Anacreon de Téos
Panela do Anacreon
Crème Brûlée, tão fácil que qualquer um pode fazer. Tem até de banana
- No fundo é um mingauzinho –
poderia dizer aquele mais simplista, querendo comparar o Crème brûlée com aquela, digamos, papinha que as mães fazem para as
crianças, para servir como sobremesa, engrossada com amido de milho.
poderia dizer aquele mais simplista, querendo comparar o Crème brûlée com aquela, digamos, papinha que as mães fazem para as
crianças, para servir como sobremesa, engrossada com amido de milho.
Claro que não é assim. Nem de longe.
Começa que não existe nenhum espessante a não ser as gemas de ovo. Nem farinha
de trigo nem amido de milho nem nada. É, pelo contrário, um doce muito
charmoso, uma sobremesa clássica, que tem seus primeiros registros na França,
em 1691, no livro Nouveau cuisinier royal
et bourgeois, de François Massialot. Mas que tem sua origem requisitada também
pelos espanhóis ainda no século XVII, com a “crema catalana”, que segue a mesma
linha básica de confecção.
Começa que não existe nenhum espessante a não ser as gemas de ovo. Nem farinha
de trigo nem amido de milho nem nada. É, pelo contrário, um doce muito
charmoso, uma sobremesa clássica, que tem seus primeiros registros na França,
em 1691, no livro Nouveau cuisinier royal
et bourgeois, de François Massialot. Mas que tem sua origem requisitada também
pelos espanhóis ainda no século XVII, com a “crema catalana”, que segue a mesma
linha básica de confecção.
Os ingleses também ousam
reclamar autoria, pelo fato de a base da sobremesa ser um creme inglês, a
clássica combinação de gema, leite, baunilha e açúcar, que é utilizada como
complemento de sobremesas com frutas, bolos e biscoitos.
reclamar autoria, pelo fato de a base da sobremesa ser um creme inglês, a
clássica combinação de gema, leite, baunilha e açúcar, que é utilizada como
complemento de sobremesas com frutas, bolos e biscoitos.
O Crème brûlée tradicional tem exatamente essa constituição, coberto
pelo crocante do açúcar queimado. Afinal de contas, em francês seu nome
significa exatamente “creme queimado”.
pelo crocante do açúcar queimado. Afinal de contas, em francês seu nome
significa exatamente “creme queimado”.
Com o passar do tempo, de
acordo com a inspiração de cada confeiteiro ou chef de cozinha, começaram a
surgir as variações nos sabores do creme. Ainda nos tempos de seu incomparável
Boulevard, Celso Freire fazia um de alecrim que jamais me esqueci. Era muito
especial. E teve outro ainda, nos últimos anos do restaurante, o Crème Brûlée
de Chocolate, que foi, inclusive, Prato da
Boa Lembrança de 2008.
acordo com a inspiração de cada confeiteiro ou chef de cozinha, começaram a
surgir as variações nos sabores do creme. Ainda nos tempos de seu incomparável
Boulevard, Celso Freire fazia um de alecrim que jamais me esqueci. Era muito
especial. E teve outro ainda, nos últimos anos do restaurante, o Crème Brûlée
de Chocolate, que foi, inclusive, Prato da
Boa Lembrança de 2008.
Já vi e provei de milho,
gengibre, doce de leite, laranja, cenoura, chocolate branco, abóbora, café,
limão, catupiry e outros tantos – até um salgado, de foie gras -, conforme a composição
do creme a ser assado. E de banana, que, particularmente, acho delicioso.
gengibre, doce de leite, laranja, cenoura, chocolate branco, abóbora, café,
limão, catupiry e outros tantos – até um salgado, de foie gras -, conforme a composição
do creme a ser assado. E de banana, que, particularmente, acho delicioso.
E é exatamente essa a proposta
de agora, um Crème Brûlée de Banana,
tão fácil quanto fazer aquele mingauzinho mais simplista citado anteriormente.
de agora, um Crème Brûlée de Banana,
tão fácil quanto fazer aquele mingauzinho mais simplista citado anteriormente.
Vamos à receita, então?
