Anacreon de Téos
Panela do Anacreon
De como um Pernod à venda na prateleira me fez mudar o cardápio da noite
Palavra que nem tinha pensado
nisso.
nisso.
A ideia era fazer um jantar
com as coisas que tinha em casa, na despensa, no freezer ou na geladeira – como
diz o pessoal da Confraria do Armazém, ali tem de tudo e mais um pouco.
com as coisas que tinha em casa, na despensa, no freezer ou na geladeira – como
diz o pessoal da Confraria do Armazém, ali tem de tudo e mais um pouco.
Mas aí precisei comprar Campari,
para o meu Negroni básico e efetivo. Foi na Adega Brasil Delicatessen, aquela
que fica lá no alto da rua Cândido Hartmann. O preço era bom, conferi antes e
fui lá buscar.
para o meu Negroni básico e efetivo. Foi na Adega Brasil Delicatessen, aquela
que fica lá no alto da rua Cândido Hartmann. O preço era bom, conferi antes e
fui lá buscar.
Quando o vendedor – Diogo, se
não me engano - me atendeu, perguntando o que eu desejava, respondi: “Duas
coisas, uma que sei que você não tem e outra que sei que tem”. Seriam o
Campari, claro, razão de ter ido lá, mais um Pernod, aquele destilado de anis
que é praticamente uma marca nacional da França.
não me engano - me atendeu, perguntando o que eu desejava, respondi: “Duas
coisas, uma que sei que você não tem e outra que sei que tem”. Seriam o
Campari, claro, razão de ter ido lá, mais um Pernod, aquele destilado de anis
que é praticamente uma marca nacional da França.
Brinquei com isso, pois da
última vez que comprei lá, há três anos, as unidades estavam acabando e
custavam R$ 180. Depois disso, sempre informavam que o importador não estaria
mais trazendo. E fim de conversa.
última vez que comprei lá, há três anos, as unidades estavam acabando e
custavam R$ 180. Depois disso, sempre informavam que o importador não estaria
mais trazendo. E fim de conversa.
Diogo primeiro me disse que
não tinha mesmo, mas quando se dirigiu à prateleira para pegar o Campari, surpresa:
não é que dá de cara com algumas garrafas de Pernod? “Estavam no estoque, o
pessoal não sabia” – justificou. E como um destilado não tem prazo de validade,
ali estava novamente à venda, rótulo meio rasgado e coisa a tal. E bem mais em
conta do que há quatro anos: R$ 148.
não tinha mesmo, mas quando se dirigiu à prateleira para pegar o Campari, surpresa:
não é que dá de cara com algumas garrafas de Pernod? “Estavam no estoque, o
pessoal não sabia” – justificou. E como um destilado não tem prazo de validade,
ali estava novamente à venda, rótulo meio rasgado e coisa a tal. E bem mais em
conta do que há quatro anos: R$ 148.
Lembrei-me na hora do prato do
Chalet Suisse, Tagliatelle com camarões
flambados ao Pernod, que tinha me motivado a comprar ali pela primeira vez
em 2017 (fiz
um post sobre isso, confira aqui). Foi o Prato da Boa Lembrança daquele ano
e última criação do chef Arthur Saredi, falecido em julho do ano passado.
Chalet Suisse, Tagliatelle com camarões
flambados ao Pernod, que tinha me motivado a comprar ali pela primeira vez
em 2017 (fiz
um post sobre isso, confira aqui). Foi o Prato da Boa Lembrança daquele ano
e última criação do chef Arthur Saredi, falecido em julho do ano passado.
Lembrei e salivei na hora. Já estava
mudada a ideia desse jantar.
mudada a ideia desse jantar.
Pensei nos belos camarões na Pescados Keli Mozer, do Mercado Municipal de
Curitiba, e o Paulinho Mozer me garantiu a compra. Pronto, o jantar estava afiançado.
Foi só pegar um vinho branco da adega – um viognier - para gelar um pouco mais
e saiu.
Curitiba, e o Paulinho Mozer me garantiu a compra. Pronto, o jantar estava afiançado.
Foi só pegar um vinho branco da adega – um viognier - para gelar um pouco mais
e saiu.
Insisti no Pernod, porque o
Alexandre Saredi, do Chalet
Suisse, filho do Arthur, já me disse daquela vez: “Só use Pernod ou Ricard
(o outro pastis francês), pois com licor de anis não dá certo”. E cumpri, tanto
que só fui fazer o prato novamente agora.
Alexandre Saredi, do Chalet
Suisse, filho do Arthur, já me disse daquela vez: “Só use Pernod ou Ricard
(o outro pastis francês), pois com licor de anis não dá certo”. E cumpri, tanto
que só fui fazer o prato novamente agora.
Não é por nada, mas é delicioso. Já tinha até publicado a receita naquela postagem anterior, mas agora dei uma ajeitada nas partes, para as pessoas poderem compreender melhor. E como ainda tem Pernod no estoque da Adega Brasil, dá para abonar.
O prato ainda faz parte do cardápio regular do Chalet Suisse e, com esses tempos de restrições, está sendo servido só no delivery, por R$ 120.
Aliás, antes da receita, um
pouco sobre o Pernod. Trata-se de um destilado de anis que tem a ver com a
história da França. Tanto quanto o Arak representa para alguns países do
Oriente Médio. A diferença é que o Arak é incolor e o Pernod, amarelado. E
ambos, em contato com água ou gelo (que não deixa de ser água), se tornam
leitosos na composição.
pouco sobre o Pernod. Trata-se de um destilado de anis que tem a ver com a
história da França. Tanto quanto o Arak representa para alguns países do
Oriente Médio. A diferença é que o Arak é incolor e o Pernod, amarelado. E
ambos, em contato com água ou gelo (que não deixa de ser água), se tornam
leitosos na composição.
Um drinque de Pernod ou Ricard
(ou até Arak), leva ¼ da bebida e ¾ de água. É só misturar e curtir.
(ou até Arak), leva ¼ da bebida e ¾ de água. É só misturar e curtir.

Vamos à receita, então?
- 200g de camarões grandes, limpos
- ¼ de cebola picada
- ½ tomate (sem pele nem semente) picado
- 50 ml de Pernod
- 2 colheres (sopa) de nata fresca
- 1 talo de estragão (só as folhas)
- 80g de tagliatelle
- 2 colheres (sopa) de manteiga
- 1 colher (sopa) de farinha de trigo
- ½ xícara de leite integral
- Sal e pimenta-do-reino branca (moída na hora, de preferência)
- Cozinhe a massa em água salgada, de acordo com as instruções de embalagem.
- Derreta 1 colher (sopa) de manteiga e junte a farinha de trigo.
- Quando estiverem amalgamados e a farinha levemente dourada, junte o leite frio todo de uma vez, mexa bem com um fouet e deixe reduzir até atingir o ponto desejado. Se ficar consistente demais pode pôr mais leite.
- Reserve.
- Aqueça a outra colher (sopa) de manteiga e refogue rapidamente a cebola, até murchar.
- Junte os camarões e o tomate e refogue por 3 minutos.
- A seguir, flambe com o Pernod.
- Acrescente molho bechamel, a nata fresca, o estragão, a pimenta e o sal a gosto.
- Deixe ferver por 1 minuto e sirva com o tagliatelle cozido al dente.
(Ah, sim... nem me lembrei de tomar o Negroni, que tinha sido o objetivo de tudo desde o começo.)
Chalet Suisse – Cozinha Internacional
Rua Fancisco Dallalibera, 1428
– Santa Felicidade
– Santa Felicidade
Fone: (41)3364-7889
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