordeiro de Deus”.
outros povos, especialmente entre os católicos, que não comiam carne durante a
Quaresma (ultimamente não mais tanto, mas preservam basicamente a Semana Santa
e a Quarta-feira de Cinzas) e tinham no domingo da ressurreição justamente a
data para consumir o cordeiro, símbolo da ressurreição, o “cordeiro de Deus”.
Nada mais inspirador,
portanto, para um cordeiro no almoço de domingo, depois dos peixes e do
bacalhau da Sexta-feira Santa.
portanto, para um cordeiro no almoço de domingo, depois dos peixes e do
bacalhau da Sexta-feira Santa.
O tradicional era o cordeiro
inteiro – ou pelo menos um de seus quartos. Mas a sugestão que aqui vai explora
o delicado e marcante sabor das costeletas, nem sempre tão consumidas no dia a
dia, embora tenha presença constante nos cardápios dos restaurantes
contemporâneos.
inteiro – ou pelo menos um de seus quartos. Mas a sugestão que aqui vai explora
o delicado e marcante sabor das costeletas, nem sempre tão consumidas no dia a
dia, embora tenha presença constante nos cardápios dos restaurantes
contemporâneos.
Vamos a elas, então? Encontrei
uma linda lá no Espaço Angus
Prime, açougue diferenciado que fica no Mercado Municipal de
Curitiba.
uma linda lá no Espaço Angus
Prime, açougue diferenciado que fica no Mercado Municipal de
Curitiba.
Garanto que ficam deliciosas e não exigem muito trabalho. Tem um mínimo de temperos, justamente para permitir sentir melhor o sabor da aprazível carne.
A rigor, quem trabalha mesmo é
o forno. Mas é possível fazer também na churrasqueira, deixando a peça mais lá
no alto, a princípio, baixando depois, só para dourar.
o forno. Mas é possível fazer também na churrasqueira, deixando a peça mais lá
no alto, a princípio, baixando depois, só para dourar.
Para acompanhar, o molho de sua preferência (de hortelã é uma delícia e combina muito), uma salada, uma farofinha ou até um purê e um domingo feliz.
Bom apetite! Feliz Páscoa!
- 1 costela de cordeiro inteira
- Sal e pimenta-do-reino
- 200 ml de vinho branco
- Azeite de oliva
- Preaqueça o forno a 180°C.
- Em uma travessa, tempere a costela de cordeiro com sal e pimenta, adicione o vinho e deixe marinar por 30 minutos.
- Transfira a costela para uma assadeira, sem o vinha d’alhos, e adicione por cima um belo fio de azeite de oliva.
- Cubra a travessa com papel alumínio e leve ao forno.
- Asse por volta de uma hora e meia, até que fique dourado, mas ainda macio.
- Nos últimos 15 a 20 minutos, retire o papel alumínio, regue a peça com um pouco mais de azeite de oliva e deixe assar o tempo restante.