Crème brûlée de banana
Ingredientes
½ xícara de açúcar refinado
4 gemas
1 xícara de creme de leite
fresco
fresco
1 xícara de leite integral
1 banana caturra bem madura
1 vagem de baunilha
6 colheres (sopa) de açúcar demerara
Preparo
Preaqueça o forno a 100ºC.
Bata as gemas peneiradas e o
açúcar na batedeira, até que a mistura fique bem lisa e esbranquiçada.
açúcar na batedeira, até que a mistura fique bem lisa e esbranquiçada.
Amasse a banana, junte à
mistura da batedeira e bata novamente.
mistura da batedeira e bata novamente.
Abra a vagem de baunilha,
raspe as sementes e adicione à mistura. Acrescente o creme de leite e o leite e
misture, sem bater, até obter um creme bem homogêneo.
raspe as sementes e adicione à mistura. Acrescente o creme de leite e o leite e
misture, sem bater, até obter um creme bem homogêneo.
Distribua esse creme em 6
ramequins (ou tigelas) e leve ao forno, em banho-maria, por cerca de 50
minutos.
ramequins (ou tigelas) e leve ao forno, em banho-maria, por cerca de 50
minutos.
Retire do forno, aguarde
esfriar e leve à geladeira.
esfriar e leve à geladeira.
No momento de servir, espalhe
o açúcar demerara por cima dos cremes e queime com um maçarico, até que fique
dourado. Se não tiver maçarico, use as costas de uma colher, levada à chama do
fogão. Encoste no açúcar, mexa em círculos, até formar uma crosta bem crocante.
o açúcar demerara por cima dos cremes e queime com um maçarico, até que fique
dourado. Se não tiver maçarico, use as costas de uma colher, levada à chama do
fogão. Encoste no açúcar, mexa em círculos, até formar uma crosta bem crocante.
Decore com rodelas de banana e
alguma flor comestível.
alguma flor comestível.
Sirva em seguida.
Rendimento: 6 porções.
Dicas
- A banana caturra também é
conhecida como banana nanica ou banana d’água. Deve estar bem madura para poder
se integrar ao creme, com a mesma consistência.
conhecida como banana nanica ou banana d’água. Deve estar bem madura para poder
se integrar ao creme, com a mesma consistência.
- Para simplificar (e
baratear) a receita, é possível substituir a fava de baunilha por uma colher
(chá) de essência de baunilha. Perde-se um pouco do sabor original, mas nada
que seja uma calamidade.
baratear) a receita, é possível substituir a fava de baunilha por uma colher
(chá) de essência de baunilha. Perde-se um pouco do sabor original, mas nada
que seja uma calamidade.
- Ao raspar a fava de
baunilha, guarde a vagem, que pode servir para saborizar açúcar. É só deixar na
vasilha onde é armazenado que o açúcar vai pegando perfume e sabor
inconfundíveis.
baunilha, guarde a vagem, que pode servir para saborizar açúcar. É só deixar na
vasilha onde é armazenado que o açúcar vai pegando perfume e sabor
inconfundíveis.
- Se não encontrar o açúcar
demerara pode utilizar o açúcar cristal para fazer a cobertura.
demerara pode utilizar o açúcar cristal para fazer a cobertura.
- O livro Le Nouveau Cuisinier Royal Et Bourgeois, Qui Apprend À Ordonner Toute
Sorte De Repas En Gras Et En Maigre – este é o nome completo da obra -, de
François Massialot, citado como primeira referência ao Crème Brûlée, está disponível
para venda no site da Amazon. Tem 420 páginas e é um documento importante
para os estudiosos da gastronomia. Vem com dois preços: R$ 118,06 (capa dura) e
R$ 85,79 (capa simples). Importante lembrar que livros não têm taxa de
importação, apenas os custos de frete.
Sorte De Repas En Gras Et En Maigre – este é o nome completo da obra -, de
François Massialot, citado como primeira referência ao Crème Brûlée, está disponível
para venda no site da Amazon. Tem 420 páginas e é um documento importante
para os estudiosos da gastronomia. Vem com dois preços: R$ 118,06 (capa dura) e
R$ 85,79 (capa simples). Importante lembrar que livros não têm taxa de
importação, apenas os custos de frete.
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