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O espaçoso salão principal do Bar Nacional, funciona no São Francisco, aberto há pouco tempo.

Anacreon de Téos

Panela do Anacreon

Bar Nacional, um bar que justifica o nome. Como o bar brasileiro deve ser

15/05/2023 19:21
Sabe o que é você entrar
naquele ambiente alegre, pra cima, espaçoso e cheio de gente feliz, a lembrar
alguns dos mais prestigiados bares do Rio de Janeiro? Foi assim que me senti
quando fui ao Bar Nacional, dias atrás. Após um período de soft open, está
aberto a pleno, trazendo essa inspiração, mas que também ganha um viés daquelas
grandes parrillas argentinas e uruguaias.
Isto porque a cozinha traz
algumas apetitosas escolhas dentre as carnes nobres na grelha. Comida muito
boa, aliás, sob responsabilidade de um jovem chef, João Gabriel Nunes, que
também é um dos sócios da casa – o outro é o empresário Luís Eduarto Motta, o
“Pirata”, já mais rodado na área e conhecido por participar da sociedade de
casas como Tabefe e +55 Bar.
Bolinho de cupim e o chope bem tirado, do Bar Nacional.
Bolinho de cupim e o chope bem tirado, do Bar Nacional.
O cardápio já começa com um
belo destaque entre os petiscos, o Bolinho
de cupim
(R$ 34, com quatro unidades), que fez sucesso instantâneo desde a
abertura da casa. O recheio leva o corte bovino desfiado, mais cream cheese e
cebola caramelizada, com uma fina camada crocante. É servido com pesto de
rúcula com hortelã. Muito bom mesmo, diferenciado e personalizado.
Ainda para petiscar, a casa
tem outras atrações, como Pastel de carne
defumada
(servido com chimichurri de tomate seco caseiro), Pastel de queijo Gouda (com geleia de
abacaxi apimentada, gostei muito da combinação), Bolinho de feijoada (com linguiça Blumenau enrolada em pó de
torresmo) e Batata churrasco (batatas
rústicas cobertas com molho de alho cremoso, fatias de fraldinha grelhada e ciboulette).
São dois sabores de pastéis, mas o de Goulda é diferenciado.
São dois sabores de pastéis, mas o de Goulda é diferenciado.
Entre os lanches, no Nacional cupim (R$ 35) a carne desfiada
é preparada na cerveja Baden Baden IPA, com queijo Gouda e cebola caramelizada.
Servido no pão brioche, é acompanhado por batatas rústicas.
Mas o brilho maior mesmo está nas carnes preparadas na parrilla. Como a Linguiça de porco na cachaça (R$ 36) ou a Barriga de porco braseada na cachaça servida com geleia de abacaxi apimentada – aquela mesma do pastel (R$ 42). Nos cortes bovinos, com destaque para a raça Angus (menos no Bolinho de cupim, pois o Angus não tem corcova, como os zebuínos), estão opções como Bife de chorizo (R$ 62), Entrecôte (R$ 76) e Picanha (R$ 82) – porções entre 300g e 350g, aproximadamente, com farofa e chimichurri da casa. Outros acompanhamentos e molhos são pedidos à parte.
Entrecôte e picanha, dois dos cortes de carne que são preparados na parrilla.
Entrecôte e picanha, dois dos cortes de carne que são preparados na parrilla.
Além de drinques, a carta de
bebidas dá especial atenção às caipirinhas. Todas feitas com frutas frescas.
São 26 opções, entre pedidas com uma só fruta até mix.
E como um bom bar brasileiro,
o tradicional chope não pode faltar. Com aquele colarinho respeitável e
cremoso. Neste último quesito, a casa utiliza nas chopeiras exclusivamente
nitrogênio, em vez de gás carbônico, resultando numa bebida mais leve e com
características de sabor mais preservado. Realmente a diferença no sabor é bem
acentuada e saborosa. Há rótulos de Eisenbahn, Heineken e Baden Baden.
Retirados com todo o cuidado, são servidos em taças personalizadas da casa.
Algumas das caipirinhas do Bar Nacional. São 26 combinações de frutas ao todo.
Algumas das caipirinhas do Bar Nacional. São 26 combinações de frutas ao todo.
Feijoada aos sábados
Como todo bar carioca (ou
paulista) que se preze, o Bar Nacional também apresenta sua feijoada. Mas não é
esse feijão com carne e linguiça que muita gente serve, alegando que as pessoas
não gostam de gordura. É feijoada raiz mesmo, pelo que soube, embora ainda não
tenha ido provar.
Porque a feijoada é assim, seu
verdadeiro sabor vem da gordura de peças como rabo, orelha, pé e couro de
porco. Nada a ver com a “Feijoada de madame”, como é conhecida aquela outra
versão, que foge completamente das raízes e do tradicional.
“Feijoada boa é aquela que
requer sempre uma ambulância na porta” – já dizia, lá pelos anos 60, o cronista
Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta. E a do Bar Nacional é assim, pelo que
dizem, que, perante todas essas provocações, pretendo em breve conhecer.
O bar abre de terça-feira a domingo, sempre com música brasileira ao vivo – variando a cada dia, entre MPB, samba, pagode e pop. De terça a quinta-feira, funciona das 18h à meia-noite; sexta-feira, das 18h à 1h; sábado, do meio-dia até 1h (e a feijoada vai até as 16h); domingo, do meio-dia às 18h.
O jovem chef (e sócio) João Gabriel Nunes é quem comanda a cozinha do Bar Nacional.
O jovem chef (e sócio) João Gabriel Nunes é quem comanda a cozinha do Bar Nacional.
Bar Nacional
Rua Mateus Leme, 368 – São
Francisco
Reservas: WhatsApp (41)
98849-5353
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