Esta receita tem muito a ver com minhas primeiras incursões pela cozinha. Consumidor voraz do caderno de receitas anexo à revista Cláudia, mas ainda não muito familiarizado com as técnicas da cozinha, mesmo assim procurava escolher aquelas que saíam um pouco do comum.

Como um coelho, por exemplo. Isso foi há 40 anos. Pode imaginar? Decidi fazer e, ainda pela pouca prática, levei um bom tempo para o prato ficar pronto. Mas o pessoal teve paciência e aguardou tranquilamente (pelo menos pareceu assim) aquele tempo todo além do convencional.

Verdade que, nesse meio tempo, o consumo de cerveja (era praticamente o que se bebia em 1981) aumentou. Mas nada comprometedor, é bom dizer.

Gosto muito da carne de coelho. Além do mais, é benfazeja. É uma das proteínas mais saudáveis que se conhece. O coelho é uma das melhores carnes brancas disponíveis no mercado, hoje em dia. A carne possui uma alta porcentagem de proteínas facilmente digeríveis, menos calorias e menor quantidade de gordura entre todas as demais. Praticamente não tem colesterol e é a que tem a menor concentração de sódio e a maior concentração de cálcio e fósforo.

É muito comum lá fora, mas aqui, no Brasil, muita gente ainda se penaliza com o bichinho e prefere um filé mignon, sem se penalizar com o boi. Coisas da vida.

Embora eu tenha demorado ao fazer essa receita pela primeira vez, ela é fácil e resulta num sabor muito interessante, na combinação do coelho com os cogumelos e as alcaparras.

Arrisque fazer, vale muito a pena.

Bom apetite!

A louça é da CW.Cristiana Wolf Ceramicas (@cristiwolf).