Anacreon de Téos
Panela do Anacreon
Nada mais apropriado: Bacalhau espiritual para a Sexta-feira Santa
As pessoas às vezes confundem
e deixam para comer bacalhau no domingo de Páscoa, quando, na verdade, é o
prato oficial da Sexta-feira Santa. Afinal de contas é a data limite para o
consumo de carne vermelha – segundo o preceito das religiões cristãs, católica,
especialmente. A partir do Sábado de Aleluia (da malhação de Judas) a carne já
está novamente liberada e o almoço de domingo, de acordo com a tradição, é
celebrado com cordeiro.
e deixam para comer bacalhau no domingo de Páscoa, quando, na verdade, é o
prato oficial da Sexta-feira Santa. Afinal de contas é a data limite para o
consumo de carne vermelha – segundo o preceito das religiões cristãs, católica,
especialmente. A partir do Sábado de Aleluia (da malhação de Judas) a carne já
está novamente liberada e o almoço de domingo, de acordo com a tradição, é
celebrado com cordeiro.
Então vamos combinar assim.
Publico agora uma receita de bacalhau para ser servida na sexta-feira e mais
pro fim de semana – na sexta mesmo – já providencio opções para fazer o
cordeiro de domingo. E assim podemos manter a tradição.
Publico agora uma receita de bacalhau para ser servida na sexta-feira e mais
pro fim de semana – na sexta mesmo – já providencio opções para fazer o
cordeiro de domingo. E assim podemos manter a tradição.
Embora a grande maioria faça a
receita mais popular do bacalhau – aquele com batatas, cebolas, tomates,
azeitonas e ovos cozidos, que praticamente o à Gomes de Sá -, o peixe proporciona versões incrivelmente
saborosas e muito distintas entre si. Pode ter as postas confitadas ou feitas
na brasa. Pode ainda ser feito em lascas ou desfiado e finalizado de diversas
maneiras. Entre as receitas mais conhecidas estão a do Bacalhau ao Zé do Pipo (com maionese) e a do Bacalhau à Lagareiro (com os ingredientes básicos e destaque para
batatas ao murro), mas também é popular a versão de Bacalhau à Pereira Ignácio (com ovos mexidos). E não dá para
desprezar
receita mais popular do bacalhau – aquele com batatas, cebolas, tomates,
azeitonas e ovos cozidos, que praticamente o à Gomes de Sá -, o peixe proporciona versões incrivelmente
saborosas e muito distintas entre si. Pode ter as postas confitadas ou feitas
na brasa. Pode ainda ser feito em lascas ou desfiado e finalizado de diversas
maneiras. Entre as receitas mais conhecidas estão a do Bacalhau ao Zé do Pipo (com maionese) e a do Bacalhau à Lagareiro (com os ingredientes básicos e destaque para
batatas ao murro), mas também é popular a versão de Bacalhau à Pereira Ignácio (com ovos mexidos). E não dá para
desprezar
Mas ainda tem outra que me
encanta e tenho certeza que também deverá conquistar o cozinheiro que se
atrever a fazê-la neste dia santo. É o Bacalhau
espiritual, que, dizem, leva este nome por ter um sabor tão leve e
delicado, “que nos leva aos céus!”
encanta e tenho certeza que também deverá conquistar o cozinheiro que se
atrever a fazê-la neste dia santo. É o Bacalhau
espiritual, que, dizem, leva este nome por ter um sabor tão leve e
delicado, “que nos leva aos céus!”
E o que é mais interessante:
tem veia francesa, na base de combinação de ingredientes da “Brandade de morue”,
que tem origem no século XVIII, na região da Occitânia. Teria sido a condessa
Almeida Araújo, que nos anos 40 comandava o restaurante Cozinha Velha, do Palácio
de Queluz, quem buscou a receita e a recriou, dando o toque português à
combinação, já que não havia conseguido os itens da receita francesa. A
diferença básica para a brandade, que tem a batata em purê para fazer a
“massa”, é que no Bacalhau espiritual essa função é do pão, que, embebido em
leite, faz o mesmo papel.
tem veia francesa, na base de combinação de ingredientes da “Brandade de morue”,
que tem origem no século XVIII, na região da Occitânia. Teria sido a condessa
Almeida Araújo, que nos anos 40 comandava o restaurante Cozinha Velha, do Palácio
de Queluz, quem buscou a receita e a recriou, dando o toque português à
combinação, já que não havia conseguido os itens da receita francesa. A
diferença básica para a brandade, que tem a batata em purê para fazer a
“massa”, é que no Bacalhau espiritual essa função é do pão, que, embebido em
leite, faz o mesmo papel.
E agora uma boa notícia para
os bolsos e bolsas: o prato rende muito, justamente pela diversidade de
elementos que se somam ao bacalhau para compor a mistura derradeira. A receita
de hoje dá para seis pessoas, com sobras. Se não houver comilões, dá para oito
– e com 1kg de bacalhau.
os bolsos e bolsas: o prato rende muito, justamente pela diversidade de
elementos que se somam ao bacalhau para compor a mistura derradeira. A receita
de hoje dá para seis pessoas, com sobras. Se não houver comilões, dá para oito
– e com 1kg de bacalhau.
Não é uma receita exata, hoje
há variações, algumas até com catupiry, embora todas girando em torno da
composição da massa. Mas gosto muito dessa aqui, que ousa até incluir algumas
folhinhas de coentro, que (atenção aos que odeiam a erva) não marca pelo
próprio sabor, mas contribui muito para a química final.
há variações, algumas até com catupiry, embora todas girando em torno da
composição da massa. Mas gosto muito dessa aqui, que ousa até incluir algumas
folhinhas de coentro, que (atenção aos que odeiam a erva) não marca pelo
próprio sabor, mas contribui muito para a química final.
Vamos à receita?
Bom apetite!