Anacreon de Téos

Panela do Anacreon

DUQ tem novos itens no cardápio, para trazer os sabores de Outono

04/04/2025 11:42
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Tortelli de coelho ao próprio molho do assado, com stracciatella e brunoise de legumes - do novo cardápio de outono do DUQ. | Foto: Anacreon de Téos

Dias atrás o restaurante DUQ comemorou seu segundo aniversário, com toda a pompa e circunstância. Trouxe para cozinhar com Felipe Miyake (chef e sócio da casa) e o curitibano Ricardo Filizola, do Catering La Cocina, simplesmente uma das principais referências da gastronomia brasileira, o francês Laurent Suaudeau.
O chef já havia estado em Curitiba em outras oportunidades, em aulas do extinto Espaço Gourmet e até mesmo como consultor, numa reformulação de cardápio do então Le Bourbon (hoje Bourbon Bistrot). E também na inauguração do DUQ, oportunidade em que a razão de sua presença foi explicada: havia sido professor de Miyake, que o tem como referência, praticamente um mentor.
Chef Felipe Miyake apresentou os novos pratos do DUQ, para o período do Outono. | Foto: Anacreon de Téos
Chef Felipe Miyake apresentou os novos pratos do DUQ, para o período do Outono. | Foto: Anacreon de Téos
O jantar a seis mãos, beneficente, foi um sucesso, como seria de se esperar (leia a respeito aqui).
Mas, paralelamente a isso, poucos dias antes, o DUQ também apresentou suas variações sazonais para o cardápio de Outono. Felipe Miyake voltou suas atenções para os ingredientes e insumos próprios da estação e incluiu pratos bem interessantes do menu oficial do restaurante.
Estes foram apresentados em evento especial, em jantar harmonizado com vinhos da vinícola italiana Mondoroso, cujo proprietário, Andre Roso, esteve presente, para discorrer sobre cada um dos rótulos servidos.
<em>Gnudi de ricota, com manteiga avelã ao perfume de limão siciliano</em>. <em>|</em> Foto: Simone Meirelles (Comer &amp; Curtir)
Gnudi de ricota, com manteiga avelã ao perfume de limão siciliano. | Foto: Simone Meirelles (Comer & Curtir)
<em>Cassoulet de frutos do mar ao perfume de curry e capim-limão</em>. | Foto: Simone Meirelles (Comerc &amp; Curtir)
Cassoulet de frutos do mar ao perfume de curry e capim-limão. | Foto: Simone Meirelles (Comerc & Curtir)
No rol das novidades, duas entradas. O Gnudi de ricota, com manteiga avelã ao perfume de limão siciliano (R$ 52) já vem seguindo a tendência de criação do chef, que já apresentou dois, anteriormente, e tem nessa espécie de bolinhos semelhantes do nhoque, feito com ricota e sêmola, uma de suas boas assinaturas na cozinha. A outra é o Cassoulet de frutos do mar ao perfume de curry e capim-limão (R$ 68), combinação que Miyake traz desde que chegou a Curitiba, compondo a brigada do chef Ivo Lopes, no La Varenne, onde uma versão bem próxima era servida. Esta, de agora, tem quinoa negra e feijão manteiguinha, em vez de trigo e cevadinha. Gostei de ambas, mas, se tivesse de escolher, ficaria com a delicadeza ímpar do gnudi.
<em>Ravióli de berinjela ao pomodoro basílico, com pecorino e nozes carame</em>lizadas. Foto: Anacreon de Téos
Ravióli de berinjela ao pomodoro basílico, com pecorino e nozes caramelizadas. Foto: Anacreon de Téos
<em>Spaghetti ao vôngole com julienne de abobrinha</em>. | Foto: Anacreon de Téos
Spaghetti ao vôngole com julienne de abobrinha. | Foto: Anacreon de Téos
Na divisão de pratos principais, quatro são os estreantes da estação: Ravióli de berinjela ao pomodoro basílico, com pecorino e nozes caramelizadas (R$ 126), Pici com ragu de linguiça, sobre fonduta de parmesão (R$ 118), Spaghetti ao vôngole com julienne de abobrinha (R$ 155) e Tortelli de coelho ao próprio molho do assado, com stracciatella e brunoise de legumes (R$ 162).
<em>Pici com ragu de linguiça, sobre fonduta de parmesão</em>. | Foto: Anacreon de Téos
Pici com ragu de linguiça, sobre fonduta de parmesão. | Foto: Anacreon de Téos
Pici é uma espécie macarrão grosso, arredondado, como o spaghetti, e seu formato é obtido se enrolando a massa na mão. A origem desse prato está na província de Siena, na Toscana, Itália, e o molho clássico é bem próxima da apresentada no DUQ, que não usa lentilhas e acrescenta da fonduta, dando crocância com a finalização das nozes. Muito bom. O Spaghetti ao vôngole tem a abobrinha como toque pessoal, mas é fiel ao sabor original, enquanto o Tortelli de coelho tem o sabor bem intenso, equilibrado pelo naco de stracciatella colocado em cima. Foi o que mais apreciei.
Para a sobremesa, sorvetes artesanais, todos feitos por Gustavo das Chagas Lima, que é da brigada do DUQ desde a inauguração e agora começou a mostrar sua inspiração nos gelados. E bota inspiração nisso.
São sabores como Fior di latte, Chocolate suíço, Doce de leite com cumaru e castanha-de-caju caramelizada, Mascarpone com goiabada de Carlópolis (cidade do Norte Pioneiro do Paraná, reconhecida pela produção de goiabada), Laranja Bahia com canela, Manga e um incrível de Figo com conhaque, finalizado com aquela compota de figo que é um registro da casa e vem da lavra especial de Felipe Miyake.
Sorvete de figo com conhaque, feito na casa. Foto: Anacreon de Téos.
Sorvete de figo com conhaque, feito na casa. Foto: Anacreon de Téos.
E tem um detalhe apetitoso: até terminar o Outono, quem pedir entrada e prato principal ganha também a porção de sorvete como cortesia.
Dos vinhos harmonizados, o que mais me impressionou foi o Diego Pressenda/ Langhe Riesling 2019. Belíssimo branco, que abriu a noite em alto estilo. É vinho que está na adega do DUQ. Aliás, adega completíssima e o sommelier (e também sócio da casa) Vinícius Chupil certamente indicará o mais adequado a harmonizar com o prato a ser escolhido.
Todos esses sabores combinados pelo chef dão a exata noção de boas-vindas ao outono, que já está com a gente desde o fim do mês passado.
DUQ Gastronomia
Alameda Dr, Carlos de Carvalho, 360 - Centro
Horários: terça a sábado, das 19h às 23h
Informações e reservas pelo WhatsApp (41) 98854-4751
Estacionamento conveniado no local